Ontem,
voltei ao Bardega
para me divertir.
Conforme descrevi
num
post em
08/11/2013,
( que
está copiado abaixo, para você não
ter que ficar mudando de página dentro do blog)
o
Bardega
é um parque de diversões para os amantes do vinho.
A mesma sensação das crianças na
Disney, do tipo, qual vou experimentar primeiro com medo de perder a
oportunidade e sabendo que no final do dia ainda vai
ter atrações sobrando para uma
próxima visita.
E fui em busca das atrações que
ficaram para trás na visita anterior e me surpreendi mais uma vez.
Na primeira "inspeção"
pelas máquinas Enomatic (
são 12 de 8 posições !! ), já observei que
a área dos italianos tinha aumentado, sem
ter a pretensão de concluir que o meu
post de Novembro tenha tido qualquer influencia, mas
fiquei feliz, agora 16 vinhos italianos para escolhermos e a sorte ainda estava
do meu lado, como vocês vão ver a seguir.
Nesta primeira passagem, reconheci
a mesma qualidade anterior com pelo menos um grande ícone
em
cada máquina e também tive
a impressão que o nível dos rótulos tinha
aumentado. Não tenho como comprovar pois obviamente não me lembro de todos os rótulos
mas a
impressão ficou, e bem evidente e se confirmou mais tarde
conversando com o Sommelier Aldo
Assada.
Comecei com calma , experimentando
um Merlot
Americano da conceituada Vinícola Chateau
Saint Michelle
e
minha esposa,
na
linha que ela mais gosta, um
branco alemão de altíssima qualidade
: Domdechant
Werner Riesling
da região de Rheingau,
comprovando a tese de muitos especialistas que a Alemanha tem a hegemonia
mundial na
produção de grandes Rieslings.
Para acompanhar buscamos,
no
excelente cardápio, pratos que ainda não tínhamos experimentado,
começamos com o sugestivo Curau Crocante com Foie
Gras
e melaço, realmente crocante e divino.
E ai , como comentei acima, a sorte
encontrou o meu esforço e a dedicação, notei quando o Aldo se aproximou de uma
das máquinas para trocar um dos vinhos, justamente da máquina dedicada aos
italianos, meus preferidos, acompanhei de longe o processo e qual não foi a
minha surpresa quando reconheci na nova garrafa, o excepcional Brunello
de Montalcino,
Poggio
di
Sotto,
segundo alguns amigos ( conhecedores do oficio ), um dos melhores vinhos que
eles já tomaram e eu ainda não tinha tido a oportunidade.
Por mais de uma vez, fui convidado
para degusta-lo no Portal dos Vinhos no Morumbi capitaneado pelo Emilio
Santoro ( Rua Luis Migliano, 1141 , Morumbi Fone 3498 5799 ) mas por questões de agenda ,
viagens, não consegui participar e agora a oportunidade surge sem ser
anunciada.
Colocado ao lado do Sassicaia, do Tignanello,
de outro Brunello
da Antinori
e Amarones,
esta máquina se transformou na referencia do Bardega,
ontem a noite, difícil passar por ela sem parar.
Enfim, corri lá para buscar a minha
dose do Poggio
di
Soto e matar a curiosidade.
Não me decepcionei, aroma
inconfundível de Cereja, um vinho apesar de ser 2006 ( ainda novo para um Brunello
que começa a maturar com 10 anos de vida pelo menos ) mostrou toda a sua
estrutura e harmonia.
Claro que deixei uma parte na taça
para tomar no final da visita, esperando que ele revelasse seus outros aromas e
sabores e também, por que não, para termos um Gran
Finale
com o melhor vinho da noite.
Ficou difícil escolher o vinho
seguinte mas graças as várias opções, fui para a Espanha, degustar outro ícone,
da região da Rioja, O La Rioja Alta, outro referenciadíssimo, ano 2001, já
indicando que iriamos tomar algo bastante harmonizado e maduro. Ótima escolha.
Voltamos ao cardápio para conhecer
mais uma opção e desta vez , sem preocupação alguma com harmonização,
escolhemos, com uma certa influencia do meu gosto pessoal, confesso, o Ceviche
de Salmão com abacate e caviar desidratado.
Outra experiência agradabilíssima.
Prato suave, leve e saboroso.
Embalado pela conversa que tínhamos
tido no episodio da abertura do Poggio,
o Aldo me presenteou com uma amostra do Barolo
2008 que estava sendo servido, o Cordero
de Montezemolo, comprovando a tese que os Brunellos
e Barolos
mais modernos não precisam mais envelhecer por 10 anos para começar a
demonstrar a sua força.
Este era 2008, uma criança para um Barolo,
mas depois de algum tempo aberto, já se apresentou completo, com todas as suas
nuances. Difícil imaginar como este vinho estará com mais 10 ou 15 anos de
guarda. Outra excelente opção.
Neste momento do post, você tem duas opções, ou começa a anotar os
nomes dos vinhos ou desencana e quando chegar lá vai direto falar com o Aldo ou
com o Alexandre Aleluia para colher estas dicas.
Posso garantir que cada garrafa ali
tem uma historia para contar, e veja que são mais de 100 !!
Voltamos aos pratos e para fechar
pedimos o tradicional bolinho de Pancetta
com pimenta Cumari, inteligentemente servida
separada, se você não gostar da pimenta, foca no bolinho que vale a pena. Na
mesma linha dos anteriores, deliciosos, ótimo acompanhamento para os vinhos.
E também para me despedir dos
vinhos, escolhi um país fora do hall da fama dos países, o Líbano, isso mesmo,
tomei o Chateau
Musar
2005 , outro ícone, e correndo o risco de horrorizar alguns especialistas, não
tive duvida que ele está no nível de qualquer grande vinho de qualquer um dos
países mais famosos.
Equilibrado, rico em aromas e sabor
intenso e macio.
Só não foi um Gran
finale
, pois como já disse, deixei um pouco do Poggio
para encerrar a noite.
Neste contexto de ícones, para você
que aprecia vinhos e além disso adora “colecionar” vinhos pontuados, seguindo
um guia indicativo como o “1001 Vinhos para beber antes de morrer”, o Bardega
é uma grande opção, destes experimentados neste post, 2 deles estão listados
neste livro. E varios outros na lista dos 100 vinhos do
bar.
Aquela idéia
de voce
conhecer um vinho muito caro sem ter que investir na garrafa inteira, tambem
funciona muito bem lá.
Concluindo , mais uma noite
daquelas que você sabe que foi única, dificilmente terá outra igual e vai ficar
na sua memória.
Só
posso , mais uma vez recomendar a vocês uma visita ao Bardega
(Rua
Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11)
2691 7578
).
Post de 08/11/2013
Nas férias de Julho, visitando Santiago,
fiquei maravilhado com o
Restaurante Baco Vino y Bistro
na Nueva de Lyon 113,
Providencia
( + 56-2-231- 4444 )
pelas possibildiades de experimentar
diversos vinhos em taça, graças a uma série de 5 ou 6
máquinas Enomatics.
Aquelas que garantem a qualidade do vinho depois de aberto.
Lá, degustei alguns icones chilenos como o Pangea e não precisei investir no valor de uma garrafa inteira.
O paraíso para quem gosta mais de conhecer as diferenças entre os vinhos do que tomar grandes quantidades.
No Brasil , mais e mais temos encontrado bares e restaurantes que tem uma ou duas destas maquinas ( normalmente cada máquina com 6 a 8 posições ou vinhos diferentes ).
Raras exceções como a Vinoteca da Expand no Empório Santa Maria, Avenida Cidade Jardim em São Paulo que tem 4 ou 5 máquinas, mas limitado aos vinhos ( muito bons por sinal ) que a importadora traz.
Agora, você já tem a possibilidade de ter uma experiência seguramente melhor que a do restaurante de Santiago aqui em São Paulo.
Trata-se do Bardega, no coração do Itaim Bibi ( Endereço: Rua Doutor Alceu de Campos Rodrigues, 218 - Itaim Bibi - São Paulo Telefone: (11) 2691 7578 ).
Com nada mais, nada menos que 12 máquinas Enomatic de 8 posições, são 110 rótulos para você explorar numa noite ( se você aficionado em calculo já está reclamando que eu errei a conta, os espumantes não estão nas máquinas, estão separados em baldes de gelo ).
Como regra geral cada máquina de tinto é dedicada a um pais e claro considerando Bordeaux e Borgonha como países diferentes, o que é a pura verdade para os franceses. E nem vamos discutir que a França merece ter o dobro de amostras que os demais países.
Poderia até argumentar que a Itália, com apenas uma máquina também deveria ter mais uma.
Espanha e Portugal também com suas máquinas dedicadas.
Os demais países ( Chile, Argentina, Líbano, sim Libano , Africa do Sul, Australia, Nova Zelandia, ... ) estão super bem representados mas dividindo espaço uns com os outros .
Uma máquina para os brancos, outra para os vinhos de sobremesa.
Os espumantes como falamos fica no gelo, no fundo do bar.
O serviço também é inovador, ao entrar você recebe um cartão com chip que será a sua chave de acesso às taças.
É plenamente self-service, é só colocar o cartão na máquina escolhida, decidir qual vinho vai experimentar e definir a quantidade, são 3 opções : 30, 60 e 120 mililitros.
Os preços, usando a dose de 30 ml como referencia, os vinhos variam de R$ 8 a R$ 60 reais dependendo da escolha.
As demais doses são proporcionais, a de 60 ml é o dobro do preço da de 30 e a de 120 é quatro vezes mais cara.
Se escolher seu próprio vinho, com tantas opções, te assustou, não se preocupe, os sommeliers Aldo Assada e Alexandre Aleluia ficam a disposição dos clientes para ajudar no manuseio da maquina e principalmente explicar e indicar cada um dos vinhos disponíveis.
Os rótulos foram muito bem escolhidos, não são os corriqueiros que você encontra nas grandes importadoras e também para cada pais tem sempre um icone se voce quiser degustar.
Um da Borgonha, um de Bordeaux, o Gaja da Espanha, Sassicaia da Italia ( com o Tignanello e alguns Brunellos correndo por fora, dai a necessidade de mais uma máquina para eles, na minha opinião ), o Pera Manca de Portugal, o Almaviva do Chile e assim sua vida vai ficando bem difícil para escolher o que beber em apenas uma noite.
O Bardega abre as 18 e 30 horas e até as 20hr30 , tem um menu happy hour com seleção de queijos ou embutidos, bolinhos, risoto e gnocchi na faixa de 10 a 15 reais. E a qualquer hora o cardápio principal preparado pelo chef Daniel Martins, com grandes opções com preço na faixa de R$ 25,00 a 30,00.
Enfim, para os amantes do vinho, trata-se de um parque de diversões.
Para quem quer comer bem, acompanhado de um bom vinho na quantidade justa e na qualidade que quiser, é a opção perfeita.
E para os querem também uma boa conversa, as acomodações são variadas, confortáveis e de muito bom gosto.
Não deixe de experimentar. " 08/11/2013