sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Edição Especial - Homenagem aos nossos nobres Deputados Federais !!



Quando pensamos que já tínhamos visto de tudo, nossos políticos conseguem se superar.
O Brasil agora tem a honra de estar , talvez sozinho, entre os países que tem um Deputado Federal preso exercendo mandato ( e ganhando normalmente seu salario e benefícios, pagos por nós ).
Muito provavelmente, na semana que vem, ele vai ter uma tv instalada na sua cela para poder assistir o Canal do Congresso.
Tenho que pedir desculpa aos portugueses, por todas as piadas que sempre gargalhei sobre sua fama.
Quarta , nos os superamos.
Estou oficialmente me proibido de contar e ouvir piadas de portugueses, única exceção é se colocarem os Deputados Federais como protagonistas no lugar deles.
Sabe aquela, vou contar uma piada de Americanos, um chamado Manuel e o outro Joaquim, agora vai ter que ser , um que votou contra e o outro que faltou na votação.
Se você ainda não entendeu a matemática da votação de quarta-feira, vou tentar explicar.
Em qualquer reunião que você já tenha participado que exigiu uma votação, com destaque especial a aquelas reuniões deliciosas de condomínio, ela fica marcada para uma determinada hora, , contando com a presença da maioria dos presentes, mas começa efetivamente meia hora depois, mesmo com 3 ou 4 pessoas, que ganham o direito por terem ido,  de representar os não presentes seja qual for a representatividade.
Moral da história, quem cala consenti.
Faltou, vai ter que aceitar o que a maioria dos presentes decidir, bem feito.
Mas no Congresso brasileiro, descobri agora, tem um método muito mais inteligente ( mais uma vez, me desculpe os portugueses, por não usar exemplos caseiros nas piadas ), quem falta não vota com a maioria, vota com o conluio.
Reconheço que ainda está difícil de entender, com os números vai ficar mais fácil.
Eram necessários 257 votos a favor da cassação para que o nobre Deputado Nantan Donadon fosse cassado do seu cargo de Deputado Federal.
O placar final foi 233 votos a favor da cassação, 131 contra e 41 abstenções.
Se fosse na reunião de condomínio, a grande maioria, com quase o dobro de votos teria cassado o Deputado.
Mas, considerando o estado da arte da legislação politica vigente no Congresso, 233 x 131 quem ganha é o 131, agora entendeu ?
Isso mesmo, quase o fim do mundo, a regra considera que quem faltou, quem se absteve , está contra a cassação do Deputado.
A maioria, na verdade, é absoluta, de todos os Deputados Eleitos, como são 512 no total, ontem, apenas 405 estavam efetivamente na sala de votação, outros 4 foram obstruídos e outros 50 assinaram a lista de presença mas sumiram da sala e não votaram.
Isso mesmo se apenas 24 destes tivesse deixado a sala do café e tivesse votado pela cassação, o Brasil não estaria nesta situação ridícula no dia de hoje.
Os outros 53 nem a lista assinaram, faltaram mesmo, em plena quarta-feira.
Se fosse segunda ou sexta estaria justificado, nenhum Deputado tem condição física de trabalhar nestes dias, o esforço da função é enorme.
E a BandNews foi atrás de cada um destes que não votaram e acabaram apoiando a manutenção do mandato do Sr. Donadon, e as razões principais foram : estavam a trabalho fora de Brasília, estavam doentes, não estavam por motivos particulares, na maioria com parente doente e finalmente alguns não foram encontrados, seus gabinetes estavam totalmente vazios.
É isso aí, a nós, principalmente aos mais conscientes, nos resta ler com carinho a lista abaixo, dos deputados que assinaram a lista e não votaram, e mantê-los na memória até a próxima eleição. 
São 11 do PT e 7 do PMDB.
Você vai ver que tem alguns velhos conhecidos, como o Sr. Paulo Maluf, Vicentinho, Gabriel Chalita, Eli Correia, Valdemar Costa Neto.
Ahh, esqueci de dizer, se você quer mesmo é saber quem foram os 131 que votaram contra, vai morrer de vontade, pois numa outra ferramenta de organizar conluios contra o povo, a votação ainda é secreta.
Jamais saberemos quem pelo menos tiveram a coragem de estar lá votando, mesmo que seja para o lado errado.
Acorda Brasil !!
PT
Angelo
Vanhoni (PR)
Beto Faro (PA)
Biffi (MS)
Iriny Lopes (ES)
João Paulo Cunha (SP)
Marina
Santanna (GO)
Miguel
Corrêa (MG)
Odair Cunha (MG)
Pedro
Eugênio (PE)
Pedro
Uczai (SC)
Vicentinho (SP)
PMDB
André
Zacharow (PR)
Eliseu Padilha (RS)
Gabriel
Chalita (SP)
Genecias Noronha (CE)
José
Priante (PA)
Leonardo
Quintão (MG)
Newton Cardoso (MG)
PSDB
Carlos Roberto (SP)
Marco Tebaldi (SC)
PP
Beto Mansur (SP)
José
Linhares (CE)
José
Otávio Germano (RS)
Luiz Fernando Faria (MG)
Paulo
Maluf (SP)
Renzo
Braz (MG)
Toninho Pinheiro (MG)
Vilson Covatti (RS)
DEM
Claudio
Cajado (BA)
Eli Correa
Filho (SP)
Jorge
Tadeu Mudalen (SP)
Lira Maia (PA)
PPS
Arnaldo Jardim (SP)
PCdoB
Jandira Feghali (RJ)
PDT
Enio Bacci (RS)
Giovanni
Queiroz (PA)
Giovani Cherini (RS)
PMN
Jaqueline Roriz (DF)
PR
Valdemar Costa Neto (SP)
Vicente
Arruda (CE)
PSB
Abelardo Camarinha (SP)
Paulo
Foletto (ES)
PSC
Nelson
Padovani (PR)
Pastor Marco Feliciano (SP)
PSD
Eduardo
Sciarra (PR)
Edson
Pimenta (BA)
Eliene Lima (MT)
José Carlos
Araújo (BA)
Sérgio Brito (BA)
PV
Eurico Júnior (RJ)

Mendoza 2º dia, Polenta, Salentein, La Azul e a Gastronomia da cidade IV

 Tunuyan



Barricas de Carvalho e Inox convivendo na mesma area





Visitado Lujan de Cuyo no dia anterior, fomos agora para o Valle del Uco, um pouco mais longe de Mendoza, cerca de 80 Kms, para o primeiro sub distrito, Tupungato.

Contudo, a primeira vinícola, Pulenta, na verdade fica quase na divisa de Tupungato, mas ainda pertence a Lujan de Cuyo.

O nome Pulenta, vem da familia, onde o pai Antonio Pulenta é uma das figuras emblemáticas de Vinicultura de Mendoza, comprou a Vinícola Trapiche, revitalizou-a, colocando a no cenário internacional e mais tarde vendeu-a dividindo a herança entre seus 7 filhos.

Dois deles, Hugo e Eduardo, com esta capital, criaram a Pulenta em 2002.

A visita também é muito agradável, leve e interessante.

Na degustação, uma grande sacada para os casais. Ao invés de repetir os vinhos para cada pessoa, para os casais, eles colocam dois vinhos diferentes para cada um e o top para os dois para não dar briga.

Assim um casal, dividindo suas taças, tem a oportunidade de degustar 5 vinhos diferentes.

As mulheres foram servidas com Pulenta State Cabernet com Malbec, Nr. V e Pulenta Gran Malbec Nr. X, e e’ isso mesmo , os vinhos Pulenta são numerados em algarismos romanos e já alcançaram o Nr. XV.

Os homens, receberam o Pulenta State Malbec Nr. II e o Pulenta Gran Cabernet Franc Nr. XI.

E para os dois, o Pulenta Gran Corte Nr. VII, o grande astro da degustação.

O State aguenta entre 5 e 8 anos de guarda e o Gran Reserva de 10 a 15 anos.

Destaque especial para a novidade do Cabernet Franc, que normalmente é uma uva complementar, do corte bordalês por exemplo, mas aqui assume o papel de varietal e não decepciona, excelente, aroma marcante de Pimentão verde.

Enfim, uma vinícola que merece ser visitada.

Saindo de lá, continuamos no caminho do Valle del Uco até Tunuyan para visitar a Salentein.

A grande constatação neste dia foi a diferença de Terroir de uma região para a outra.

Em Lujan de cuyo, estava frio mas não o suficiente para ter gelo nas videiras e caminhando cerca de 40 kms para Tunuyan, em subida, já encontramos as marcas da neve e as videiras de Salentein, ainda cobertas de gelo.

A Salentein foi fundada pelo holandes Michel Pon em 1992. Teve sua primeira safra em 1998, quando se iniciou a construção da vinícola, inaugurada no ano 2000.

Ano que ficou registrado com os algarismos romanos MM ( nada a ver com o chocolate ), abaixo do nome, no interior da vinícola.

O Nome da vinícola vem de um dos Castelos da realeza Holandesa e segundo informado pelo guia, a Rainha, Argentina, escolheu o Salentein Primus Pinot Noir como o seu preferido para beber na corte.

As instalações são muito bonitas, com estreita ligação a Arte, com obras espalhadas por diversos cômodos.

O atendimento é bem profissional, menos caloroso que nas demais vinícolas e o tour é ligeiramente longo no conteúdo , chegando a cansar os visitantes.

A degustação no final serve a linha reserva Chardonnay, Malbec e Cabernet Sauvignon.

Após a visita, no bar, o visitante tem a possibilidade de degustar o vinho top Numina e tambem a linha mais acima, denominada Primus, nas variedades Pinot, Malbec e Merlot, que chegamos a degustar e acabamos concordando com a rainha.

O Pinot é o melhor, seguido do Malbec.

Saindo da Salentein, ainda em Tunuyan, fomos visitar e almoçar na pequena Vinícola La Azul.

Show de receptividade, vinícola familiar, quase um sitio, que prima pelo vinho e pela comida.

Almoço completo, com degustação dos vinhos da vinicola, Malbec e Cabernet Sauvignon jovens e  blend reserva Malbec / Cabernet Sauvignon.

Mas a maior surpresa fica para o final, após o almoço, uma visita a Vinícola e uma degustação do vinho Gran Reserva retirado direto da barrica com 2 anos de guarda. Uma oportunidade impar que não pode ser desperdiçada.

Terminado o almoço, voltamos para o hotel, a tempo, como já explicado de visitar as lojas do centro e degustar alguns vinhos na Sol & Vino.

Mendoza é excelente para o turismo gastronômico, e seguindo o padrão do Blog, só vamos falar do que realmente experimentamos.

Além dos restaurantes das vinícolas, já comentados anteriormente, na Avenida Sarmiento, temos varios restaurantes , um ao lado do outro.

Jantamos na primeira noite no Tomasso, especializado em massas, bem simples com massas de ótima qualidade. A carta de vinho, especialmente por estarmos em Mendoza, decepcionam nada especial, linha bem básica de vinhos.

Na noite seguinte, o jantar também foi na rua Sarmiento, agora no Restaurante Azafran, sempre na lista dos melhores da cidade, e merece o titulo, atendimento impecável, necessário reservar antes se quiser entrar, pelo menos no período de férias, comida de primeiro nível. A peculiaridade fica para a Carta de Vinho, ai sim, fazendo jus a Mendoza, porém, a carta, na verdade, é uma sala de vinhos. Bancadas de demonstração especificas para garrafas, você entra escolhe seu vinho preferido, o preço marcado na própria garrafa e leva para a sua mesa. Se precisar de ajuda, tem um Sommelier a disposição, bastante receptivo. Uma grande variedade de opções, principalmente de vinhos pouco comuns, daí a importância do Sommelier. Montado especialmente para voce descobrir vinhos que nem tinha ideia que existia. Mereça a visita.

E na ultima noite, fomos jantar no Francesco, outro da lista dos melhores de Mendoza, perto da rua Sarmiento, ao lado do hotel Hyatt. Especializado em massas também, de excelente qualidade. Atendimento muito amigável, com oportunidade de conhecer a fundadora, com 65 anos de experiência em cozinha. Boas opções de vinho. Grande escolha para a nossa ultima noite na cidade.
E assim é Mendoza, o berço do vinho argentino, povo de grande receptividade, cidade deliciosa para visitar, se puder e gostar de vinho, inclua no seu plano de férias.