sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Vinicolas de Mendoza 1o dia


















Nossa estreia em visitas a vinícolas na Argentina foi exatamente a Catena Zapata.
Segundo nosso guia, é também a solicitação de praticamente todos os turistas brasileiros.
Além da vinícola ser muito boa, acho que isso se deve também ao fato da vinícola ter uma distribuição de vinhos no Brasil muito bem  estruturada. Você consegue encontrar seus vinhos em todos os lugares, seja casas de vinho, restaurantes ou até em supermercados, claro que com a linha mais jovem.
A vinícola é muito bonita, com o famoso prédio em Formato Inca ( ver fotos ), super organizada.
Você recebe muitas informações técnicas mas não maçantes, destaque para os exemplos de três tipos de solo, reais,  acomodados em caixas de vidro, bastante didáticos.
Ao final do tour, por 100 pesos por pessoa, você vai poder degustar 3 vinhos da linha Angelica Catena que, de longe, não é a básica da vinícola.
Ponto para eles, já que em algumas vinícolas você só degusta os vinhos de entrada.
O nível do Angelica já paga a viagem, conhecemos o Chardonnay 2011, o Cabernet Sauvignon 2009 e o famosíssimo Angelica Zapata Malbec, também de 2009.
Tudo muito profissional. Na sala ao lado da degustação, você tem uma estante enorme com todos os vinhos a venda, seja da linha de exportação, bastante conhecida no Brasil ou da linha local, como o Saint Felicien que não é tão comum no Brasil.
Para conhecimento, a linha Catena Zapata, começa com o Alamos, segue com o Catena, o DV Catena, o Catena Alta, o Angelica Zapata e o Nicolas Zapata, com algumas variações. Mas sabendo esta sequencia você já consegue comprar tranquilamente os vinhos desta maravilhosa vinícola.
Outra boa noticia e’ que nesta sala de venda, você também pode degustar, por 80 pesos a taça, a linha top Nicolas Catena e suas derivações, outra oportunidade que você raramente encontra nas outras vinícolas.
Dificilmente você vai conseguir degustar o vinho ícone de cada uma delas por taça e a resposta vai ser sempre a mesma, a tiragem é muito pequena para o colocarmos para degustação. Você não vai pagar e eles não vão vender da mesma forma ?
Será que, com o fluxo de turistas, eles não conseguem terminar uma garrafa por dia pelo menos ?
Ou a ideia é deixar você curioso com o Ícone e tender a comprar a garrafa para levar ? Fica a duvida.
Mas da forma como os vinhos tops ( estou falando realmente dos Tops ) estão precificados, não é grande vantagem para você compra-los na Argentina ( e nem no Chile, os chilenos ).
Os preços estão posicionados para ficarem no mesmo nível dos preços do Brasil ( mesmo com todos os impostos que temos ).
Coloquei isso em outro post, acho que sobre Chicago.
Os Estados Unidos ainda é o melhor lugar do mundo para ser comprar qualquer vinho Top, seja Argentino, Chileno, Frances ou Italiano. A competitividade e o tamanho do mercado americano conseguem esta proeza.
Enfim vale a visita e para você que adora conhecer os grandes vinhos sem ter que pagar pela garrafa toda, esta visita é muito favorável. Em muito poucas vinicolas, seja na Argentina ou no Chile, voce vai ter esta oportunidade.
Na Lapostolle e na Montes Alpha no Vale do Colchagua, você também consegue conhecer o Clos Apalta e o M respectivamente, fica a dica.
Próxima parada, Viña Cobos, outra surpreendente, recepção super agradável, visita leve, na medida certa, conhecendo seus barris de aço e madeira e terminando com uma mesa de degustação.  Oficialmente você deve escolher entre a degustação de um vinho Felino e 1 Bramare por 81 pesos por pessoa, ( a linha da Cobos é composta pela linha Felino, de entrada, o Bramare como intermediário de alto nivel e o Top Cobos ) ou 1 Felino e 2 Bramares por 189 pesos ou finalmente 1 felino e 4 bramares por 350 pesos que deve incluir o famoso Bramare Marchiore Vineyard Malbec, considerando que a primeira degustação do Bramare Chardonnay não entra nesta conta.
Bem, até agora não sei por que razão, deve ter sido o contexto daquele dia, escolhemos a degustação básica e tomos 4 bramares.
Ou seja, nenhum Felino, o Bramare Marchiore Vineyard Chardonnay 2012 já mencionado, como abertura,  os Bramares Luijan de Cuyo Cabernet Sauvignon e Malbec ambos 2011 e finalmente o Bramare Rebon Vineyard 2011 também Malbec, o que lhe da a grande e interessante possibilidade de comparar ali na hora, dois malbecs de vineyards diferentes e entender a enorme influencia que o Terroir tem no resultado do vinho.
Os Malbecs são totalmente diferentes um do outro. Para completar os Bramares realmente faltou degustar o Bramare Marchiore Vineyard Malbec mas para mim o prejuízo não foi tão grande pois o tinha degustado numa feira de vinhos em Campinas algumas semanas antes. Alias foi esta degustação que me fez solicitar ao Santiago visitar esta vinicola.
Sensacional.
O único comentário negativo é realmente a impossibilidade de degustar o Top Cobos.
Na verdade, não é impossível, a guia oferece a possibilidade do grupo, na hora, comprar uma garrafa e dividir entre os visitantes.
Possível é, mas tratando-se de grupos não tão grandes , no nosso caso 7 pessoas, que não tem intimidade alguma, difícil chegar neste acordo. Sem problema, fica para a próxima visita.
Saindo da Cobos, fomos visitar a Vinicola Terrazas de los Andes, casa do famoso Cheval des Andes.
A visita é bem didática, agradável, com bom conteúdo, mas a parte especial foi realmente o almoço.
Entrada, prato principal e sobremesa harmonizados com Terrazas Torrontes, Terrazas Reserva Malbec e para demonstrar a origem nobre do grupo, um espumante Moet Chandon.
Atendimento de primeira nas instalações do pequeno hotel dentro da vinícola.
Vale a visita.

Continua ...




Linha Cobos

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