quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Mendoza , o Retorno

Vale do Uco








Fomos para Mendoza pela primeira vez em 2013, que esta detalhado em 4 posts deste blog e pode ser acessado no link abaixo :



Voltamos agora em 2015 e vamos descrever as novidades conferidas neste retorno.
Venha conosco ...
A primeira grande noticia é que a Gol esta fazendo voos experimentais diretos de Guarulhos para Mendoza as quartas e sábados e tem sido um sucesso , sempre lotados !!
Segundo o pessoal da cidade está praticamente certo que os voos serão implantados em definitivo, vamos torcer.
Se não for assim, a opção que temos é ir triangulando por Buenos Aires ou por Santiago do Chile.
Mendoza é uma cidade muito simpática e acolhedora, onde você poderá mergulhar no mundo do Vinho e da Gastronomia, e também  ter contato com a neve nos caminhos para as Cordilheiras.
O clima é muito seco, chovendo apenas 250 mm por ano, nível considerado desértico.
Assim, o sol e a escassez de agua formam uma combinação que se bem administrada são especialíssimas para o cultiva da Uva.
E tudo começou mesmo antes dos espanhóis chegarem a região, com os Huarapes, os primeiros habitantes, que percebendo a importância da agua para a região, desenvolveram canais para coletar e trazer agua de degelo das Cordilheiras.
Ainda hoje, pode ser ver nas ruas estes canais, as acequias, que fazem a aguar circular pela cidade e alimentar as praças e jardins da cidade.
Localize seu monte preferido
O passo seguinte, no caminho do desenvolvimento da Vitivinicultura, foi dado por Juan Cedrón em 1557, plantando os primeiros vinhedos com o objetivo de abastecer as igrejas com os vinhos da missa.
As variedades eram americanas, Vitis Rupestris e Vitis Lambrusca, denominadas de Uvas Criollas, tanto Brancas quanto Tintas e originavam vinhos adocicados conforme a especificação da época.
A primeira mudança significativa ocorreu a partir de 1855 quando 1100 quilômetros de ferrovia ligaram a região a Buenos Aires, encurtando a distancia entre a produção e o mercado.
Também foi o período da chegada dos imigrantes italianos, como ocorreu na nossa Serra Gaúcha, com seu habito de cultivar uva e produzir vinho.
Outro marco da época, foi a chegada, em 1850 do agrônomo francês Michel Aimé Pouget, que introduziu as variedades francesas ( Vitis Viníferas ), vindas do Chile e da própria França,  aumentando a qualidade dos vinhedos e como consequência dos vinhos.
As primeiras cepas da uva Malbec chegaram em 1860 e no final deste século foi criada a Quinta Norma Agronômica e a sua Escola Modelo, a primeira escola especializada em artes agrícolas, direcionada para a Enologia.
O Edifício sede da Escola Modelo é de 1902 e se encontra preservado como patrimônio histórico e cultural.
O´Fournier
Mais um exemplo de que o sucesso de uma cidade, região ou país, se faz através da Educação.
Em consequência de tudo isso, surgem neste final de século XVIII e inicio do XIX as primeiras vinícolas de Mendoza que sobrevivem até hoje : La Rural (Rutini), Lopez, Escorihuela, Trapiche, Lagarde, Flichman e Norton.
Mas foi apenas na década de 80 que a região altera sua estratégia de produção de vinhos de volume para se concentrar na qualidade dos produtos, fazendo nova revolução, modificando os tipos de uva, a forma de plantação para Espaldeiras, restringindo a quantidade de uvas por cacho e trazendo a fermentação do vinho para dentro das vinícolas.
Tudo isso pode ser vivenciado visitando algumas destas vinicolas.
Bodega Aleanna ( El Enemigo )
A região de plantio ( e também a de produção dos vinhos ) fica a pouca distancia de Mendoza, entre 15 e 120 quilômetros do centro.
Em Mendoza são quatro as regiões oficiais mas três delas são as que tem as vinícolas mais conhecidas :
Luján de Cuyo, Maipú e Valle de Uco, as duas primeiras ficando na faixa de 30 quilômetros da cidade e a do Valle del Ucomais distante.
O Valle de Uco é composto por tres sub regiões, Tupungato a cerca de 78 Km, depois Tunuyan a 81 e San Carlos a 106 Km.
Se a pergunta que te vem a mente agora é quais vinícolas visitamos e como fizemos para organizar as visitas, a resposta é simples :
Nossa Mendoza Wine Experience (https://www.facebook.com/NossaMendoza?fref=ts ), uma empresa local especializada neste tipo de turismo.
Utilizamos na primeira visita e não hesitamos em contrata-los novamente desta vez.
A Historia da Luigi Bosca
O modelo é pratico, rápido e profissional, você informa quantos dias de passeio quer fazer , informa quais vinícolas quer visitar, o que não é obrigatório, se preferir eles sugerem segundo o perfil de interesse do seu grupo, e eles rapidamente te apresentam um roteiro, uma cotação ( que esta na casa de US$ 150 por dia para um carro : 2 ou 3 pessoas ) e o translado Aeroporto – Hotel – Aeroporto é cortesia.
As Olivas ou as nossas azeitonas
A ideia é visitar 3 vinícolas da mesma região por dia, como regra geral uma as 10 horas, a outra as 12 horas e a terceira as 14 horas de preferencia com almoço e por volta das 17 ou 18 horas vocês estará de volta ao hotel.
Pronto !! Com dois ou três emails você estará com a sua viagem planejada.
Mas o principal é que o profissionalismo vai além do planejamento.
A execução também ocorre em alto nível, com motoristas guias muito bem preparados para te transferir conhecimento e te ajudar no que você precisar.
Inclusive fazer adaptações de ultima hora se você precisar ou preferir, como foi o nosso caso desta vez.
Tivemos nesta viajem a participação do Manuel e do Juan, aos quais agradeço imensamente pelo sucesso da viagem.
Nos próximos posts, descrevemos as visitas às vinicolas, fomos em uma região diferente em cada um dos 3 dias que ficamos na cidade.

Aguarde ...


Vista da Bodega Andeluna








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