sábado, 18 de maio de 2013

Edição Especial Grand Tasting Wines Campinas





















Já a alguns anos, a Importadora Gran Cru promove um tour pelo Brasil com os seus parceiros produtores mundiais de vinho.
Percorrem inúmeras cidades , um dia após o outro, montando uma mostra bem representativa, em algumas das cidades onde a importadora tem loja.
Neste ano , entre outras cidades, o tour que esta acontecendo nesta semana, já passou ou vai passar, por São Paulo, Rio de Janeiro, Macaé, Belém, Natal, Brasília e  Campinas.
Tive a oportunidade de participar da edição de Campinas e, em linha com a filosofia do Blog, pretendo trazer a minha visão para aqueles que admiram a bebida e em especial para aqueles que ainda vão participar da Mostra nos próximos dias, podendo colher algumas informações antecipadas.
Mas antes de mais nada gostaria de frisar que sou apenas um apreciador de vinhos, amador, iniciante e portanto este resumo precisa ser interpretado neste contexto, não se trata de um trabalho especializado e profundo.
É apenas a opinião de alguém que adora comparar vinhos.
Outro ponto, obviamente, que não consegui experimentar todos os vinhos da mostra, visitei a maioria dos stands, não todos.
E a partir do meu próprio critério de seleção, que também levou em conta os comentários de outros visitantes durante o evento, nas paradas para comer ou bater papo, apresento este resumo.
Por favor, levem isso em consideração, se seguir fielmente estas considerações, você pode estar perdendo uma grande oportunidade de conhecer um vinho que ou eu não experimentei ou não gostei.
Como vocês sabem, o melhor vinho do mundo, é aquele que você gosta, não tem certo nem errado no mundo do vinho.
Cada um tem um paladar e um gosto.
Vou seguir a sequencia dos que gostei mais para os que gostei menos.
Em primeiro lugar coloquei ( e não só eu, ouvi isso de algumas pessoas presentes também )  a Vinícola argentina Cobos , com o seu Bramare Marchiore Vineyard Malbec 2007, um vinho produzido com uvas apenas desta região especifica em Mendoza, super equilibrado e elevado nível de complexidade, que arrisco dizer, difícil de identificar a uva Malbec numa degustação as cegas.
Mas não foi só ele que me impressionou nesta vinícola, experimentei também, o Bramare Lujan de Cuyo 2010 e o Bramare Vale del Uco também 2010, antes do Marchiore, e foi possível comparar terroirs diferentes com a mesma uva Malbec e confirmar como lugares diferentes trazem características diferentes ao vinho com a mesma uva.
O destaque final ficou para a dedicação e amabilidade da representante da vinícola, no evento, em explicar e servir estas opções.
Pena que não gravei seu nome para mencionar aqui.
No nível das grandes opções de vinho da mostra, também esta o mítico Altair, grande representante chileno, da região do Cachapoal. Demonstraram duas safras, a de 2004 e de 2006, ambas num nível altíssimo, mas para o meu paladar, escolheria o 2004 para comprar.
Também estava lá o segundo rotulo da vinícola, o Sideral, safra 2008, que guardadas as proporções de preço, também é uma ótima escolha.

Em terceiro, coloquei mais uma Vinícola argentina , a Zorzal. Já tinha experimentado seu Malbec, Terroir Único, de excepcional custo beneficio, indicado pela loja em uma das visitas e agora tive a oportunidade de conhecer 3 outras opções.
Dois vinhos com a Uva Pinot Noir, o Terroir Único 2012 e o Grand Terroir 2011 , o primeiro, da mesma forma que o Malbec, um excelente custo beneficio, nível elevado para um Pinot da América do Sul e o segundo, surpreendente e excelente opção na sua faixa de preço. Contudo estes dois ainda não eram o vinho mais graduado que estavam demonstrando, serviram também o Zorzal Field Blend 2010 mas que talvez por eu ter uma predileção pelos Pinots, gostei mais dos anteriores, apesar da maior patente do Blend.
Questão de gosto.
Também entre os melhores da noite, ao lado destes 3 grupos de tintos, sem duvida alguma vem um ícone de Champagne, Gosset Brut Excelence, aroma marcante, boa acidez, simplesmente padrão de Champagne.
Muito similar a Vinícola Zorzal, se apresentou a Vinícola chilena Leyda, da região de San Antonio, próxima do litoral.
Dois exemplares muito bons de Pinot Noir, o Las Brisas Single Vineyard  2010, mais fresco, sabor bem peculiar, excelente custo beneficio, produzido nas encostas de frente para o mar e o Lot 21 safra 2011, já mais na linha de Borgonha, complexo e encorpado, produzido nas encostas voltadas para o Leste, oposto ao mar. Produção limitada de 500 caixas por ano e para o Brasil só destinam no máximo 20 caixas. Vinho de primeira grandeza. Se ainda tiver folego vale experimentar o Canelo Single Vineyard Shiraz 2010.
Com um stand totalmente dedicado a Borgonha, outras ótimas opções, da Forgeot , o Chablis das uvas Chardonnay  e o Pinot Noir, ambos da safra de 2011 e da mítica região de Chassagne- Montrachet Vinhas Velhas 2010, excelente escolha.
No contraponto de Borgonha, a Vinícola Garofoli, italiana da região de Marche, trouxe o Podium 2010, também de Chardonnay, estava sendo comparado com o Chablis por muitos dos visitantes. Seu irmão mais novo, Anfora Verdicchio, seguramente tem um ótimo custo beneficio. Também apresentaram o Grosso Agontano Reserva 2008, vinho singular e excelente.
Ainda dentro do time italiano, a Vinícola Brancaia é outra que merece atenção.
Trouxe seu time titular, T.R.E. Chianti, o Brancaia Chianti Classico e os tops, Ilatraia Maremma 2009 , do litoral da Toscana com uma combinação de 40 % de Cabernet Sauvignon, 40 % de Petit Verdot e 20 % de Cabernet Franc e o Il Blu 2007, um Super Toscano com  50 % Sangiovese, 45 % Merlot e 5 % Cabernet Sauvignon, excelente com seguramente mais 3 ou 4 anos para amadurecer na garrafa antes de toma-lo.
E a Vinícola Talenti apresentou o Zirlo 2011, blend de Cabernet Sauvignon ( 40 % ), Merlot ( 30 % ) e Petit Verdot ( 30 % ), os exemplares de Montalcino, Rosso 2010 e Brunello 2007, este mesmo decantado, para ser tomado daqui a mais uns 3 anos.
Voltando aos vinhos Sul americanos, a famosa Escorihuela Gascon de Mendoza, trouxe o Pequeñas Producciones 2009 e o Miguel 2008, ambos Malbec. A também mendocina Doña Paula, apresentou o Seleccion de Bodega 2007, com uvas de 3 vinhedos diferentes.
A Biodinâmica e orgânica Matetic ( se for a Santiago não deixe de visita-la, na região de Casa Blanca, no caminho de Valparaiso e Viña del Mar ), demonstrou sua linha Corralillo ( Sauvignon Blanc, Syrah, Pinot e um corte ) e um exemplar da linha EQ, o Syrah, todos muito bons. Outra chilena, a Vinícola Santa Rita, com diferentes vinhedos por todo o Chile ( Casa Blanca, Colchagua, Maipo e Apalta ), serviu o Triple C 2007 com blend peculiar de 56 % Cabernet Franc, 30 % Cabernet Sauvignon e 14 % Carmenere, imperdível e o Pehuén 2007 só de Carmenere e apesar de mais caro, ligeiramente abaixo do triple C na minha opinião.
Para fechar o evento, um stand dedicado aos vinhos doces, Late Harvest, com um Tokaji Disznokó e um Santa Rita.
Como você deve ter percebido, consegui experimentar pouquíssimos brancos e espumantes, seria uma mostra para visitar em dois dias e o resumo, a meu ver, uma festa de alto nível dedicada aos Pinot Noirs.
Para quem aprecia, teve a oportunidade de conhecer muitas variedades desta uva dificil,  complexa e emblemática.

Saude !!


 
 

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