sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Bodega Gimenez Riili - Mendoza Parte II














Exemplo claro da expressão : Vinícola de Família, a Bodega ( como os Espanhóis chamam as vinícolas  ) Gimenez Riili é uma daquelas visitas que você não pode perder quando for a Mendoza.
Mendoza é responsável por mais de 80 % da produção vinícola da Argentina e esta dividida em 3 regiões principais : Maipú, Lujan de Cuyo e Vale do Uco.
Por sua vez, o Vale do Uco se divide em outras 3 sub-regiões : Tupungato, Tunuyan e San Carlos.
A Riili está localizada na segunda sub-região, Tunuyan, uma das regiões mais distantes do centro da cidade, cerca de 80 Km.
Mas esta 1 hora de viajem é um investimento certo, além da paisagem, exuberante, com a pré e a Cordilheira dos Andes se aproximando a medida que você caminha para o  destino, quando você chega a Vinícola, logo percebe que está em casa.
Que não será uma visita tradicional, há um ingrediente a mais que é a hospitalidade e você é recebido como um amigo ( de longa data ) da família, sem exagero.
Um espumante Extra Brut, muito equilibrado, dá as boas vindas e Viviana, quem nos recebeu nesta vez,  já começa a nos explicar a história da família e quais serão os passos da visita.
O cuidado com os detalhes é facilmente percebido, sem contar com o cenário com a Cordilheira ao fundo.
A história da Gimenez Riili começa no século XIX quando Don Fernando Riili deixa a Sicília na Itália, para se instalar na Colônia Segovia em Guaymallén, também no Distrito de Mendoza e começa a fabricar vinho para os mendocinos.
Trouxeram 5 filhos da Itália e tiveram mais 8 filhos depois que chegaram na Argentina.
Dentre eles, Fernando Riili, filho, que mais tarde se casou com Irma Gudiño e teve duas filhas : Maria e Susana Riili.
Do outro lado da família, em 1905 vindo de Granada, Andaluzia, Espanha, Don Pedro Gimenez Padilha com 8 anos, acompanhando seus pais e irmãos que se estabelecem no Km 8 de Maipú ( não confundir com o Maipo do Chile ).
Don Pedro, em 1945, já casado com Angela e com 7 filhos, entre eles Eduardo, inicia o sonho de cultivar uvas e produzir vinhos, comprando uma propriedade em La Primavera, também em Maipú.
A História das 2 famílias se fundem em 1967, quando Eduardo Gimenez se casa com Susana Riili e junto com os seus irmãos reformulam uma propriedade em Rodeo de la Cruz, em Guaymallén e começam a produzir vinho.
Eduardo e Susana tiveram 5 filhos, que hoje, num ambiente muito familiar continuam desenvolvendo a Bodega Gimenez Riili em Los Sauces, Tunuyán, Valle de Uco, onde você poderá visitar.
As uvas são produzidas em 3 regiões diferentes, as mais apropriadas para cada variedade.
A Torrontes ( Uva Autóctone, original da Argentina derivada da Moscatel e da local Criolla ) vem do Famatina Valley em La Rioja, Merlot e Malbec de Maipú e Syrah, Cabernet Franc e mais Malbec da area que esta a vinícola de Los Sauces em Tunuyan.
Ver mapa nas fotos.
Confirmando a vocação de Bodega de Família nas marcas, os produtos são divididos em 4 categorias : Buenos Hermanos, Padres Dedicados ( onde Padres em espanhol não tem o mesmo significado em Português, significando Pais ), Gran Familia e Joyas de Familia, o Icone da vinícola.
Depois das boas-vindas, a visita percorre suas instalações, nos surpreendendo com a Degustação de um Vinho Syrah direto do tonel de Inox, terminando a fermentação principal e quase pronto para ser transportado para os barris de carvalho para envelhecimento.
É uma experiência única, pouco comum nas visitas a vinícolas.
O vinho ainda se apresenta bem doce, com muito espaço para transformar os açucares em álcool.
A capacidade de produção é de 125 mil litros por ano, com instalações de tanques de fermentação de Inox e de Carvalho.
Na sequencia, mais uma surpresa, foi nos servido um Cabernet Franc que está quase pronto para deixar as barricas de carvalho e ser engarrafado.
A visita termina na sala de degustação, já organizada para nos receber onde são servidos 3 vinhos acompanhados de queijos diferentes, cada um harmonizando com um dos vinhos.
Contudo, mais uma surpresa, é o próprio Eduardo Gimenez que chega para nos apresentar os vinhos.
Depois de nos dar detalhes sobre os 3 exemplares : Buenos Hermanos Merlot 2014, Padres dedicados Malbec 2014 e Gran Familia Syrah 2012 programados para a degustação, nos brinda com mais uma surpresa, abrindo o Ícone da Vinícola, Grand Blend Joyas de Familia
também 2012.
O que comentar sobre os vinhos ?
Que correspondem a tudo que vimos desde que chegamos, vinhos que cada um na sua proposta e categoria, expressam o Terroir em que foram produzidos de uma forma única , você percebe nitidamente que os aromas e os sabores trazem algo de especial, equilibrado e elegante.
Especialmente o Malbec, que não retrata o padrão típico, tânico e potente dos Malbecs argentinos.
Em suma , só você experimentando para tirar as suas próprias conclusões.
Para fechar, como se não bastasse todas as surpresas anteriores, surgem empanadas quentinhas típicas da região.
Mas antes de nos despedirmos, Eduardo faz questão de nos mostrar as novas instalações do Restaurante e da Pousada que estão finalizando.
Segue o padrão da vinícola, capricho e cuidado nos pequenos detalhes ( ver fotos ).
Se você quiser visitar as Bodegas do Vale do Uco, sem precisar ir e voltar todos os dias de Mendoza, fica a dica, usufruir da hospitalidade familiar da Gimenez Riili.
Eu recomendo, não de olho fechado, pois você iria perder a paisagem estonteante.
Fica aqui o nosso agradecimento a Família e em especial ao Eduardo e a Viviana que nos receberam de forma tão acolhedora.


Saúde !! 


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Mendoza , o Retorno

Vale do Uco








Fomos para Mendoza pela primeira vez em 2013, que esta detalhado em 4 posts deste blog e pode ser acessado no link abaixo :



Voltamos agora em 2015 e vamos descrever as novidades conferidas neste retorno.
Venha conosco ...
A primeira grande noticia é que a Gol esta fazendo voos experimentais diretos de Guarulhos para Mendoza as quartas e sábados e tem sido um sucesso , sempre lotados !!
Segundo o pessoal da cidade está praticamente certo que os voos serão implantados em definitivo, vamos torcer.
Se não for assim, a opção que temos é ir triangulando por Buenos Aires ou por Santiago do Chile.
Mendoza é uma cidade muito simpática e acolhedora, onde você poderá mergulhar no mundo do Vinho e da Gastronomia, e também  ter contato com a neve nos caminhos para as Cordilheiras.
O clima é muito seco, chovendo apenas 250 mm por ano, nível considerado desértico.
Assim, o sol e a escassez de agua formam uma combinação que se bem administrada são especialíssimas para o cultiva da Uva.
E tudo começou mesmo antes dos espanhóis chegarem a região, com os Huarapes, os primeiros habitantes, que percebendo a importância da agua para a região, desenvolveram canais para coletar e trazer agua de degelo das Cordilheiras.
Ainda hoje, pode ser ver nas ruas estes canais, as acequias, que fazem a aguar circular pela cidade e alimentar as praças e jardins da cidade.
Localize seu monte preferido
O passo seguinte, no caminho do desenvolvimento da Vitivinicultura, foi dado por Juan Cedrón em 1557, plantando os primeiros vinhedos com o objetivo de abastecer as igrejas com os vinhos da missa.
As variedades eram americanas, Vitis Rupestris e Vitis Lambrusca, denominadas de Uvas Criollas, tanto Brancas quanto Tintas e originavam vinhos adocicados conforme a especificação da época.
A primeira mudança significativa ocorreu a partir de 1855 quando 1100 quilômetros de ferrovia ligaram a região a Buenos Aires, encurtando a distancia entre a produção e o mercado.
Também foi o período da chegada dos imigrantes italianos, como ocorreu na nossa Serra Gaúcha, com seu habito de cultivar uva e produzir vinho.
Outro marco da época, foi a chegada, em 1850 do agrônomo francês Michel Aimé Pouget, que introduziu as variedades francesas ( Vitis Viníferas ), vindas do Chile e da própria França,  aumentando a qualidade dos vinhedos e como consequência dos vinhos.
As primeiras cepas da uva Malbec chegaram em 1860 e no final deste século foi criada a Quinta Norma Agronômica e a sua Escola Modelo, a primeira escola especializada em artes agrícolas, direcionada para a Enologia.
O Edifício sede da Escola Modelo é de 1902 e se encontra preservado como patrimônio histórico e cultural.
O´Fournier
Mais um exemplo de que o sucesso de uma cidade, região ou país, se faz através da Educação.
Em consequência de tudo isso, surgem neste final de século XVIII e inicio do XIX as primeiras vinícolas de Mendoza que sobrevivem até hoje : La Rural (Rutini), Lopez, Escorihuela, Trapiche, Lagarde, Flichman e Norton.
Mas foi apenas na década de 80 que a região altera sua estratégia de produção de vinhos de volume para se concentrar na qualidade dos produtos, fazendo nova revolução, modificando os tipos de uva, a forma de plantação para Espaldeiras, restringindo a quantidade de uvas por cacho e trazendo a fermentação do vinho para dentro das vinícolas.
Tudo isso pode ser vivenciado visitando algumas destas vinicolas.
Bodega Aleanna ( El Enemigo )
A região de plantio ( e também a de produção dos vinhos ) fica a pouca distancia de Mendoza, entre 15 e 120 quilômetros do centro.
Em Mendoza são quatro as regiões oficiais mas três delas são as que tem as vinícolas mais conhecidas :
Luján de Cuyo, Maipú e Valle de Uco, as duas primeiras ficando na faixa de 30 quilômetros da cidade e a do Valle del Ucomais distante.
O Valle de Uco é composto por tres sub regiões, Tupungato a cerca de 78 Km, depois Tunuyan a 81 e San Carlos a 106 Km.
Se a pergunta que te vem a mente agora é quais vinícolas visitamos e como fizemos para organizar as visitas, a resposta é simples :
Nossa Mendoza Wine Experience (https://www.facebook.com/NossaMendoza?fref=ts ), uma empresa local especializada neste tipo de turismo.
Utilizamos na primeira visita e não hesitamos em contrata-los novamente desta vez.
A Historia da Luigi Bosca
O modelo é pratico, rápido e profissional, você informa quantos dias de passeio quer fazer , informa quais vinícolas quer visitar, o que não é obrigatório, se preferir eles sugerem segundo o perfil de interesse do seu grupo, e eles rapidamente te apresentam um roteiro, uma cotação ( que esta na casa de US$ 150 por dia para um carro : 2 ou 3 pessoas ) e o translado Aeroporto – Hotel – Aeroporto é cortesia.
As Olivas ou as nossas azeitonas
A ideia é visitar 3 vinícolas da mesma região por dia, como regra geral uma as 10 horas, a outra as 12 horas e a terceira as 14 horas de preferencia com almoço e por volta das 17 ou 18 horas vocês estará de volta ao hotel.
Pronto !! Com dois ou três emails você estará com a sua viagem planejada.
Mas o principal é que o profissionalismo vai além do planejamento.
A execução também ocorre em alto nível, com motoristas guias muito bem preparados para te transferir conhecimento e te ajudar no que você precisar.
Inclusive fazer adaptações de ultima hora se você precisar ou preferir, como foi o nosso caso desta vez.
Tivemos nesta viajem a participação do Manuel e do Juan, aos quais agradeço imensamente pelo sucesso da viagem.
Nos próximos posts, descrevemos as visitas às vinicolas, fomos em uma região diferente em cada um dos 3 dias que ficamos na cidade.

Aguarde ...


Vista da Bodega Andeluna








sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A Vinícola Bouza - Montevideu Parte 3


A Capela, inspiração para o logo da Vinicola
Existem varias opções de Vinícolas a serem visitadas ao redor de Montevidéu, já que 80 % dos vinhedos do Uruguai ficam por lá, seja nos arredores da própria capital ou em Canelones, poucos quilômetros ao norte.
Ficamos apenas um final de semana, cujo objetivo era conhecer a cidade e não fazer uma imersão no mundo do vinho como já fizemos em Santiago e Mendoza.
Assim, fizemos o típico papel de turista, escolhendo a vinícola a partir de hotel  e não através do pessoal especializado em vinhos.
No Hotel, haviam três opções de pacote : a Bouza , custando 81 dólares por pessoa, incluindo translado, visita e degustação, em todos os dias da semana; a Bodega ( Vinícola em espanhol ) Juanicó por 85 dólares também em todos os dias da semana e a Bodega Carrau      ( responsável pelo Amat, um dos grandes icones do Uruguai ) por 72 dólares apenas de Segunda a Sexta.
A propósito, neste hotel, o My Suites na região de Pocitos, eles promovem degustações a noite para os hospedes de terça a sábado, dependendo da temporada.
Vale a experiência.
A decoração e os andares são inspirados e provavelmente patrocinados, cada um por uma vinícola diferente.
Não da para dizer que é um Hotel temático mas o vinho esta por toda a parte.
Escolhemos a Bouza, que tem muitos comentários favoráveis nos sites de turismo.
Não usamos o pacote, fomos de taxi, depois de tentar reservar o almoço pela Internet. Mas sem tempo de receber a resposta.
Arriscamos.
O taxi de Pocitos a Bouza, ida e volta, saiu por 1400 pesos, num trajeto de 20 minutos ou 30 quilômetros.
Fomos num domingo de Julho e estava lotado ( de brasileiros ).
São 3 horários de visita : 11hr00, 13hr30 e 16hr00 horas e deve ser aliado a uma degustação ou ao almoço.
A degustação sai por 1000 pesos com 4 vinhos e o almoço, depende do menu, mas em media fica em 1500 pesos com os vinhos.
Alias , lendo posts da Internet, observo uma forte inflação de preço nos últimos 5 anos, onde se via taxis por 800 pesos ida e volta e a degustação saia a 500 pesos. Não sei se é o sucesso com os visitantes brasileiros ou a corrosão da moeda uruguaia.
A Bouza é uma vinícola recente, inaugurada em 2003, e produz hoje cerca de 120 mil garrafas por ano.
Seu símbolo é a capela da foto, que na nossa visita tinha a companhia de uma coruja, típica da região.
A visita começa no vinhedo, estávamos no período de poda, e a característica marcante é que além de podarem todas as hastes na forma de cultivo em Aleiras, podam também uma boa parte de um dos lados do tronco, o que não é usual.
O vinhedo é composto de 60 % de Uva Tannat, uva emblemática do Uruguai, complementada pela Tempranillo ( típica da Espanha ), Merlot ( França ) , Alvarinho ( de Portugal e Espanha – Albarinho ), Chardonnay  ( França ) e Riesling ( Alemanha ), ou seja, um vinhedo internacional e eclético.
A região é caracterizada por alta umidade ( 80 a 90 % ), índice de chuvas de 1000 milímetros por ano, o que é considerado baixo, mas não desértico como Mendoza e utilizam irrigação controlada para complementar.
A altitude é baixa, quase ao nível do mar ( na verdade do Rio da Prata ).
Do vinhedo, passa-se para a sala de fermentação,  com um misto de grandes barris de Concreto, Inox e Carvalho, tanto Frances quanto Americano.
Opção para todos os processos.
Faltou o Barril em forma de ovo, que esta na moda, fique atento quando for visitar, provavelmente já vai encontrar um barril destes em algum canto,  sendo experimentado.
Na sequencia, ficam os Barris de 225 litros para a guarda dos vinhos e no subsolo, a adega com garrafas de todas as safras produzidas.
Ao termino da visita, você será levado para o pavilhão ao lado do restaurante que abriga o museu de carros antigos da propriedade, usados no transporte dos barris e dos vinhos nas décadas de 30 a 50.
Uma atração a parte, bem interessante.
O próximo passo será fazer a Degustação ou almoçar e visita a loja de vinhos antes de ir embora.
A Bouza, além da tradicional linha de entrada e reserva, das variedades que listamos acima, produz dois ícones :
O Monte Vide Eu, mencionado no 1º post, um corte de Tannat ( 50 % ), arredondado por 30 % de Merlot e 20 % de Tempranillo, que estagiam entre 10 e 16 meses em barris de carvalho francês e americano.
A outra linha ícone são os Parcela Única, produzidos com uvas de um mesmo lote, devidamente identificado, tanto no parreiral quanto no rótulo do vinho ( ver fotos ).
Enfim, uma vinícola que apresenta uma ótima estrutura para visitantes e tem vinhos de porte que merecem ser conhecidos, e também não deixa de ser uma ótima opção de turismo para os que não tem no vinho sua paixão maior.

Saúde !!






 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Montevideu Parte II

Plaza Independencia







Tendo desvendado o centro velho, é hora de conhecer os arredores.
Um boa opção é utilizar o Bus Turístico, de 2 andares , padrão Londres
( eu sei que tem em muitas outras cidades, mas nenhum deles é tão charmoso como o da capital inglesa que roda 24 horas ).
Passe pelo Jardim Botânico, Parque Rodó e pelo Estádio Centenário.
De brinde você vai circular pelas Ramblas, as avenidas que margeiam o rio por toda a cidade e conhecer os bairros mais dedicados a gastronomia e compras como o Punta Carretas, PocitosBuceo.
Estes também são os bairros onde você deve buscar seu hotel, especialmente os dois primeiros.
No centro velho também tem bons hotéis mas nos finais de semana fica deserto, só fique lá se for em dias uteis.
No domingo, só vá ao centro para visitar a Feira de Tristan Narvaja;
Depois do Tour, se a ideia é caminhar por um Shopping, nestes bairros voce tem 2 ótimas opções :
O Punta Carretas, no bairro de mesmo nome, e o Montevideo Shopping em Pocitos.
Em cada um destes, um supermercado com ótimas opções de vinho uruguaio.
Diferente dos supermercados tradicionais, que só oferecem vinhos na gama de entrada, nestes você vai encontrar vinhos de todos os preços, incluindo os Tops Uruguaios.
Os preços são semelhantes aos do  Free Shop e das Vinícolas.
Não se surpreenda se você descobrir que quase todos os vinhos uruguaios são da uva Tannat, é isso mesmo, está uva se deu muito bem na região e por outro lado, não tem o mesmo desempenho na maioria dos outros países.
Experimente, é uma uva bem tânica, cheia de Resveratrol, o polifenol, antioxidante que endossa as pesquisas científicas que defendem que meia taça de vinho por dia faz muito bem a saúde.
Pausa para um Café 1
Já que Shopping e lojas de vinhos são sinônimos de gastar dinheiro, você poderá levar Reais ou Dólares sem nenhum problema, tem  casas de cambio tanto no aeroporto, quanto nos bairros e no centro, contudo as taxas de conversão fora do Aeroporto são mais atrativas.
Mas a grande dica é para os restaurantes ( mas atenção não vale para as estadias em Hotel ), o governo libera o pagamento de impostos quando a conta do restaurante é pago com Cartão de Credito Internacional, assumindo que você é turista.
O ganho, acredite se quiser, é de 18 % !! 
Pausa para um café 2
Parabéns ao Governo Uruguaio !!
Se não quiser acreditar veja nas fotos a prova de um dos recibos que paguei J
Mas não seja tão pão duro, este desconto não vai incidir sobre a gorjeta.
Fechando o tema cambio, para você ter uma referencia, em Julho ( de  2015 ) nas casas de cambio do centro, a relação Pesos Uruguaios / Reais estava em 8,1 na troca.
Neste ponto da conversa, você , que é um turista experiente já deve ter percebido que este pacote de passeios vai demandar na casa de 1 dia ou 1 dia e meio.
E é isso mesmo.
Gastara dois dias inteiros só se  fizer tudo com muita calma e profundidade.
A prova do crime
Assim, a dica adicional para ocupar este meio período disponível é visitar uma Vinícola uruguaia !!
E a dica não é só por causa da vocação do Blog, é porque é realmente uma ótima opção para qualquer turista, ate mesmo aquele que não bebe e você vai entender porque :
Praticamente 80 % dos vinhedos do Uruguai ficam ou na região rural de Montevideo mesmo ou em Canelones, poucos quilômetros ao norte da capital, ou seja, as vinícolas são de facílimo  acesso.
Parede de Vinhos 
Uma em especial, além da natural motivação de ver os vinhedos, conhecer o processo produtivo e degustar bons vinhos, oferece um museu de carros antigos ( Você já observou que os uruguaios adoram um museu ? Ponto para eles ! ) e um excelente almoço.
Um dos melhores passeios da cidade, segundo vários relatos de turistas, e eu concordo.
Trata-se da Vinícola Bouza que mencionei no inicio.
Da região de Pocitos,  você vai gastar 1400 pesos, no máximo, para ir e voltar de Taxi, num trajeto de 20 minutos ou 30 quilômetros.
O único problema é que tudo tem que ser reservado com antecedência, a procura é grande.
Alias a questão da reserva é um costume uruguaio, tudo sempre tem que ser reservado, até um café que visitamos  tinha varias mesas vazias reservadas, mesmo estando quase vazio.
Sala de Embarque Aeroporto
Você consegue imaginar a cena, sair para ir ao Shopping ou a esquina mas antes de sair ligar para o café da sua preferencia para deixar uma mesa reservada para você ? Eles devem passar a tarde toda sentados na mesa para isso ser realmente necessário.
 Mas voltando a Bouza, se o seu passeio é curto , de 2 ou 3 dias apenas,  você deve reservar antes de chegar, pela internet, ou reservar assim que chegar ( e pode não conseguir vaga ) ou comprar um pacote do hotel incluindo translado, visita e almoço, o que você já deve estar pensando que vai ser esfolado, mas sem duvida é a opção mais segura.
Ainda, é importante mencionar, não sei se porque ficamos num final de semana de inverno e de feriado na cidade, achamos a cidade bem suja e pior, com fartura de cocos de cachorro nas calçadas.
Aquela historia de saquinho para coletar a sujeira dos cachorros ainda não chegou por lá.
Chegou a hora de ir embora, então se sua opção foi aérea, o Aeroporto fica a 20 minutos da região de Punta Carretas e custa na ordem de 1000 pesos uruguaios de Taxi.
Um Aeroporto pequeno mas bem novo e moderno, uma atração a parte.

No próximo post vamos entrar em detalhes sobre as vinícolas uruguaias e em especial sobre a Vinícola Bouza.


Aguarde ...


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