sexta-feira, 11 de julho de 2014

De Madri a Paris Parte X - O Vale do Loire , o Vale dos Reis

O Vale dos Reis da França

Tours



Tendo visitado em detalhe a charmosíssima região de Bordeaux, partimos para a próxima etapa do nosso roteiro, não menos atraente e histórica, o Vale dos Reis como é conhecido o Vale do Loire, escolhido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
São 300 km de Bordeaux a Tours, uma das grandes cidades do vale, com estradas impecáveis onde a velocidade máxima na quase totalidade do trecho é de 130 km / hora, em 3 horas você seguramente completara o percurso.
A região na verdade é bem extensa, cerca de 600 quilômetros de oeste a leste, às margens do Rio Loire,  portanto optamos por conhecer a parte central onde se encontram os principais castelos, por onde desfilaram toda a nobreza francesa através dos séculos.
Facílimo encontrar referencias e citações de Joana D´arc, Francisco I ( 1540 ), Carlos VII, Leonardo da Vinci, Luis XI, Catarina de Medici, Henrique IV e várias outras celebridades nesta região.
Tours
Para conhecer alguns dos castelos mais famosos ( são mais de 1000 no total ), em profundidade e também conhecer a riqueza dos vinhos da região, que descreveremos mais abaixo, você vai precisar de uma semana.
Em dois ou três dias, você vai apenas conseguir ter uma ideia geral, passar, mas sem entrar, em vários dos castelos e escolher um, no máximo dois para entrar e conhecer em detalhe.
O passeio é maravilhoso, te remete aos dias da nobreza francesa dos século XVII e XVIII.
Usar Tours como ponto de hospedagem é uma excelente ideia pois além da própria cidade ser muito bonita e preservada, da acesso a lugares imperdíveis da região como Amboise, Blois, Beaugency e Saumur e também para regiões vinícolas de Bourgueil, Chinon, Muscadet e Vouvray.
Se a questão passou pela sua cabeça , a resposta é SIM, existe vinho na França fora de Bordeaux, Borgonha e Champagne, como você vera logo mais.
Tours, em 1461, se tornou capital da França por Luis XI devido a sua prosperidade no comercio de armas e tecidos até o reinado de Henrique IV que transferiu a capital para Paris.
Foi construída sobre uma antiga cidade romana mas em 1870 foi bombardeada pelos prussianos e novamente durante a Segunda Guerra, possuindo portanto um centro histórico magnifico, restaurado mas ainda com marcas da destruição.
Este centro é fechado, reservado apenas para pedestres, concentrando bares, restaurantes, galerias que merecem ser visitadas.
Visitado o centro histórico da cidade, a dica é partir para as cidades vizinhas, num raio de 70 km em torno de Tours, recheadas de Castelos.
Voce terá que caminhar em direções diferentes mas a sequencia a leste : Tours, Amboise e Blois , permitira conhecer os Castelos de Vouvrax, Chenonceau, Amboise propriamente dito e Chambord.
Depois na direção Oeste, poderá visitar , entre outros, Villandry e Azay-le-Rideau.
Todos imperdíveis, moradas de realeza da França. 
Entrada do Castelo de Chambord
Do ponto de vista do vinho, a região pode ser dividida em quatro sub-regiões ( ver mapa na foto ) : Leste, Touraine, Anjou-Saumur e Paix Natai (  a Oeste).
Produz brancos de primeira grandeza, a Oeste, nas regiões de Sancerre e Pouilly Fumé, muito conhecidos, com base nas Sauvignon Blanc, assim como, o famoso espumante Cremant de Loire, protagonizado pela uva Chenin Blanc e auxiliado pela Chardonnay e Cabernet Franc, uma opção mais econômica aos famosos champagnes.
Mas não é só de vinhos brancos que a região sobrevive, tem ótimas opções de vinhos tintos, com base nas uvas Cabernet Franc , as vezes cortadas pela Cabernet Sauvignon, na região de Touraine , destacando-se as DOCs de Bourgueil e Chinon, ao redor de Tours.
Enfim, uma região com grandes rótulos a serem descobertos para todos os gostos do Branco ao Tinto, do Tranquilo ao Espumante.
Como a região fica numa zona limite de temperatura para o amadurecimento das uvas vitivinícolas, uma atenção especial tem que ser dada para as safras, que nos anos mais quentes e ensolarados produzem vinhos mas ácidos e elegantes e nos anos mais frios , as uvas não atingem um padrão de acidez capaz de produzir vinhos longevos e de qualidade Premium.
As safras de 1996, 2002 e 2006 são consideradas excepcionais e as safras de 1994, 1995, 1997, 2000, 2001, 2003 e 2004 muito boas.
Se você quiser se aprofundar neste tema veja o site : http://falandodevinhos.wordpress.com/2008/07/21/regiao-vinicola-do-vale-do-loire/.
Assim, de uma forma bastante rápida, você pode ter uma ideia das várias atrações e da magnifica oportunidade de visitar a região do Vale dos Reis na sua próxima viagem.
Aproveite e no próximo post chegamos a Paris ...
Castelo de Chambord
Castelo de Amboise



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