domingo, 10 de dezembro de 2017

Lyon e Avignon ( Leste da França Parte VII )Lyon

Vieux Lyon
 Buscando o objetivo de chegar a Marselha, sem viajar grandes trechos de estrada, Lyon acaba se tornando uma opção quase obrigatória de hospedagem.
Se hospedar em Beaune ou Dijon ira aumentar muito o trecho para chegar ao extremo sul em Avignon, Provence e Marselha.
Mas esta parada não causa nenhum inconveniente, visto que a cidade merece muito ser vista.
Castelo do Papado em Avignon
Foi mais uma das cidades fundadas pelos Romanos, em 43 a.C. e se fortaleceu com o comercio da seda, especialmente para a Itália durante o Renascimento.
No seu centro, recebe os rios Saône e Rhone, formando uma incrível combinação de cenário bem no centro antigo da cidade.
Tem diversas atrações : a Catedral de Notre Dame é a mais imponente, contudo apresenta praças, monumentos, edifícios pomposos por toda a cidade.
A principal região a ser visitada é a Vieux Lyon, com sua catedral de St Jean e é mais uma cidade que pode ser visitada a pé.
Tem zonas fortes de comercio, tanto na região entre os dois rios quanto ao redor do Hotel Sheraton, um enorme edifício redondo, que pode ser visto de quase toda a cidade.
Centro de Chateauneuf du Pape
A partir de Lyon você pode tanto retornar para visitar em mais detalhes a Cote Chalonnaise, Maconnais e Beaujonais como ir em frente, rumo sul e visitar a Cotê du Rhone.
Foi o que fizemos, tal qual a Alsacia e Borgonha, tem diversas vilas a serem visitadas indo agora na direção de Avignon, nossa próxima parada. É outro trecho de 230 kms, recheado de regiões vinícolas.
No Rhone Norte, se concentre em Cote-Rotie e Hermitage onde reinam a tinta Syrah, em Condrieu com seus vinhos brancos de Viognier e chegando mais perto de Avignon, busque Gigondas e Vacqueyras, onde a tinta Grenache se transforma na estrela principal.
Escolhemos Avignon por duas razões fortes, ambas totalmente dentro do objetivo da viagem.
Os famosos Chateauneuf du Pape
A primeira é que falamos de mais uma cidade medieval banhada pelo Rhone, que merece ser visitada, toda murada e sede do Papado entre 1309 e 1377.
A sede papal é impressionante e pode ser visitada em detalhes, além disso muitas outras atrações para serem exploradas caminhando, nas proximidades.
A segunda é que a 20 kms do centro se encontra a pequena cidade de Chateauneuf du Pape, que abrigava a residência de verão de João XXII , bispo de Avignon que se tornou papa e o reformou em 1316 se tornando seu novo castelo, como o nome indica.
Junto com a reforma do Castelo, João XXII trouxe enólogos da França e começou a plantar uvas para produção de vinho que ganharam grande qualidade com o tempo e umj vinho de uma característica única por ser uma mistura de até 13 uvas entre tintas e brancas, corte que não é repetido em nenhum outro lugar do mundo.
O solo também é único com muita pedra, daquelas que encontramos nos rios, arredondadas.
Cotie Rotie no Norte da Cote du Rhone
Hoje são vinhos reconhecidos mundialmente, inclusive os Clos des Papes, produzido na propriedade original.
O corte, atualmente, na maioria dos fabricantes, é produzido com no máximo quatro uvas, todas tintas ou até mesmo com 100 % da uva Grenache. Apenas fabricantes tradicionais, entre eles o respeitadíssimo Chateau de Beaucastel, se orgulham em divulgar que ainda trabalham com as 13 uvas autorizadas.
Enfim, dois lugares que não podem ser desprezados na sua viagem.

 Num roteiro que não tem o vinho como foco, o mais comum é usar a cidade de Aux-em-Provence como base para visitar tanto Avignon/Chateauneuf du pape quanto Marselha.
Mas este é o tema do nosso próximo post.

Continua ...

Vinhedos de encosta na Cote Rotie



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