sábado, 23 de janeiro de 2016

Roma Parte II













Seguindo a proposta do post anterior, vamos assumir que você decidiu começar pelo Coliseu, deixou o Vaticano para o dia seguinte.
Se for de metro, se prepare, ao deixar a estação de mesmo nome, vai ter um choque, o Coliseu vai surgir a sua frente.
É um choque de História, você fica alguns segundos sem palavras, com o seu cérebro tentando descobrir em que século você esta.
Emoção semelhante a quando você sai da estação de trem de Colônia ( Koln ) na Alemanha e da de frente com a sua Igreja Gótica, por mais que você se prepare, o impacto é incontrolável.
Não deixe de visita-lo, caminhe por suas arquibancadas, veja o subsolo onde ficavam as feras e os cristãos antes de serem massacrados.
Hoje já deve estar pronto, eles estão reconstruindo uma parte do palco e da arquibancada, com material diferente, sem imitar, para termos uma ideia bem mais concreta de como era.
Um show de Engenharia e Arquitetura para a época, ano 80 d.C. inaugurado pelo Imperador Tito com 100 dias de jogos para o povo.
Terminada a visita, a atração mais visível e mais próxima é o Arco de Constantino, marco comemorativo, da vitória de Constantino, o 1º Imperador cristão sobre Maxencio, em 312 d.C. , tradição que Napoleão acabou copiando mais tarde na França.
Indo no sentido do Arco, o destino agora é o Monte Palatino, onde fica a Domus Aurea ( Casa Dourada ) de Nero, o palácio mais suntuoso de Roma, que ocupou muitos hectares.
Você vai poder caminhar pelas ruinas de varias instalações como a Casa de Livia, residência de Augusto e sua 2ª mulher, o Domus Flavia, o Convento Palatino, o Estádio, Templo de Cibele, entre outros e visitar os cômodos da casa, descobertos em 1400.
No caminho, vestígios de 3 choupanas do século 9 a.C. que pode ter sido da pequena vila fundada por Romulo que deu origem a cidade e seu nome.
São 2 a 3 horas de caminhada, no mínimo, que merecem ser feitas.
A próxima parada é seguramente a via mais impressionante do mundo, a Via Dei Fori Imperiali, a avenida de acesso aos Fóruns imperiais romanos, dezenas de ruinas, cada uma com a sua importância.
É aqui que você se transporta para o Século I.
Do sentido do Coliseu para o Capitólio, você vai passar por nada mais nada menos que o Fórum de Nerva, Forum de Augusto, Prisão Mamertina, Fórum de Julio Cesar, Casa dos Cavaleiros de Rodes, Fórum, Coluna e Mercado de Trajano.
Um mergulho no passado.
Se você quiser se aprofundar no tema, aqui você vai gastar alguns dias para conhecer todos os detalhes.
Se você decidiu não gastar o dia todo vivendo no século I, a saída é em subida para os Museus do Capitólio.
Uma das 7 colinas de Roma, a Capitolina.
Vista do alto de toda a cidade, em especial para a região dos Fóruns.
Deste ponto em diante a cidade se abre e começam as caminhadas um pouco mais longas.
Tem varias possibilidades de trajeto, mas considerando o modelo de 3 dias, a sugestão é iniciar pela Piazza Venezia bem na frente do Capitólio.
É o centro nervoso de Roma, onde chegam as principais avenidas da cidade.
Nesta praça, se destaca o Palazzo Venezia, construído pelo Papa Paulo II e de suas sacadas Mussolini convencia o povo a aderir ao Fascismo.
Dai caminhar para o Teatro de Marcelo, do Seculo 1 a.C., talvez o mais frequentado até que o Coliseu fosse inaugurado.
Ao lado dele encontram-se vestígios do templo de  Apolo, da mesma época.
Vale agora passar pela Fontanna dele Tartarughe, criada em 1500 por Giacomo dela Porta.
E seguir para o Campo de Fiori, uma feira matinal que a noite se transforma em bares e pubs.
Desde a Idade Média é uma área muito agitada mas também foi palco das execuções da Inquisição, gravado pela estatua de Giordano Bruno, queimado ali em 1600.
O destino agora é um dos prédios mais preservados de Roma, o Panteão, um templo pagão de 125 d.C. projetado pelo Imperador Adriano, tem um Domo de 43 metros de altura e largura com um circulo aberto ao centro de 8 metros ( Óculo ), que deixa entrar os raios de sol, um pouco de chuva ou neve dependendo da estação.
O Papa Bonifácio IV recebeu-o em doação do Imperador Focas em 608 o que garantiu a sua conservação até os dias de hoje.
Suas paredes tem 6 metros de espessura e abrigam túmulos reais e de Rafael, o grande pintor renascentista.
O destino agora é mais uma das principais praças de Roma, a Piazza Navona, erguida sob um antigo estádio domiciano, o que explica o seu formato ovalado.
Abriga a Fonte dos Quatro Rios, uma homenagem de Bernini aos quatro continentes através dos rios, Ganges ( Asia ), Danubio ( Europa ) , Prata ( Américas ) e Nilo ( África ), a Igreja de San Luigi dei Francesi, que abriga 3 obras de Caravaggio e o Palazzo della Sapienza, sede original da Universidade de Roma, com destaque para sua cúpula e seu pátio interno.
Da Piazza Navona, o próximo destino, com uma caminhada um pouco maior, você ira conhecer a Fonte que o cinema transformou em uma das atrações mais conhecidas de Roma, a Fontanna di Trevi.
Em La Dolce Vita, Anita Ekberg se banha nesta fonte.
Mas sua marca principal é a capacidade de garantir sua volta a Roma se jogar, de costas e por cima de seu ombro, uma moeda na fonte.
Um custo bem baixo que vale a pena investir.
De arquitetura barroca, projetada por Nicola Salvi em 1732, fica nos fundos de um palácio e recebe o aqueduto Acqua Vergin construído por Agripa em 19 a.C.
Muito provavelmente seu dia vai terminar em alguma destas atrações.
Se conseguir chegar à Fontanna di Trevi terá tido um excelente aproveitamento para o seu 1º dia.

Mas não se preocupe, o que faltou será coberto no dia seguinte, com iremos descrever no próximo post.










Aguarde ...











Nenhum comentário:

Postar um comentário