sábado, 22 de março de 2014

De Madri a Paris Parte VIII - Bordeaux ( Parte I )

Esplanada des Quinconces

 Para você que quase passou batido neste post pois achou que Bordeaux só tem a ver com vinho e também para você que o esta lendo  pois é um amante da bebida, vamos abrir o jogo : Bordeaux é muito mais do que apenas a capital mundial do vinho !!
Continue lendo que você vai se surpreender.
Depois de Marselha, é o porto mais antigo da França, ponto de passagem do comércio europeu, desde os tempos romanos e especialmente no período de domínio inglês, de 1154 a 1453, prosperou com o monopólio da venda do vinho para a Inglaterra.
Após a descoberta das Américas, aproveitou sua posição no Atlântico para ampliar e diversificar o seu mercado.
Situada numa curva do rio Gironde, como os franceses chamam, ou Garone como preferem os portugueses, é a quinta maior cidade da França e exibe no seu centro antigo, imponentes prédios do século XVIII.
Nesta região, prédios grandiosos na Esplanada des Quinconces, o Grand Theatre e a Place de la Bourse decoram a margem do rio, que na verdade foi uma esteratégia dos administradores da época para esconder cortiços medievais presentes na época.
Na Place de la Bourse, o Hotel des Douanes e o Palais de la Bourse indicam a imponência da cidade, quase ao lado da Esplanada des Quinconces, com suas alamedas, fontes e estatuas, referenciadas pela monumento aos Girondinos, condenados a guilhotina por Robespierre na época do terror, em 1793.
Como toda grande cidade europeia, o melhor passeio é simplesmente sair caminhando em busca destes pontos turísticos.
Atrás desta praça e da esplanada, procure o Gran Theatre de Bordeaux, construído em 1780 , é uma das mais belas construções clássicas da França, famoso pela sua acústica e sua escadaria principal, imitada por Garnier na Ópera de Paris.
No mínimo, duas de suas igrejas são imperdíveis, a Basílica de Saint Michel do século XV com o campanário mais alto do sul da França, 114 metros e a Catedral de Santo André iniciada no século XI e reformada nos séculos XIII, XIV e XV. Destaque para suas esculturas medievais na Porte Royale, representando o Juizo Final.
A região do comercio é bem próxima desta que voce está caminhando, compreende dois calçadões, o da longa Rue Sainte Catherine, uma das maiores ruas de lojas da Europa e a Porte Dijeaux que depois conecta com a Saint Remy, a rua que abriga diversos restaurantes.
Outro local interessante para compras é a Quai de Marques, na orla do rio , uns 3 kms da Place de la Bourse, antigos armazéns do porto, transformado em lojas e restaurantes.
Mas é no triangulo das ruas Clemenceau, Tourny e L´Intendance que você vai encontrar as lojas e os cafés mais charmosos e também alguns dos principais pontos turísticos para os amantes do vinho.
Na Cours du XXX Juillet,3 está a L´École du Vin  , seu ponto de referencia para informações, passeios, tours pelos Chateaus, Degustações e Cursos  sobre o vinho.
Vizinha a Escola do vinho, você vai encontrar o Bar à Vin, loja pequena mas muito bonita e descolada por dentro, onde você poderá degustar vários vinhos por taça, funciona das 11 as 22 horas, destaque para os Vitraus que foram preservados.
Praticamente do outro lado da rua, fica a Loja L´Intendant ( Alle de Toruny, 2 ), uma pequena loja triangular com vários andares onde você vai encontrar todos os grandes vinhos franceses.
Daquelas lojas que você deve ir, somente se o seu tempo for bem restrito e não quer perder a oportunidade de comprar vinhos diferentes.
Fora isso, não vale a pena, o preço é mais alto do que nas outras lojas, seja no centro ou nas estradas das vinicolas ao redor de Bordeaux.
Mas aproveitando o tema, a melhor loja para degustar vinhos que encontramos na cidade, está na Rua Devise, próximo da Igreja, são 32 opções de degustação de vinhos em taça, 8 de Bordeaux, 8 de Borgonha, 8 brancos e 8 de outras regiões do mundo, acompanhado com petiscos.
Atendimento muito amigável, na seleção dos vinhos , alguns Tops que em condições normais voce teria chance de experimentar, mas em taça, fica caro mas não impossível.
Foi lá que degustamos o Pavillon Rouge 1995 ( isso mesmo, 18 anos atrás ) do Chateau Margaux, segunda linha do mítico Chateau Margaux. Exepriencia inesquecivel, mesmo sendo o segundo na hierarquia , imagine o primeiro. Valeu a visita.
Nos próximos posts vamos descrever a visita a região dos grandes chateaus em ambas as margens do rio Gironde, aguarde !





domingo, 9 de março de 2014

Bardega, o retorno. Voce já conhece ?







Ontem, voltei ao Bardega para me divertir.
Conforme descrevi num post em 08/11/2013, ( que está copiado abaixo, para você não ter que ficar mudando de página dentro do blog) o Bardega é um parque de diversões para os amantes do vinho.
A mesma sensação das crianças na Disney, do tipo, qual vou experimentar primeiro com medo de perder a oportunidade e sabendo que no final do dia ainda vai ter atrações sobrando para uma próxima visita.
E fui em busca das atrações que ficaram para trás na visita anterior e me surpreendi mais uma vez.
Na primeira "inspeção" pelas máquinas Enomatic ( são 12 de 8 posições !! ), já observei que a área dos italianos tinha aumentado, sem ter a pretensão de concluir que o meu post de Novembro tenha tido qualquer influencia, mas fiquei feliz, agora 16 vinhos italianos para escolhermos e a sorte ainda estava do meu lado, como vocês vão ver a seguir.
Nesta primeira passagem, reconheci a mesma qualidade anterior com pelo menos um grande ícone em cada máquina e também tive a impressão que o nível dos rótulos tinha aumentado. Não tenho como comprovar pois obviamente não me lembro de todos os rótulos mas a impressão ficou, e bem evidente e se confirmou mais tarde conversando com o Sommelier Aldo Assada.
Comecei com calma , experimentando um Merlot Americano da conceituada Vinícola Chateau Saint Michelle e minha esposa, na linha que ela mais gosta, um branco alemão de altíssima qualidade : Domdechant Werner Riesling da região de Rheingau, comprovando a tese de muitos especialistas que a Alemanha tem a hegemonia mundial na produção de grandes Rieslings.
Para acompanhar buscamos, no excelente cardápio, pratos que ainda não tínhamos experimentado, começamos com o sugestivo Curau Crocante com Foie Gras e melaço, realmente crocante e divino.
E ai , como comentei acima, a sorte encontrou o meu esforço e a dedicação, notei quando o Aldo se aproximou de uma das máquinas para trocar um dos vinhos, justamente da máquina dedicada aos italianos, meus preferidos, acompanhei de longe o processo e qual não foi a minha surpresa quando reconheci na nova garrafa, o excepcional Brunello de Montalcino, Poggio di Sotto, segundo alguns amigos ( conhecedores do oficio ), um dos melhores vinhos que eles já tomaram e eu ainda não tinha tido a oportunidade.
Por mais de uma vez, fui convidado para degusta-lo no Portal dos Vinhos no Morumbi capitaneado pelo Emilio Santoro  ( Rua Luis Migliano,  1141 , Morumbi  Fone 3498 5799 ) mas por questões de agenda , viagens, não consegui participar e agora a oportunidade surge sem ser anunciada.
Colocado ao lado do Sassicaia,  do Tignanello, de outro Brunello da Antinori e Amarones, esta máquina se transformou na referencia do Bardega, ontem a noite, difícil passar por ela sem parar.
Enfim, corri lá para buscar a minha dose do Poggio di Soto e matar a curiosidade.
Não me decepcionei, aroma inconfundível de Cereja, um vinho apesar de ser 2006 ( ainda novo para um Brunello que começa a maturar com 10 anos de vida pelo menos ) mostrou toda a sua estrutura e harmonia.
Claro que deixei uma parte na taça para tomar no final da visita, esperando que ele revelasse seus outros aromas e sabores e também, por que não, para termos um Gran Finale com o melhor vinho da noite.
Ficou difícil escolher o vinho seguinte mas graças as várias opções, fui para a Espanha, degustar outro ícone, da região da Rioja, O La Rioja Alta, outro referenciadíssimo, ano 2001, já indicando que iriamos tomar algo bastante harmonizado e maduro. Ótima escolha.
Voltamos ao cardápio para conhecer mais uma opção e desta vez , sem preocupação alguma com harmonização, escolhemos, com uma certa influencia do meu gosto pessoal, confesso,  o Ceviche de Salmão com abacate e caviar desidratado.
Outra experiência agradabilíssima. Prato suave, leve e saboroso.
Embalado pela conversa que tínhamos tido no episodio da abertura do Poggio, o Aldo me presenteou com uma amostra do Barolo 2008 que estava sendo servido, o Cordero de Montezemolo, comprovando a tese que os Brunellos e Barolos mais modernos não precisam mais envelhecer por 10 anos para começar a demonstrar a sua força.
Este era 2008, uma criança para um Barolo, mas depois de algum tempo aberto, já se apresentou completo, com todas as suas nuances. Difícil imaginar como este vinho estará com mais 10 ou 15 anos de guarda. Outra excelente opção.
Neste momento do post,  você tem duas opções, ou começa a anotar os nomes dos vinhos ou desencana e quando chegar lá vai direto falar com o Aldo ou com o Alexandre Aleluia para colher estas dicas.
Posso garantir que cada garrafa ali tem uma historia para contar, e veja que são mais de 100 !!
Voltamos aos pratos e para fechar pedimos o tradicional bolinho de Pancetta com pimenta Cumari, inteligentemente servida separada, se você não gostar da pimenta, foca no bolinho que vale a pena. Na mesma linha dos anteriores, deliciosos, ótimo acompanhamento para os vinhos.
E também para me despedir dos vinhos, escolhi um país fora do hall da fama dos países, o Líbano, isso mesmo, tomei o Chateau Musar 2005 , outro ícone, e correndo o risco de horrorizar alguns especialistas, não tive duvida que ele está no nível de qualquer grande vinho de qualquer um dos países mais famosos.
Equilibrado, rico em aromas e sabor intenso e macio.
Só não foi um Gran finale , pois como já disse, deixei um pouco do Poggio para encerrar a noite.
Neste contexto de ícones, para você que aprecia vinhos e além disso adora “colecionar” vinhos pontuados, seguindo um guia indicativo como o “1001 Vinhos para beber antes de morrer”, o Bardega é uma grande opção, destes experimentados neste post, 2 deles estão listados neste livro. E varios outros na lista dos 100 vinhos do bar.
Aquela idéia de voce conhecer um vinho muito caro sem ter que investir na garrafa inteira, tambem funciona muito bem lá.
Concluindo , mais uma noite daquelas que você sabe que foi única, dificilmente terá outra igual e vai ficar na sua memória.
Só posso , mais uma vez recomendar a vocês uma visita ao Bardega (Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11) 2691 7578 ).





Post de 08/11/2013

Nas férias de Julho, visitando Santiago, 

fiquei maravilhado com o 

Restaurante Baco Vino y Bistro 

na  Nueva de Lyon 113, 

Providencia 

 ( + 56-2-231- 4444 )

pelas possibildiades de experimentar

diversos vinhos em taça, graças a uma série de 5 ou 6 

máquinas Enomatics.

Aquelas que  garantem a qualidade do vinho depois de aberto.
degustei alguns icones chilenos como o Pangea não precisei investir no valor de uma garrafa inteira.
O paraíso para quem gosta mais de conhecer as diferenças entre os vinhos do que tomar grandes quantidades.
No Brasil , mais e mais temos encontrado bares e restaurantes que tem uma ou duas destas maquinas ( normalmente cada máquina com 6 a 8 posições ou vinhos diferentes ).
Raras exceções como  a Vinoteca da Expand no Empório Santa MariaAvenida Cidade Jardim em São Paulo que tem 4 ou 5 máquinas, mas limitado aos vinhos ( muito bons por sinal ) que a importadora traz.
Agora, você já tem a possibilidade de ter uma experiência seguramente melhor que a do restaurante de Santiago aqui em São Paulo.
Trata-se do Bardega, no coração do Itaim Bibi   ( Endereço: Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11) 2691 7578 ).
Com nada mais, nada menos que 12 máquinas Enomatic de 8 posições, são 110 rótulos para você explorar numa noite ( se você aficionado em calculo já está reclamando que eu errei a conta, os espumantes não estão nas máquinas, estão separados em baldes de gelo ).
Como regra geral cada máquina de tinto é dedicada a um pais e claro considerando Bordeaux e Borgonha como países diferentes, o que é a pura verdade para os franceses. E nem vamos discutir que a França merece ter o dobro de amostras que os demais países.
Poderia até argumentar que a  Itália, com apenas uma máquina também deveria ter mais uma.
 Espanha e Portugal também com suas máquinas dedicadas.
Odemais países ( Chile, Argentina, Líbano, sim Libano , Africa do Sul, Australia, Nova Zelandia, ... ) estão super bem representados mas dividindo espaço uns com os outros .
Uma máquina para os brancos, outra para os vinhos de sobremesa.
Os espumantes como falamos fica no gelo, no fundo do bar.
O serviço também é inovador, ao entrar você recebe um cartão com chip que será a sua chave de acesso às taças.
É plenamente self-service, é só colocar o cartão na máquina escolhida, decidir qual vinho vai experimentar e definir a quantidade, são 3 opções : 30, 60 e 120 mililitros.
Os preços, usando a dose de 30 ml como referencia, os vinhos variam de R$ 8 a R$ 60 reais dependendo da escolha.
As demais doses são proporcionais, a de 60 ml é o dobro do preço da de 30 e a de 120 é quatro vezes mais cara.
Se escolher seu próprio vinho, com tantas opções, te assustou, não se preocupe, os sommeliers Aldo Assada e Alexandre Aleluia ficam a disposição dos clientes para ajudar no manuseio da maquina e principalmente explicar e indicar cada um dos vinhos disponíveis.
Os rótulos foram muito bem escolhidos, não são os corriqueiros que você encontra nas grandes importadoras e também para cada pais tem sempre um icone se voce quiser degustar.
Um da Borgonha, um de Bordeaux, o Gaja da Espanha, Sassicaia da Italia ( com o Tignanello e alguns Brunellos correndo por fora, dai a necessidade de mais uma máquina para eles, na minha opinião ),  Pera Manca de Portugal, o Almaviva do Chile e assim sua vida vai ficando bem difícil para escolher o que beber em apenas uma noite.
Bardega abre as 18 e 30 horas e até as 20hr30 , tem um menu happy hour com seleção de queijos ou embutidos, bolinhos, risoto e gnocchi na faixa de 10 a 15 reais. E a qualquer hora o cardápio principal preparado pelo chef Daniel Martins, com grandes opções com preço na faixa de R$ 25,00 a 30,00.
Enfim, para os amantes do vinho, trata-se de um parque de diversões.
Para quem quer comer bem, acompanhado de um bom vinho na quantidade justa e na qualidade que quiser, é a opção perfeita.
E para os querem também uma boa conversa, as acomodações são variadas, confortáveis e de muito bom gosto.
Não deixe de experimentar. "  08/11/2013

quinta-feira, 6 de março de 2014

De Madri a Paris Parte VII - Rioja, San Sebastian e Biarritz

Biarritz

Idioma basco











































Rua das tapas

As tapas





















Logroño é a maior cidade da região da Rioja, dividindo com Haro a tarefa de servir como ponto de referencia.
Cidade com um centro antigo e histórico que merece ser visitado.
Ótima opção se você deseja pernoitar para seguir viagem ou mesmo, ficar alguns dias para conhecer as vinícolas e as cidades vizinhas, todas com muita história para contar.
A noite, a grande opção do centro, é a “ Taberna y Tienda de vinos “ La Tavina, na Rua Laurel,2, entre os prédios históricos do centro.
Com 3 andares, no térreo, ou Planta Baja como chamam os espanhóis, o bar onde você pode experimentar algumas tapas e degustar pelo menos 20 vinhos diferentes, além de aprender muito na conversa com o atendente. No primeiro andar uma mesa de degustação e uma adega onde você pode adquirir os vinhos que desejar e no 2º andar , um restaurante que define seu cardápio em função das compras do dia, aproveitando o que tem de mais fresco e de melhor qualidade no mercado da cidade. Ou seja, você pode fazer o que quiser neste endereço, não deixe de visitar. As vinícolas da região também podem ser visitadas, desde que agendadas, com especial atenção a Marques de Murrieta e a Marques de Riscal, sendo que nesta, você também pode se hospedar num hotel muito especial, projetado pelo americano Frank Gehry – responsável, entre outras obras, pelo Museu de Guggenheim, em Bilbao.
Uma obra de arte.
Fica na pequena cidade de Enciego, próximo de Logroño.
Para finalizarmos nossa passagem pela Rioja, é importante mencionar que esta região faz parte da peregrinação até Santiago de Compostela, você terá a chance de conhece-la se um dia planejar este roteiro de caminha e sacrifício.
Mas já é hora de continuarmos a nossa viagem, sair de Logroño e chegar em Bordeaux, são 300 quilômetros com varias atrações pelo caminho.
A primeira delas são os Montes Pirineus.
Para alcançar a fronteira da Espanha com a França, você vai ter que subir e descer os Pirineus, mas não se preocupe, é opedaço final dele, nada muito alto e a estrada super bem construída, com trechos idênticos aos tuneis da descida da Imigrantes em São Paulo, com toda certeza foram os mesmos construtores, descida continua, até os exaustores são os mesmos.
A vista é maravilhosa e você já começa a entrar na região basca, facilmente identificável pelas placas numa língua irreconhecível, coloquei uma delas nas fotos para você ter uma ideia, não lembra nenhum dos idiomas tradicionais europeus. A região basca representa os últimos quilômetros da Espanha para chegar na França e esta representada pela linda cidade de San Sebastian ou Donostia em basco.
Limpa, organizada, bem sinalizada, um balneario na beira do mar. Há quem diga que não existe um grande chef de cozinha que não tenha passado por San Sebastian e pela visita que fizemos, eu acredito. Primeiro pelas opções que eles tem no mercado, seja de peixe, mariscos, ostras de todos os tipos e frescos, seja de queijos e presuntos ou até de temperos.
O costume local, bastante interessante é fazer as refeições entrando em vários bares na sequencia e experimentando suas tapas especiais e tomando vinho.
A rua é a Fermin Calbeton e suas adjacências, vários bares com inúmeras opções de tapas, entre 2 e 3 euros, cada qual com seus vinhos por taça. Não perca a experiência.
Na sequencia a apenas alguns quilômetros você estará atravessando a fronteira da França, com uma grande vantagem da velocidade máxima subir de 120 para 130 quilômetros por hora, em estradas impecáveis, onde você não precisa se preocupar em olhar os buracos da estrada, porque eles não existem. Outra característica é que todos os motoristas dirigem na mesma velocidade , a máxima, então você não tem a necessidade de ultrapassagens. Os caminhões tem a velocidade máxima ligeiramente menor, 110 km/hora , mas também ( todos !! ) andam nesta velocidade, a potencia do motor do caminhão é definida para andar na máxima velocidade quando carregado, bem diferente da nossa realidade onde temos caminhões que mal conseguem subir uma ladeira quando carregados.
O que faz a viagem super tranquila e segura.
Pode-se viajar grandes distancias sem cansar.
A noticia fica por conta do preço dos pedágios, no trecho Fronteira até Bordeaux, cerca de 280 kms pagamos 30 Euros, mas vale cada centavo, pela qualidade da estrada.
Logo após a fronteira, você vai encontrar Biarritz, um porto baleeiro que se tornou balneário e ponto obrigatório de visita dos ricos europeus, desde que Eugenia, esposa de Napoleão III, escolheu a cidade para passar o inverno dada a temperatura amena nesta estação.
Cidade de surf e cassinos, também abriga o Palais, um dos grandes hotéis luxuosos da França, antiga residência de Eugenia.
No antigo porto, o aquário Musée de la Mer ( não confundir, mar em francês ) retrata a vida marinha da baia de Biscaia.
Biarritz é mais sofisticada e menos aconchegante que San Sebastian, típica por suas grandes pedras incrustradas na praia rasa, prédios antigos também dão um ar de Mônaco para a pequena cidade. Também vale a parada.
Hora de chegar a Bordeaux e aproveitar todas as atrações da terra que produz os melhores vinhos do mundo.
Mas esta história fica para o próximo post, até lá.
Mais tapas de San Sebastian

Biarritz

Os bares das tapas de San Sebastian

Da para entender ? Só os bascos mesmo.

Biarritz