Nesta semana, a charmosa Catedral
do Chopp em Campinas cometeu um sacrilégio aos amantes da cerveja e abrigou um
evento de apresentação dos vinhos 2014 da Importadora Cantu
( para quem quiser mais detalhes o site é http://www.cantuimportadora.com.br/ ).
O andar inferior , onde já abriga a
Adega da Choperia, ficou reservado para clientes e jornalistas, conhecerem os
lançamentos da Cantu. O evento não aberto ao público em
geral, teve uma boa presença e excelente organização.
Os vinhos estavam organizados em
bancadas por países, com Itália e França dominando a apresentação mas com
presença de Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai e África do Sul.
O Chile estava ( bem ) representado
pela Ventisqueiro
e suas marcas e o Brasil pela pequena e intrigante Vinícola Lovara
( Site www.vinicolalovara.com )
Na entrada , um stand dedicado aos
espumantes, reunindo Cavas espanholas e Espumantes Franceses, Argentinos e
Brasileiros.
O serviço, abundante, serviu
inicialmente as conhecidas Crostinis,
aquelas casquinhas de pizza temperadas, hoje presentes em vários restaurantes e
logo depois, surgiram as pizzas da casa em vários recheios para acompanhar os
vinhos degustados.
Tudo de excelente qualidade.
A bancada da Itália tinha muita
variedade, organizados geograficamente do Norte, com os famosos Barolos
e Barbarescos, representados pela Vinícola Brovida
Cordara,
por exemplo, ao Sul com os vinhos da Puglia,
com exemplares da Altemura, um
primitivo di
Manduria
e o Àpulo,
um Primito
de Salento.
No centro, os vinhos Toscanos,
liderados por alguns Brunellos,
especialmente o conhecido La Poderina.
E foi alvo de duas degustações
especiais, um processo interessante da Cantu para
a noite, que segurou a degustação de alguns dos seus ícones para uma chamada
relâmpago, atraindo a atenção de todos para a explicação do Sommelier
e já distribuindo o vinho para os presentes.
Neste formato , conhecemos na
bancada da Itália, o Dulcamara, um
( Super
) Toscano com 70 % de Cabernet Sauvignon, 25 % Merlot
e 5 % Petit Verdot envelhecido 18 meses em barril.
O nome vem de uma planta herbácea
nativa do Norte da África, conhecida para tratamentos medicinais ligados a pele.
O rótulo é bastante original, como você poderá ver na foto.
O outro destaque foi o Barolo da comunidade de Serralunga
D´Alba da Rivetto.
A França seguiu a mesma lógica, com
a Borgonha de uma lado e Bordeux do
outro, acho que para não ter briga e a Cote du Rhone
no centro. A representatividade dos vinhos chamava a atenção dos
visitantes, muitas das sub-regiões
destas grandes regiões francesas estavam presentes, com destaques da Borgonha
para um Cote D´or
Reserva ( Pinot Noir
seguramente ) da Nuiton Beunoy,
um Monopole
Clos
du
Chapirre
de Gevrey-Chambertin
e Anits
Saint Georges de Michel Noellat.
Os dois últimos, vinhos na faixa de
500 reais.
De Bordeaux, o Chateau
de Louvie,
de Christian Veiry, um Saint Emilion
Gran
Cru.
Outros destaques da França, foram
,um Rosé
de Provence do Chateau de Pourcieaux
e um Sauternes,
Chateau
des
Comperès
,
logicamente degustado apenas na hora de ir embora.
De Portugal, dois vinhos brancos
especialíssimos, o Opta da região do Dão e o Morgado de Bucelas
da DOC de mesmo nome, produzido com a uva Arinto.
Dos tintos, um excelente do Douro,
o Parcelas e a Linha do Herdade da Pimenta do Alentejo com destaque para o
grande escolha.
O Uruguai estava representado pela
Bodega H Stagnari
com o excelente Viejo e o top da linha Dinastia mas que
não cheguei a experimentar.
A Ventisqueiro
monopolizou as atrações do Chile, trazendo os famosos Pangea,
Ramirana,
Enclave e The Joshua mas também a linha de entrada Chilano,
despretensiosa e honesta.
Da Espanha , o destaque para a Fuentespina
da Ribeida
del
Duero,
com sua linha Vegas 3, Fuentespina Crianza,
Reserva e tambem
na linha da chamada especial, o top F, grande opção.
Do Brasil , a Vinícola Lovara,
estava demonstrando sua linha em detalhe : três espumantes produzidos pelo
Método Charmat
com uvas do Vale de São Francisco : um Brut, um Brut
Rose e um delicioso ( que me perdoem os especialistas que só aprovam os secos ) Moscatel, ligeiramente
doce como a uva indica e com uma acidez presente e equilibrada. Fácil e
delicioso para beber. Um perfeito custo beneficio.
Nos tintos, além da sua linha varietal
de
Cabernet e Merlot,
estava presente o seu Super premium
Gran
Lovara
, um corte de Cabernet Sauvigno, Merlot
e Tannat
que estagia 12 meses em barrica de carvalho francês e americano, segundo me explicou a própria enóloga da Vinícola, Roberta Benedetti presente no evento. Merece ser
degustado.
Estavam expostos exemplares do Crios,
do BenMarco
da Susana Balbo mas em mais uma chamada especial, o Nosotros
foi devidamente apresentado e servido ao público, um vinho sensacional da uva Malbec,
bem ao padrão do novo mundo, encantou a todos.
Realmente um grande campeão com a
assinatura da Susana.
Produzido com Malbec
de diferentes regiões de Mendoza ( Agrelo,
Anchoris,
Altamira e Los Arboles ) ,
que estagia 18 meses em barril de carvalho de primeiro uso.
94 pontos de Robert Parker.
Um vinho caro, na faixa de R$
550,00 mas que merece ser desbravado.
Finalmente, neste mar de vinhos de
primeira linha, despretensiosamente, estava sendo apresentada uma linha de
cervejas artesanais, a Insana. Quatro opções estavam lá, a Gold na linha da Pilsen,
uma cerveja de trigo Weisen ( a minha preferida ), uma estilo
americano Pale
Ale e uma de Chocolate Porter.
Definitivamente este não é o meu
campo, nem me arrisco a comentar mas precisa ser registrada a coragem destas
destemidas cervejas no evento.
E foi isso, um evento agradável,
cheio de surpresas, perfeito para conhecer grandes opções da Cantu.
Saúde
!!
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