sexta-feira, 25 de julho de 2014

Evento Cantu 2014 em Campinas - Post Especial Vinho

Nesta semana, a charmosa Catedral do Chopp em Campinas cometeu um sacrilégio aos amantes da cerveja e abrigou um evento de apresentação dos vinhos 2014 da Importadora Cantu ( para quem quiser mais detalhes o site é http://www.cantuimportadora.com.br/ ).
O andar inferior , onde já abriga a Adega da Choperia, ficou reservado para clientes e jornalistas, conhecerem os lançamentos da Cantu. O evento não aberto ao público em geral, teve uma boa presença e excelente organização.
Os vinhos estavam organizados em bancadas por países, com Itália e França dominando a apresentação mas com presença de Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai e África do Sul.
O Chile estava ( bem ) representado pela Ventisqueiro e suas marcas e o Brasil pela pequena e intrigante Vinícola Lovara  ( Site  www.vinicolalovara.com )
Na entrada , um stand dedicado aos espumantes, reunindo Cavas espanholas e Espumantes Franceses, Argentinos e Brasileiros.
O serviço, abundante, serviu inicialmente as conhecidas Crostinis, aquelas casquinhas de pizza temperadas, hoje presentes em vários restaurantes e logo depois, surgiram as pizzas da casa em vários recheios para acompanhar os vinhos degustados.
Tudo de excelente qualidade.
A bancada da Itália tinha muita variedade, organizados geograficamente do Norte, com os famosos Barolos e Barbarescos, representados pela Vinícola Brovida Cordara, por exemplo,  ao Sul com os vinhos da Puglia, com exemplares da Altemura, um primitivo di Manduria e o Àpulo, um Primito de Salento.
No centro, os vinhos Toscanos, liderados por alguns Brunellos, especialmente o conhecido La Poderina.
E foi alvo de duas degustações especiais, um processo interessante da Cantu para a noite, que segurou a degustação de alguns dos seus ícones para uma chamada relâmpago, atraindo a atenção de todos para a explicação do Sommelier e já distribuindo o vinho para os presentes.
Neste formato , conhecemos na bancada da Itália, o Dulcamara, um ( Super ) Toscano com 70 % de Cabernet Sauvignon, 25 % Merlot e 5 % Petit Verdot envelhecido 18 meses em barril.
O nome vem de uma planta herbácea nativa do Norte da África, conhecida para tratamentos medicinais ligados a  pele.
O rótulo é bastante original, como você poderá ver na foto.
O outro destaque foi o Barolo  da comunidade de Serralunga D´Alba da Rivetto.
A França seguiu a mesma lógica, com a Borgonha de uma lado e Bordeux do outro, acho que para não ter briga e a Cote du Rhone no centro. A representatividade dos vinhos chamava a atenção dos visitantes,  muitas das sub-regiões destas grandes regiões francesas estavam presentes, com destaques da Borgonha para um Cote D´or  Reserva ( Pinot Noir seguramente ) da Nuiton Beunoy, um Monopole Clos du Chapirre de Gevrey-Chambertin e Anits Saint Georges de Michel Noellat.
Os dois últimos, vinhos na faixa de 500 reais.
Da Cote du Rhone, a Chateauneuf du Pape Louis Bernard.
De Bordeaux, o Chateau de Louvie, de Christian Veiry, um Saint Emilion Gran Cru.
Outros destaques da França, foram ,um Rosé de Provence do Chateau de Pourcieaux e um Sauternes, Chateau des Comperès , logicamente degustado apenas na hora de ir embora.
De Portugal, dois vinhos brancos especialíssimos, o Opta da região do Dão e o Morgado de Bucelas da DOC de mesmo nome, produzido com a uva Arinto.
Dos tintos, um excelente do Douro, o Parcelas e a Linha do Herdade da Pimenta do Alentejo com destaque para o grande escolha.
O Uruguai estava representado pela Bodega H Stagnari com o excelente Viejo e o top da linha Dinastia mas que não cheguei a experimentar.
A Ventisqueiro monopolizou as atrações do Chile, trazendo os famosos Pangea, Ramirana, Enclave e The Joshua mas também a linha de entrada Chilano, despretensiosa e honesta.
Da Espanha , o destaque para a Fuentespina da Ribeida del Duero, com sua linha Vegas 3, Fuentespina Crianza, Reserva e tambem na linha da chamada especial, o top F, grande opção.
Do Brasil , a Vinícola Lovara, estava demonstrando sua linha em detalhe : três espumantes produzidos pelo Método Charmat com uvas do Vale de São Francisco : um Brut, um Brut Rose e um delicioso ( que me perdoem os especialistas que só aprovam os secos ) Moscatel, ligeiramente doce como a uva indica e com uma acidez presente e equilibrada. Fácil e delicioso para beber. Um perfeito custo beneficio.
Nos tintos, além da sua linha varietal de Cabernet e Merlot, estava presente o seu Super premium Gran Lovara , um corte de Cabernet Sauvigno, Merlot e Tannat que estagia 12 meses em barrica de carvalho francês e americano, segundo me explicou a própria enóloga da Vinícola, Roberta Benedetti presente no evento. Merece ser degustado.
Com todas estas opções, foi da Argentina que surgiu o campeão da noite, na minha opinião.
Estavam expostos exemplares do Crios, do BenMarco da Susana Balbo mas em mais uma chamada especial, o Nosotros foi devidamente apresentado e servido ao público, um vinho sensacional da uva Malbec, bem ao padrão do novo mundo, encantou a todos.
Realmente um grande campeão com a assinatura da Susana.
Produzido com Malbec de diferentes regiões de Mendoza ( Agrelo, Anchoris, Altamira e Los Arboles ) , que estagia 18 meses em barril de carvalho de primeiro uso.
94 pontos de Robert Parker.
Um vinho caro, na faixa de R$ 550,00 mas que merece ser desbravado.
Finalmente, neste mar de vinhos de primeira linha, despretensiosamente, estava sendo apresentada uma linha de cervejas artesanais, a Insana. Quatro opções estavam lá, a Gold na linha da Pilsen, uma cerveja de trigo Weisen ( a minha preferida ), uma estilo americano Pale Ale e uma de Chocolate Porter.
Definitivamente este não é o meu campo, nem me arrisco a comentar mas precisa ser registrada a coragem destas destemidas cervejas no evento.
E foi isso, um evento agradável, cheio de surpresas, perfeito para conhecer grandes opções da Cantu.
Saúde !!







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