sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mendoza 2º dia, Polenta, Salentein, La Azul e a Gastronomia da cidade IV

 Tunuyan



Barricas de Carvalho e Inox convivendo na mesma area





Visitado Lujan de Cuyo no dia anterior, fomos agora para o Valle del Uco, um pouco mais longe de Mendoza, cerca de 80 Kms, para o primeiro sub distrito, Tupungato.

Contudo, a primeira vinícola, Pulenta, na verdade fica quase na divisa de Tupungato, mas ainda pertence a Lujan de Cuyo.

O nome Pulenta, vem da familia, onde o pai Antonio Pulenta é uma das figuras emblemáticas de Vinicultura de Mendoza, comprou a Vinícola Trapiche, revitalizou-a, colocando a no cenário internacional e mais tarde vendeu-a dividindo a herança entre seus 7 filhos.

Dois deles, Hugo e Eduardo, com esta capital, criaram a Pulenta em 2002.

A visita também é muito agradável, leve e interessante.

Na degustação, uma grande sacada para os casais. Ao invés de repetir os vinhos para cada pessoa, para os casais, eles colocam dois vinhos diferentes para cada um e o top para os dois para não dar briga.

Assim um casal, dividindo suas taças, tem a oportunidade de degustar 5 vinhos diferentes.

As mulheres foram servidas com Pulenta State Cabernet com Malbec, Nr. V e Pulenta Gran Malbec Nr. X, e e’ isso mesmo , os vinhos Pulenta são numerados em algarismos romanos e já alcançaram o Nr. XV.

Os homens, receberam o Pulenta State Malbec Nr. II e o Pulenta Gran Cabernet Franc Nr. XI.

E para os dois, o Pulenta Gran Corte Nr. VII, o grande astro da degustação.

O State aguenta entre 5 e 8 anos de guarda e o Gran Reserva de 10 a 15 anos.

Destaque especial para a novidade do Cabernet Franc, que normalmente é uma uva complementar, do corte bordalês por exemplo, mas aqui assume o papel de varietal e não decepciona, excelente, aroma marcante de Pimentão verde.

Enfim, uma vinícola que merece ser visitada.

Saindo de lá, continuamos no caminho do Valle del Uco até Tunuyan para visitar a Salentein.

A grande constatação neste dia foi a diferença de Terroir de uma região para a outra.

Em Lujan de cuyo, estava frio mas não o suficiente para ter gelo nas videiras e caminhando cerca de 40 kms para Tunuyan, em subida, já encontramos as marcas da neve e as videiras de Salentein, ainda cobertas de gelo.

A Salentein foi fundada pelo holandes Michel Pon em 1992. Teve sua primeira safra em 1998, quando se iniciou a construção da vinícola, inaugurada no ano 2000.

Ano que ficou registrado com os algarismos romanos MM ( nada a ver com o chocolate ), abaixo do nome, no interior da vinícola.

O Nome da vinícola vem de um dos Castelos da realeza Holandesa e segundo informado pelo guia, a Rainha, Argentina, escolheu o Salentein Primus Pinot Noir como o seu preferido para beber na corte.

As instalações são muito bonitas, com estreita ligação a Arte, com obras espalhadas por diversos cômodos.

O atendimento é bem profissional, menos caloroso que nas demais vinícolas e o tour é ligeiramente longo no conteúdo , chegando a cansar os visitantes.

A degustação no final serve a linha reserva Chardonnay, Malbec e Cabernet Sauvignon.

Após a visita, no bar, o visitante tem a possibilidade de degustar o vinho top Numina e tambem a linha mais acima, denominada Primus, nas variedades Pinot, Malbec e Merlot, que chegamos a degustar e acabamos concordando com a rainha.

O Pinot é o melhor, seguido do Malbec.

Saindo da Salentein, ainda em Tunuyan, fomos visitar e almoçar na pequena Vinícola La Azul.

Show de receptividade, vinícola familiar, quase um sitio, que prima pelo vinho e pela comida.

Almoço completo, com degustação dos vinhos da vinicola, Malbec e Cabernet Sauvignon jovens e  blend reserva Malbec / Cabernet Sauvignon.

Mas a maior surpresa fica para o final, após o almoço, uma visita a Vinícola e uma degustação do vinho Gran Reserva retirado direto da barrica com 2 anos de guarda. Uma oportunidade impar que não pode ser desperdiçada.

Terminado o almoço, voltamos para o hotel, a tempo, como já explicado de visitar as lojas do centro e degustar alguns vinhos na Sol & Vino.

Mendoza é excelente para o turismo gastronômico, e seguindo o padrão do Blog, só vamos falar do que realmente experimentamos.

Além dos restaurantes das vinícolas, já comentados anteriormente, na Avenida Sarmiento, temos varios restaurantes , um ao lado do outro.

Jantamos na primeira noite no Tomasso, especializado em massas, bem simples com massas de ótima qualidade. A carta de vinho, especialmente por estarmos em Mendoza, decepcionam nada especial, linha bem básica de vinhos.

Na noite seguinte, o jantar também foi na rua Sarmiento, agora no Restaurante Azafran, sempre na lista dos melhores da cidade, e merece o titulo, atendimento impecável, necessário reservar antes se quiser entrar, pelo menos no período de férias, comida de primeiro nível. A peculiaridade fica para a Carta de Vinho, ai sim, fazendo jus a Mendoza, porém, a carta, na verdade, é uma sala de vinhos. Bancadas de demonstração especificas para garrafas, você entra escolhe seu vinho preferido, o preço marcado na própria garrafa e leva para a sua mesa. Se precisar de ajuda, tem um Sommelier a disposição, bastante receptivo. Uma grande variedade de opções, principalmente de vinhos pouco comuns, daí a importância do Sommelier. Montado especialmente para voce descobrir vinhos que nem tinha ideia que existia. Mereça a visita.

E na ultima noite, fomos jantar no Francesco, outro da lista dos melhores de Mendoza, perto da rua Sarmiento, ao lado do hotel Hyatt. Especializado em massas também, de excelente qualidade. Atendimento muito amigável, com oportunidade de conhecer a fundadora, com 65 anos de experiência em cozinha. Boas opções de vinho. Grande escolha para a nossa ultima noite na cidade.
E assim é Mendoza, o berço do vinho argentino, povo de grande receptividade, cidade deliciosa para visitar, se puder e gostar de vinho, inclua no seu plano de férias.




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