sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A Vinícola Bouza - Montevideu Parte 3


A Capela, inspiração para o logo da Vinicola
Existem varias opções de Vinícolas a serem visitadas ao redor de Montevidéu, já que 80 % dos vinhedos do Uruguai ficam por lá, seja nos arredores da própria capital ou em Canelones, poucos quilômetros ao norte.
Ficamos apenas um final de semana, cujo objetivo era conhecer a cidade e não fazer uma imersão no mundo do vinho como já fizemos em Santiago e Mendoza.
Assim, fizemos o típico papel de turista, escolhendo a vinícola a partir de hotel  e não através do pessoal especializado em vinhos.
No Hotel, haviam três opções de pacote : a Bouza , custando 81 dólares por pessoa, incluindo translado, visita e degustação, em todos os dias da semana; a Bodega ( Vinícola em espanhol ) Juanicó por 85 dólares também em todos os dias da semana e a Bodega Carrau      ( responsável pelo Amat, um dos grandes icones do Uruguai ) por 72 dólares apenas de Segunda a Sexta.
A propósito, neste hotel, o My Suites na região de Pocitos, eles promovem degustações a noite para os hospedes de terça a sábado, dependendo da temporada.
Vale a experiência.
A decoração e os andares são inspirados e provavelmente patrocinados, cada um por uma vinícola diferente.
Não da para dizer que é um Hotel temático mas o vinho esta por toda a parte.
Escolhemos a Bouza, que tem muitos comentários favoráveis nos sites de turismo.
Não usamos o pacote, fomos de taxi, depois de tentar reservar o almoço pela Internet. Mas sem tempo de receber a resposta.
Arriscamos.
O taxi de Pocitos a Bouza, ida e volta, saiu por 1400 pesos, num trajeto de 20 minutos ou 30 quilômetros.
Fomos num domingo de Julho e estava lotado ( de brasileiros ).
São 3 horários de visita : 11hr00, 13hr30 e 16hr00 horas e deve ser aliado a uma degustação ou ao almoço.
A degustação sai por 1000 pesos com 4 vinhos e o almoço, depende do menu, mas em media fica em 1500 pesos com os vinhos.
Alias , lendo posts da Internet, observo uma forte inflação de preço nos últimos 5 anos, onde se via taxis por 800 pesos ida e volta e a degustação saia a 500 pesos. Não sei se é o sucesso com os visitantes brasileiros ou a corrosão da moeda uruguaia.
A Bouza é uma vinícola recente, inaugurada em 2003, e produz hoje cerca de 120 mil garrafas por ano.
Seu símbolo é a capela da foto, que na nossa visita tinha a companhia de uma coruja, típica da região.
A visita começa no vinhedo, estávamos no período de poda, e a característica marcante é que além de podarem todas as hastes na forma de cultivo em Aleiras, podam também uma boa parte de um dos lados do tronco, o que não é usual.
O vinhedo é composto de 60 % de Uva Tannat, uva emblemática do Uruguai, complementada pela Tempranillo ( típica da Espanha ), Merlot ( França ) , Alvarinho ( de Portugal e Espanha – Albarinho ), Chardonnay  ( França ) e Riesling ( Alemanha ), ou seja, um vinhedo internacional e eclético.
A região é caracterizada por alta umidade ( 80 a 90 % ), índice de chuvas de 1000 milímetros por ano, o que é considerado baixo, mas não desértico como Mendoza e utilizam irrigação controlada para complementar.
A altitude é baixa, quase ao nível do mar ( na verdade do Rio da Prata ).
Do vinhedo, passa-se para a sala de fermentação,  com um misto de grandes barris de Concreto, Inox e Carvalho, tanto Frances quanto Americano.
Opção para todos os processos.
Faltou o Barril em forma de ovo, que esta na moda, fique atento quando for visitar, provavelmente já vai encontrar um barril destes em algum canto,  sendo experimentado.
Na sequencia, ficam os Barris de 225 litros para a guarda dos vinhos e no subsolo, a adega com garrafas de todas as safras produzidas.
Ao termino da visita, você será levado para o pavilhão ao lado do restaurante que abriga o museu de carros antigos da propriedade, usados no transporte dos barris e dos vinhos nas décadas de 30 a 50.
Uma atração a parte, bem interessante.
O próximo passo será fazer a Degustação ou almoçar e visita a loja de vinhos antes de ir embora.
A Bouza, além da tradicional linha de entrada e reserva, das variedades que listamos acima, produz dois ícones :
O Monte Vide Eu, mencionado no 1º post, um corte de Tannat ( 50 % ), arredondado por 30 % de Merlot e 20 % de Tempranillo, que estagiam entre 10 e 16 meses em barris de carvalho francês e americano.
A outra linha ícone são os Parcela Única, produzidos com uvas de um mesmo lote, devidamente identificado, tanto no parreiral quanto no rótulo do vinho ( ver fotos ).
Enfim, uma vinícola que apresenta uma ótima estrutura para visitantes e tem vinhos de porte que merecem ser conhecidos, e também não deixa de ser uma ótima opção de turismo para os que não tem no vinho sua paixão maior.

Saúde !!






 

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