Tunuyan |
Barricas de Carvalho e Inox convivendo na mesma area |
Visitado Lujan de Cuyo no dia anterior, fomos agora para o
Valle del Uco, um
pouco mais longe de Mendoza, cerca de 80 Kms, para o primeiro sub distrito, Tupungato.
Contudo, a primeira vinícola,
Pulenta, na
verdade fica quase na divisa de Tupungato, mas ainda pertence a Lujan de Cuyo.
O nome Pulenta, vem da familia, onde o pai Antonio Pulenta é
uma das figuras emblemáticas
de
Vinicultura de Mendoza, comprou a Vinícola Trapiche, revitalizou-a, colocando a no cenário
internacional
e mais tarde vendeu-a dividindo a herança entre seus 7 filhos.
Dois deles, Hugo e Eduardo, com esta
capital, criaram a Pulenta em
2002.
A visita também é muito agradável,
leve
e interessante.
Na degustação, uma grande sacada para os
casais. Ao invés de repetir os vinhos para cada pessoa, para os casais, eles
colocam dois vinhos diferentes para cada um e o top para os dois para não dar
briga.
Assim um casal, dividindo suas taças, tem
a oportunidade de degustar 5 vinhos diferentes.
As mulheres foram servidas com Pulenta State
Cabernet com Malbec, Nr. V e
Pulenta Gran Malbec Nr. X,
e e’
isso mesmo , os vinhos Pulenta são
numerados em algarismos romanos e já alcançaram o Nr. XV.
Os homens, receberam o Pulenta State Malbec Nr. II
e o Pulenta Gran
Cabernet Franc Nr. XI.
E para os dois, o Pulenta Gran
Corte Nr.
VII, o grande astro da degustação.
O State aguenta entre 5 e 8 anos de guarda e o Gran
Reserva de 10 a 15 anos.
Destaque especial para a novidade do
Cabernet Franc, que
normalmente é uma uva complementar, do corte bordalês por exemplo, mas aqui assume o papel de varietal e
não decepciona, excelente, aroma marcante de Pimentão verde.
Enfim, uma vinícola que merece ser visitada.
Saindo de lá, continuamos no caminho do
Valle del Uco até Tunuyan para
visitar a Salentein.
A grande constatação neste dia foi a
diferença de Terroir de
uma região para a outra.
Em Lujan de cuyo, estava frio mas não o suficiente para
ter gelo nas videiras e caminhando cerca de 40 kms para Tunuyan, em subida, já encontramos as marcas da
neve e as videiras de Salentein,
ainda cobertas de gelo.
A Salentein foi fundada pelo holandes
Michel Pon em
1992. Teve sua primeira safra em 1998, quando se iniciou a construção da vinícola,
inaugurada
no ano 2000.
Ano que ficou registrado com os algarismos
romanos MM ( nada a ver com o chocolate ), abaixo do nome, no interior da vinícola.
O Nome da vinícola vem de um dos Castelos da realeza
Holandesa e segundo informado pelo guia, a Rainha, Argentina, escolheu o Salentein
Primus Pinot Noir como
o seu preferido
para beber na corte.
As instalações são muito bonitas, com
estreita ligação a Arte, com obras espalhadas por diversos cômodos.
O atendimento é bem profissional, menos
caloroso que nas demais vinícolas
e o
tour é ligeiramente longo no conteúdo , chegando a cansar os visitantes.
A degustação no final serve a linha reserva
Chardonnay, Malbec e
Cabernet Sauvignon.
Após a visita, no bar, o visitante tem a
possibilidade de degustar o vinho top Numina e tambem a linha mais acima, denominada Primus,
nas variedades Pinot, Malbec e Merlot, que
chegamos a degustar e acabamos concordando com a rainha.
O Pinot é o melhor, seguido do Malbec.
Saindo da Salentein, ainda em Tunuyan, fomos visitar e almoçar na pequena Vinícola
La
Azul.
Show de receptividade, vinícola
familiar,
quase um sitio, que prima pelo vinho e pela comida.
Almoço completo, com degustação dos
vinhos da vinicola, Malbec e
Cabernet Sauvignon jovens e blend
reserva Malbec /
Cabernet Sauvignon.
Mas a maior surpresa fica para o final,
após o almoço, uma visita a Vinícola e uma degustação do vinho Gran
Reserva retirado direto da barrica com 2 anos de guarda. Uma
oportunidade impar que não pode ser desperdiçada.
Terminado o almoço, voltamos para o
hotel, a tempo, como já explicado de visitar as lojas do centro e degustar
alguns vinhos na Sol & Vino.
Mendoza é excelente para o turismo
gastronômico, e seguindo o padrão do Blog, só vamos falar do que realmente
experimentamos.
Além dos restaurantes das vinícolas, já
comentados anteriormente, na Avenida Sarmiento, temos varios
restaurantes , um ao lado do outro.
Jantamos na primeira noite no Tomasso,
especializado em massas, bem simples com massas de ótima qualidade. A carta de
vinho, especialmente por estarmos em Mendoza, decepcionam nada especial, linha
bem básica de vinhos.
Na noite seguinte, o jantar também foi na
rua Sarmiento, agora no Restaurante Azafran, sempre na lista dos melhores da cidade,
e merece o titulo, atendimento impecável, necessário reservar antes se quiser
entrar, pelo menos no período de férias, comida de primeiro nível. A
peculiaridade fica para a Carta de Vinho, ai sim, fazendo jus a Mendoza, porém,
a carta, na verdade, é uma sala de vinhos. Bancadas de demonstração especificas
para garrafas, você entra escolhe seu vinho preferido, o preço marcado na
própria garrafa e leva para a sua mesa. Se precisar de ajuda, tem um Sommelier a
disposição, bastante receptivo. Uma grande variedade de opções, principalmente
de vinhos pouco comuns, daí a importância do Sommelier. Montado especialmente para voce
descobrir vinhos que nem tinha ideia que existia. Mereça a visita.
E na ultima noite, fomos jantar no
Francesco, outro da lista dos melhores de Mendoza, perto da rua Sarmiento, ao
lado do hotel Hyatt.
Especializado em massas também, de excelente qualidade. Atendimento muito
amigável, com oportunidade de conhecer a fundadora, com 65 anos de experiência
em cozinha. Boas opções de vinho. Grande escolha para a nossa ultima noite na
cidade.
E
assim é Mendoza, o berço do vinho argentino, povo de grande receptividade,
cidade deliciosa para visitar, se puder e gostar de vinho, inclua no seu plano
de férias.
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