A região de Ribeira del Duero |
No coração de La Rioja |
Grandes vinhos |
Ainda falando da região de Ribera
del
Duero
( DO , Denominação de Origem ) , segundo a revista Adega, ela é provavelmente a mais importante
das denominações espanholas. É protegida de qualquer influência marítima por
uma cadeia de montanhas. O solo é calcário-arenoso. Está localizada na parte
mais alta da meseta, com alguns vinhedos a 850 metros de altitude, o que
garante noites frias durante o ano todo, mesmo no verão, quando a amplitude
térmica pode chegar aos 20ºC.
Quem muito
se beneficia dessas diferenças de temperatura é a Tempranillo,
vedete local, cepa emblemática do país, cultivada
extensamente por todo o norte e centro da Espanha. Com sua casca mais grossa e
baixa acidez, quando plantada em áreas de clima moderado, mostra sua melhor
faceta. Seu nome vem da palavra “tempro”,
que significa “cedo”, provavelmente pelo fato de que a Tempranillo
amadurece antes das outras variedades. Presente em
blends
e personagem única da maioria dos melhores tintos da região. A Garnacha,
por sua vez, é usada principalmente nos rosés.
Após os anos 1980,
a
partir
de novos investimentos e do trabalho de enólogos jovens, viu-se um salto na
quantidade e qualidade dos tintos lá produzidos.
Um detalhe importante é que o
status DO Ribera
del
Duero
só vale para tintos e rosados. Outro é que as castas Cabernet Sauvignon, Malbec
e Merlot
são permitidas na DO por influência do Vega Sicília, que tem vinhedos antigos
dessas cepas. O clone de Tempranillo
cultivado em Ribera del
Duero
é conhecido no local como Tinto Fino e tem as cascas mais grossas, resultando
em vinhos mais tintos e com taninos mais adstringentes do que os vistos em
vinhos do Rioja, por exemplo.
Principais
produtores: Aalto,
Alión,
Alonso del
Yero,
Dominio
de Atauta,
Cillar
de Silos, Condado de Haza, O. Fournier,
Hacienda
Monasterio,
Emilio Moro, Pago de Capellanes,
Pago de Carraovejas,
Viña
Pedrosa, Pesquera,
Dominio
de Pingus,
Protos, Rodero,
Sastre,
Telmo Rodriguez, Vega Sicilia e
Finca Villacreces.
Saindo da região da Ribeira, na
direção Norte a partir de Aranda
del
Duero,
em 200 quilômetros,
você
chega
em Logroño,
o centro da região de La Rioja, outra das regiões importantes da Espanha
e a casa das
Vinícolas
dos
Marqueses : de Riscal,
Ariezo,
Tomares e Murrieta.
Porque tanto nome de Marques eu não sei, vou continuar pesquisando para
descobrir e conto a vocês.
O caminho já vale a viagem,
Montanhas de pura pedra, pouco comum para nós brasileiros, também
em
posições estratégicas,
voce
vai avistar de tempos em tempos grandes touros negros , lembrando que estamos
em território espanhol e ainda, nas regiões mais altas, fileiras de Geradores
Eólicos capturando energia limpa e renovável.
Também segundo
a revista adega, a região de Rioja é uma das mais importantes macrorregiões e
foi a primeira a receber o status DOCa, em
1991. Os vinhedos estão plantados em altitudes que variam entre 500 e 800
metros acima do nível do mar. Os solos são calcário-argilosos, com boa
concentração de ferro. Rioja Alavesa
fica a oeste da cidade de Logroño,
na margem norte do rio Ebro. Os vinhedos estão a 800 m do nível do mar, em
solos predominantemente calcário-arenosos e os vinhos lá produzidos são
provavelmente os mais sutis e elegantes de Rioja. Os climas em Rioja Alta e
Rioja Alavesa
são bastante similares. Devido à influência do Atlântico, não ocorrem
temperaturas extremas típicas de climas continentais.
Já em Rioja Baja, a leste de Logroño
e na margem sul do Ebro, o clima é mais continental, com verões quentes e
invernos rigorosos. Os solos são bastante argilosos e chove muito pouco. A
principal cepa cultivada é a Garnacha
e os vinhos da região costumam ter menor potencial de guarda do que aqueles
produzidos em Rioja Alta e Rioja Alavesa.
Mais recentemente, tem se plantado mais vinhedos de Graciano, que amadurece bem
no verão da Rioja Baja, para ser usada em blends
com uvas Tempranillo
vindas de Rioja Alta e Rioja Alavesa.
Tradicionalmente, os produtores de
Rioja definiam seus vinhos pelo blend e
pelo uso da madeira, com estágio em barrica por períodos mais longos do que os
estabelecidos nacionalmente. A partir da década de 1970, os vinhos de Rioja
passaram a ser produzidos com longos períodos de maceração, seguidos de
estágios mais curtos em madeira. Além disso, o anteriormente mais usado
carvalho americano tem sido substituído pelo francês sistematicamente.
Atualmente, a tendência é produzir varietais
e mesmo vinhos feitos com uvas de vinhedo único, pois o foco tem se depositado
em mostrar a personalidade da uva e do vinhedo em si, ao invés de técnicas de
fazer bons blends.
Riojas
mais modernos já apresentam traços mais frutados e são mais influenciados pelas
barricas de carvalho francês.
Principais
produtores: Finca
Allende, Artadi,
Luis Cañas, CVNE, Ijalba, LAN, Lopez de Heredia,
Martínez Bujanda,
Muga,
Marqués
de Murrieta,
Palacios
Remondo, Pujanza,
Remelluri,
La Rioja Alta, Marqués de Riscal,
Roda, Benjamin, Romeo, Señorio de
San Vicente, Sierra Cantabria,
Marqués
de Tomares e Dinastía Vivanco.
No
próximo post falamos das atrações de Logroño,
no centro de La Rioja e seguimos viagem rumo a Paris.
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