domingo, 9 de março de 2014

Bardega, o retorno. Voce já conhece ?







Ontem, voltei ao Bardega para me divertir.
Conforme descrevi num post em 08/11/2013, ( que está copiado abaixo, para você não ter que ficar mudando de página dentro do blog) o Bardega é um parque de diversões para os amantes do vinho.
A mesma sensação das crianças na Disney, do tipo, qual vou experimentar primeiro com medo de perder a oportunidade e sabendo que no final do dia ainda vai ter atrações sobrando para uma próxima visita.
E fui em busca das atrações que ficaram para trás na visita anterior e me surpreendi mais uma vez.
Na primeira "inspeção" pelas máquinas Enomatic ( são 12 de 8 posições !! ), já observei que a área dos italianos tinha aumentado, sem ter a pretensão de concluir que o meu post de Novembro tenha tido qualquer influencia, mas fiquei feliz, agora 16 vinhos italianos para escolhermos e a sorte ainda estava do meu lado, como vocês vão ver a seguir.
Nesta primeira passagem, reconheci a mesma qualidade anterior com pelo menos um grande ícone em cada máquina e também tive a impressão que o nível dos rótulos tinha aumentado. Não tenho como comprovar pois obviamente não me lembro de todos os rótulos mas a impressão ficou, e bem evidente e se confirmou mais tarde conversando com o Sommelier Aldo Assada.
Comecei com calma , experimentando um Merlot Americano da conceituada Vinícola Chateau Saint Michelle e minha esposa, na linha que ela mais gosta, um branco alemão de altíssima qualidade : Domdechant Werner Riesling da região de Rheingau, comprovando a tese de muitos especialistas que a Alemanha tem a hegemonia mundial na produção de grandes Rieslings.
Para acompanhar buscamos, no excelente cardápio, pratos que ainda não tínhamos experimentado, começamos com o sugestivo Curau Crocante com Foie Gras e melaço, realmente crocante e divino.
E ai , como comentei acima, a sorte encontrou o meu esforço e a dedicação, notei quando o Aldo se aproximou de uma das máquinas para trocar um dos vinhos, justamente da máquina dedicada aos italianos, meus preferidos, acompanhei de longe o processo e qual não foi a minha surpresa quando reconheci na nova garrafa, o excepcional Brunello de Montalcino, Poggio di Sotto, segundo alguns amigos ( conhecedores do oficio ), um dos melhores vinhos que eles já tomaram e eu ainda não tinha tido a oportunidade.
Por mais de uma vez, fui convidado para degusta-lo no Portal dos Vinhos no Morumbi capitaneado pelo Emilio Santoro  ( Rua Luis Migliano,  1141 , Morumbi  Fone 3498 5799 ) mas por questões de agenda , viagens, não consegui participar e agora a oportunidade surge sem ser anunciada.
Colocado ao lado do Sassicaia,  do Tignanello, de outro Brunello da Antinori e Amarones, esta máquina se transformou na referencia do Bardega, ontem a noite, difícil passar por ela sem parar.
Enfim, corri lá para buscar a minha dose do Poggio di Soto e matar a curiosidade.
Não me decepcionei, aroma inconfundível de Cereja, um vinho apesar de ser 2006 ( ainda novo para um Brunello que começa a maturar com 10 anos de vida pelo menos ) mostrou toda a sua estrutura e harmonia.
Claro que deixei uma parte na taça para tomar no final da visita, esperando que ele revelasse seus outros aromas e sabores e também, por que não, para termos um Gran Finale com o melhor vinho da noite.
Ficou difícil escolher o vinho seguinte mas graças as várias opções, fui para a Espanha, degustar outro ícone, da região da Rioja, O La Rioja Alta, outro referenciadíssimo, ano 2001, já indicando que iriamos tomar algo bastante harmonizado e maduro. Ótima escolha.
Voltamos ao cardápio para conhecer mais uma opção e desta vez , sem preocupação alguma com harmonização, escolhemos, com uma certa influencia do meu gosto pessoal, confesso,  o Ceviche de Salmão com abacate e caviar desidratado.
Outra experiência agradabilíssima. Prato suave, leve e saboroso.
Embalado pela conversa que tínhamos tido no episodio da abertura do Poggio, o Aldo me presenteou com uma amostra do Barolo 2008 que estava sendo servido, o Cordero de Montezemolo, comprovando a tese que os Brunellos e Barolos mais modernos não precisam mais envelhecer por 10 anos para começar a demonstrar a sua força.
Este era 2008, uma criança para um Barolo, mas depois de algum tempo aberto, já se apresentou completo, com todas as suas nuances. Difícil imaginar como este vinho estará com mais 10 ou 15 anos de guarda. Outra excelente opção.
Neste momento do post,  você tem duas opções, ou começa a anotar os nomes dos vinhos ou desencana e quando chegar lá vai direto falar com o Aldo ou com o Alexandre Aleluia para colher estas dicas.
Posso garantir que cada garrafa ali tem uma historia para contar, e veja que são mais de 100 !!
Voltamos aos pratos e para fechar pedimos o tradicional bolinho de Pancetta com pimenta Cumari, inteligentemente servida separada, se você não gostar da pimenta, foca no bolinho que vale a pena. Na mesma linha dos anteriores, deliciosos, ótimo acompanhamento para os vinhos.
E também para me despedir dos vinhos, escolhi um país fora do hall da fama dos países, o Líbano, isso mesmo, tomei o Chateau Musar 2005 , outro ícone, e correndo o risco de horrorizar alguns especialistas, não tive duvida que ele está no nível de qualquer grande vinho de qualquer um dos países mais famosos.
Equilibrado, rico em aromas e sabor intenso e macio.
Só não foi um Gran finale , pois como já disse, deixei um pouco do Poggio para encerrar a noite.
Neste contexto de ícones, para você que aprecia vinhos e além disso adora “colecionar” vinhos pontuados, seguindo um guia indicativo como o “1001 Vinhos para beber antes de morrer”, o Bardega é uma grande opção, destes experimentados neste post, 2 deles estão listados neste livro. E varios outros na lista dos 100 vinhos do bar.
Aquela idéia de voce conhecer um vinho muito caro sem ter que investir na garrafa inteira, tambem funciona muito bem lá.
Concluindo , mais uma noite daquelas que você sabe que foi única, dificilmente terá outra igual e vai ficar na sua memória.
Só posso , mais uma vez recomendar a vocês uma visita ao Bardega (Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11) 2691 7578 ).





Post de 08/11/2013

Nas férias de Julho, visitando Santiago, 

fiquei maravilhado com o 

Restaurante Baco Vino y Bistro 

na  Nueva de Lyon 113, 

Providencia 

 ( + 56-2-231- 4444 )

pelas possibildiades de experimentar

diversos vinhos em taça, graças a uma série de 5 ou 6 

máquinas Enomatics.

Aquelas que  garantem a qualidade do vinho depois de aberto.
degustei alguns icones chilenos como o Pangea não precisei investir no valor de uma garrafa inteira.
O paraíso para quem gosta mais de conhecer as diferenças entre os vinhos do que tomar grandes quantidades.
No Brasil , mais e mais temos encontrado bares e restaurantes que tem uma ou duas destas maquinas ( normalmente cada máquina com 6 a 8 posições ou vinhos diferentes ).
Raras exceções como  a Vinoteca da Expand no Empório Santa MariaAvenida Cidade Jardim em São Paulo que tem 4 ou 5 máquinas, mas limitado aos vinhos ( muito bons por sinal ) que a importadora traz.
Agora, você já tem a possibilidade de ter uma experiência seguramente melhor que a do restaurante de Santiago aqui em São Paulo.
Trata-se do Bardega, no coração do Itaim Bibi   ( Endereço: Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11) 2691 7578 ).
Com nada mais, nada menos que 12 máquinas Enomatic de 8 posições, são 110 rótulos para você explorar numa noite ( se você aficionado em calculo já está reclamando que eu errei a conta, os espumantes não estão nas máquinas, estão separados em baldes de gelo ).
Como regra geral cada máquina de tinto é dedicada a um pais e claro considerando Bordeaux e Borgonha como países diferentes, o que é a pura verdade para os franceses. E nem vamos discutir que a França merece ter o dobro de amostras que os demais países.
Poderia até argumentar que a  Itália, com apenas uma máquina também deveria ter mais uma.
 Espanha e Portugal também com suas máquinas dedicadas.
Odemais países ( Chile, Argentina, Líbano, sim Libano , Africa do Sul, Australia, Nova Zelandia, ... ) estão super bem representados mas dividindo espaço uns com os outros .
Uma máquina para os brancos, outra para os vinhos de sobremesa.
Os espumantes como falamos fica no gelo, no fundo do bar.
O serviço também é inovador, ao entrar você recebe um cartão com chip que será a sua chave de acesso às taças.
É plenamente self-service, é só colocar o cartão na máquina escolhida, decidir qual vinho vai experimentar e definir a quantidade, são 3 opções : 30, 60 e 120 mililitros.
Os preços, usando a dose de 30 ml como referencia, os vinhos variam de R$ 8 a R$ 60 reais dependendo da escolha.
As demais doses são proporcionais, a de 60 ml é o dobro do preço da de 30 e a de 120 é quatro vezes mais cara.
Se escolher seu próprio vinho, com tantas opções, te assustou, não se preocupe, os sommeliers Aldo Assada e Alexandre Aleluia ficam a disposição dos clientes para ajudar no manuseio da maquina e principalmente explicar e indicar cada um dos vinhos disponíveis.
Os rótulos foram muito bem escolhidos, não são os corriqueiros que você encontra nas grandes importadoras e também para cada pais tem sempre um icone se voce quiser degustar.
Um da Borgonha, um de Bordeaux, o Gaja da Espanha, Sassicaia da Italia ( com o Tignanello e alguns Brunellos correndo por fora, dai a necessidade de mais uma máquina para eles, na minha opinião ),  Pera Manca de Portugal, o Almaviva do Chile e assim sua vida vai ficando bem difícil para escolher o que beber em apenas uma noite.
Bardega abre as 18 e 30 horas e até as 20hr30 , tem um menu happy hour com seleção de queijos ou embutidos, bolinhos, risoto e gnocchi na faixa de 10 a 15 reais. E a qualquer hora o cardápio principal preparado pelo chef Daniel Martins, com grandes opções com preço na faixa de R$ 25,00 a 30,00.
Enfim, para os amantes do vinho, trata-se de um parque de diversões.
Para quem quer comer bem, acompanhado de um bom vinho na quantidade justa e na qualidade que quiser, é a opção perfeita.
E para os querem também uma boa conversa, as acomodações são variadas, confortáveis e de muito bom gosto.
Não deixe de experimentar. "  08/11/2013

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