sexta-feira, 25 de julho de 2014

Paris 2ª parte - De Madri a Paris Parte XII

Museu do Louvre

 Estando hospedado, malas no hotel, é hora de começar a conhecer a cidade.
O Rio Sena corta a cidade de Paris, que pode ser dividida em 5 regiões , duas a esquerda do rio e 3 a direita.
Catedral de Notre Dame
São elas : Ile de la cité, Marais e Beaubourg; Tuileries e Opera;  Champs Elysees e Invalides na margem direita e Champs Elysees e Invalides e a própria margem esquerda.
O marco Zero da cidade fica na Ile de la cité, uma ilha no meio do rio Sena, onde está a imponente Catedral de Notre Dame, de tantas histórias.
O marco Zero especificamente fica na praça bem a frente da Catedral.
Com total acesso de metro, ali também passam os famosos ônibus de 2 andares com rotas turísticas pela cidade, uma ótima opção para quem a visita pela primeira vez e também para quem tem pouco tempo para conhecer a cidade.
As rotas tem vários pontos e você pode descer , visitar uma atração e subir novamente no ônibus seguinte e assim você visita as principais atrações de uma forma rápida e estruturada.


Na ilha, além da Catedral, você vai avistar outros lindos prédios, entre eles o Palácio da Justiça, o Hotel Dieu, o Conciergerie , prédio sinistro onde foi a prisão do pais durante a revolução e também varias opções de restaurantes e lojas de souvenirs.
Sua extensão lateral é de 3 quadras, no máximo, e você estará nas margens do Sena, de onde avistará as inúmeras pontes que ligam as margens do rio.
Planeje uma visita de meio período para a Catedral, já que é riquíssima em detalhes e existe a possibilidade de subir nas suas torres.
Com sorte você poderá ouvir um concerto dentro da igreja, que não é nada incomum.
As pontes desta região são atrações a parte, cada uma com a sua construção e arquitetura e a sua história.
A mais antiga, curiosamente chamada de Pont Neuf ( Ponte Nova ) foi iniciada em 1578 por Henrique III mas inaugurada por Henrique IV em 1607.
A melhor opção para conhecer todas as pontes e ver a cidade de um outro ponto de vista, são os passeios de barco pelo rio, em diversos horários e formatos mas sem dúvida o mais tradicional é o conhecido Bateaux Mouches.
Na direção da margem direita você caminhara para o bairro de Tuileres e Opera, onde está o famoso Museu do Louvre, que forma um eixo direto até o Arco do Triunfo, passando pelos Jardins das Tuileres, pela praça de La Concorde onde está o obelisco de Luxor, entrando pela avenida Champs Elysee até chegar na rotatória do Arco do Triunfo.

Ao lado direito estará o prédio da Opera de Paris Garnier  e nas proximidades o La Madaleine, um prédio grego que já abrigou diversas atividades Banco, Bolsa de Valores, Igreja e teatro.
Nesta praça você vai encontrar o que há de mais sofisticado no mundo da gastronomia, a loja de doces mais famosa do mundo, Fauchon, a loja com a maior variedade de mostardas, Maile e uma especializada em trufas, a Maison de la Trouffe.  Para quem gosta do ramo é uma passagem imperdível.
O Museu do Louvre dispensa comentários, parada obrigatória.
Considerar um dia inteiro se quiser conhecer todas as suas galerias e dois ou tres dias se quiser conhecer em detalhes suas obras mais importantes.
Sem nenhum exagero, se você quiser conhecer as alas e as principais obras em detalhe, deverá reservar uma semana, ele é, sim, grande o suficiente.
Agora devidamente identificado com as passagens do filme e do livro  Código da Vinci.
Relembrando que estamos listando realmente as atrações super significativas já que neste pequeno trecho da Catedral a Opera outras dezenas de prédios merecem destaque.
No próximo post continuamos a caminhada passando pelo Arco do Triunfo, Torre Eiffel e muito mais.
Aguarde ... 

Hotel Deville

Evento Cantu 2014 em Campinas - Post Especial Vinho

Nesta semana, a charmosa Catedral do Chopp em Campinas cometeu um sacrilégio aos amantes da cerveja e abrigou um evento de apresentação dos vinhos 2014 da Importadora Cantu ( para quem quiser mais detalhes o site é http://www.cantuimportadora.com.br/ ).
O andar inferior , onde já abriga a Adega da Choperia, ficou reservado para clientes e jornalistas, conhecerem os lançamentos da Cantu. O evento não aberto ao público em geral, teve uma boa presença e excelente organização.
Os vinhos estavam organizados em bancadas por países, com Itália e França dominando a apresentação mas com presença de Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai e África do Sul.
O Chile estava ( bem ) representado pela Ventisqueiro e suas marcas e o Brasil pela pequena e intrigante Vinícola Lovara  ( Site  www.vinicolalovara.com )
Na entrada , um stand dedicado aos espumantes, reunindo Cavas espanholas e Espumantes Franceses, Argentinos e Brasileiros.
O serviço, abundante, serviu inicialmente as conhecidas Crostinis, aquelas casquinhas de pizza temperadas, hoje presentes em vários restaurantes e logo depois, surgiram as pizzas da casa em vários recheios para acompanhar os vinhos degustados.
Tudo de excelente qualidade.
A bancada da Itália tinha muita variedade, organizados geograficamente do Norte, com os famosos Barolos e Barbarescos, representados pela Vinícola Brovida Cordara, por exemplo,  ao Sul com os vinhos da Puglia, com exemplares da Altemura, um primitivo di Manduria e o Àpulo, um Primito de Salento.
No centro, os vinhos Toscanos, liderados por alguns Brunellos, especialmente o conhecido La Poderina.
E foi alvo de duas degustações especiais, um processo interessante da Cantu para a noite, que segurou a degustação de alguns dos seus ícones para uma chamada relâmpago, atraindo a atenção de todos para a explicação do Sommelier e já distribuindo o vinho para os presentes.
Neste formato , conhecemos na bancada da Itália, o Dulcamara, um ( Super ) Toscano com 70 % de Cabernet Sauvignon, 25 % Merlot e 5 % Petit Verdot envelhecido 18 meses em barril.
O nome vem de uma planta herbácea nativa do Norte da África, conhecida para tratamentos medicinais ligados a  pele.
O rótulo é bastante original, como você poderá ver na foto.
O outro destaque foi o Barolo  da comunidade de Serralunga D´Alba da Rivetto.
A França seguiu a mesma lógica, com a Borgonha de uma lado e Bordeux do outro, acho que para não ter briga e a Cote du Rhone no centro. A representatividade dos vinhos chamava a atenção dos visitantes,  muitas das sub-regiões destas grandes regiões francesas estavam presentes, com destaques da Borgonha para um Cote D´or  Reserva ( Pinot Noir seguramente ) da Nuiton Beunoy, um Monopole Clos du Chapirre de Gevrey-Chambertin e Anits Saint Georges de Michel Noellat.
Os dois últimos, vinhos na faixa de 500 reais.
Da Cote du Rhone, a Chateauneuf du Pape Louis Bernard.
De Bordeaux, o Chateau de Louvie, de Christian Veiry, um Saint Emilion Gran Cru.
Outros destaques da França, foram ,um Rosé de Provence do Chateau de Pourcieaux e um Sauternes, Chateau des Comperès , logicamente degustado apenas na hora de ir embora.
De Portugal, dois vinhos brancos especialíssimos, o Opta da região do Dão e o Morgado de Bucelas da DOC de mesmo nome, produzido com a uva Arinto.
Dos tintos, um excelente do Douro, o Parcelas e a Linha do Herdade da Pimenta do Alentejo com destaque para o grande escolha.
O Uruguai estava representado pela Bodega H Stagnari com o excelente Viejo e o top da linha Dinastia mas que não cheguei a experimentar.
A Ventisqueiro monopolizou as atrações do Chile, trazendo os famosos Pangea, Ramirana, Enclave e The Joshua mas também a linha de entrada Chilano, despretensiosa e honesta.
Da Espanha , o destaque para a Fuentespina da Ribeida del Duero, com sua linha Vegas 3, Fuentespina Crianza, Reserva e tambem na linha da chamada especial, o top F, grande opção.
Do Brasil , a Vinícola Lovara, estava demonstrando sua linha em detalhe : três espumantes produzidos pelo Método Charmat com uvas do Vale de São Francisco : um Brut, um Brut Rose e um delicioso ( que me perdoem os especialistas que só aprovam os secos ) Moscatel, ligeiramente doce como a uva indica e com uma acidez presente e equilibrada. Fácil e delicioso para beber. Um perfeito custo beneficio.
Nos tintos, além da sua linha varietal de Cabernet e Merlot, estava presente o seu Super premium Gran Lovara , um corte de Cabernet Sauvigno, Merlot e Tannat que estagia 12 meses em barrica de carvalho francês e americano, segundo me explicou a própria enóloga da Vinícola, Roberta Benedetti presente no evento. Merece ser degustado.
Com todas estas opções, foi da Argentina que surgiu o campeão da noite, na minha opinião.
Estavam expostos exemplares do Crios, do BenMarco da Susana Balbo mas em mais uma chamada especial, o Nosotros foi devidamente apresentado e servido ao público, um vinho sensacional da uva Malbec, bem ao padrão do novo mundo, encantou a todos.
Realmente um grande campeão com a assinatura da Susana.
Produzido com Malbec de diferentes regiões de Mendoza ( Agrelo, Anchoris, Altamira e Los Arboles ) , que estagia 18 meses em barril de carvalho de primeiro uso.
94 pontos de Robert Parker.
Um vinho caro, na faixa de R$ 550,00 mas que merece ser desbravado.
Finalmente, neste mar de vinhos de primeira linha, despretensiosamente, estava sendo apresentada uma linha de cervejas artesanais, a Insana. Quatro opções estavam lá, a Gold na linha da Pilsen, uma cerveja de trigo Weisen ( a minha preferida ), uma estilo americano Pale Ale e uma de Chocolate Porter.
Definitivamente este não é o meu campo, nem me arrisco a comentar mas precisa ser registrada a coragem destas destemidas cervejas no evento.
E foi isso, um evento agradável, cheio de surpresas, perfeito para conhecer grandes opções da Cantu.
Saúde !!







sexta-feira, 18 de julho de 2014

PARIS Parte I - De Madri a Paris Parte XI



 É muita pretensão para qualquer viajante querer descrever Paris turisticamente em detalhes.
Impossível.
O máximo que da para ser feito é descrever algumas sensações provocadas pela cidade, algumas dicas para os turistas de primeira viagem e comentar os principais pontos turísticos pois Paris tem , sem exagero nenhum, atrações a cada quadra, a cada prédio e a cada avenida.
É história em todas as direções.
Vale a máxima que se aplica a todas as grandes cidades europeias, o melhor roteiro turístico é simplesmente sair caminhando , cada dia  numa direção diferente e deixar a cidade te mostrar seus atrativos.
As regiões do centro de Paris
Meu objetivo nesta sequencia de posts sobre a cidade luz é deixar registradas algumas das nossas experiências na cidade para que outros turistas possam aproveitar, sem nenhuma pretensão de cobrir todos as possibilidades, que na verdade não cabe em nenhum livro, quanto mais em alguns textos.
Vamos a elas :
Sair de Tours e chegar em Paris é muito fácil, são 240 km em estradas perfeitas com velocidade máxima de 130 km/hora, o maior cuidado na verdade é já ter escolhido com bastante critério onde você ira se hospedar.
Também como várias capitais europeias, você nem de longe vai precisar de um carro para conhece-la, muito pelo contrario, o carro vai na verdade te dar muita dor de cabeça, devido ao transito, dificuldades em estacionar e de encontrar os locais desejados.
Louvre a noite
Escolha seu hotel com base na proximidade de uma estação de metro e se você esta vindo de uma outra cidade europeia de trem, inclua na sua analise em qual estação o seu trem vai chegar, na maioria das vezes é a Gare du Nord , dai escolher o hotel num eixo entre a estação e o centro economiza tempo de translado.
Paris é cercada por um anel viário onde antigamente ficavam as muralhas da cidade e esta área central é dividida em 20 regiões, arrondissements” como eles chamam, numerados a partir do centro.
Assim as áreas mais Vips são as de número 1 a 6, depois na segunda camada a de 7 a 11 e na terceira de 12 a 20.
Como não podia deixar de ser, quanto mais próximo do centro mais caro será a sua hospedagem, os hotéis em Paris não são baratos. Mas como li em um destes artigos sobre a cidade, voltando a Paris, você terá grande dificuldade em se hospedar em um hotel diferente do que você ficou na sua primeira visita pois ele trará um pacote de recordações que você naturalmente quererá reviver na sua 2ª, 3ª, 4ª, 5ª .... Viagem.
Lembre-se de estudar as direções do metro, ficar hospedado num hotel que tenha acesso a uma linha do metro que vai direto para  a região central vai facilitar bastante a sua locomoção, assim como se você vier de carro de outra cidade da França, se hospedar na terceira camada, apesar de mais longe, vai evitar que você entre dirigindo nas regiões mais congestionadas.
É o máximo que da para sugerir pois opções de hotéis obviamente são vastíssimas, aos milhares e depende muito dos interesses de cada um. Divirta-se escolhendo entre todas as opções possíveis.
Estando hospedado, malas no hotel, é hora de começar a conhecer a cidade.
É o que descrevemos no próximo post, aguarde !! Vale a pena esperar !!



sexta-feira, 11 de julho de 2014

De Madri a Paris Parte X - O Vale do Loire , o Vale dos Reis

O Vale dos Reis da França

Tours



Tendo visitado em detalhe a charmosíssima região de Bordeaux, partimos para a próxima etapa do nosso roteiro, não menos atraente e histórica, o Vale dos Reis como é conhecido o Vale do Loire, escolhido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
São 300 km de Bordeaux a Tours, uma das grandes cidades do vale, com estradas impecáveis onde a velocidade máxima na quase totalidade do trecho é de 130 km / hora, em 3 horas você seguramente completara o percurso.
A região na verdade é bem extensa, cerca de 600 quilômetros de oeste a leste, às margens do Rio Loire,  portanto optamos por conhecer a parte central onde se encontram os principais castelos, por onde desfilaram toda a nobreza francesa através dos séculos.
Facílimo encontrar referencias e citações de Joana D´arc, Francisco I ( 1540 ), Carlos VII, Leonardo da Vinci, Luis XI, Catarina de Medici, Henrique IV e várias outras celebridades nesta região.
Tours
Para conhecer alguns dos castelos mais famosos ( são mais de 1000 no total ), em profundidade e também conhecer a riqueza dos vinhos da região, que descreveremos mais abaixo, você vai precisar de uma semana.
Em dois ou três dias, você vai apenas conseguir ter uma ideia geral, passar, mas sem entrar, em vários dos castelos e escolher um, no máximo dois para entrar e conhecer em detalhe.
O passeio é maravilhoso, te remete aos dias da nobreza francesa dos século XVII e XVIII.
Usar Tours como ponto de hospedagem é uma excelente ideia pois além da própria cidade ser muito bonita e preservada, da acesso a lugares imperdíveis da região como Amboise, Blois, Beaugency e Saumur e também para regiões vinícolas de Bourgueil, Chinon, Muscadet e Vouvray.
Se a questão passou pela sua cabeça , a resposta é SIM, existe vinho na França fora de Bordeaux, Borgonha e Champagne, como você vera logo mais.
Tours, em 1461, se tornou capital da França por Luis XI devido a sua prosperidade no comercio de armas e tecidos até o reinado de Henrique IV que transferiu a capital para Paris.
Foi construída sobre uma antiga cidade romana mas em 1870 foi bombardeada pelos prussianos e novamente durante a Segunda Guerra, possuindo portanto um centro histórico magnifico, restaurado mas ainda com marcas da destruição.
Este centro é fechado, reservado apenas para pedestres, concentrando bares, restaurantes, galerias que merecem ser visitadas.
Visitado o centro histórico da cidade, a dica é partir para as cidades vizinhas, num raio de 70 km em torno de Tours, recheadas de Castelos.
Voce terá que caminhar em direções diferentes mas a sequencia a leste : Tours, Amboise e Blois , permitira conhecer os Castelos de Vouvrax, Chenonceau, Amboise propriamente dito e Chambord.
Depois na direção Oeste, poderá visitar , entre outros, Villandry e Azay-le-Rideau.
Todos imperdíveis, moradas de realeza da França. 
Entrada do Castelo de Chambord
Do ponto de vista do vinho, a região pode ser dividida em quatro sub-regiões ( ver mapa na foto ) : Leste, Touraine, Anjou-Saumur e Paix Natai (  a Oeste).
Produz brancos de primeira grandeza, a Oeste, nas regiões de Sancerre e Pouilly Fumé, muito conhecidos, com base nas Sauvignon Blanc, assim como, o famoso espumante Cremant de Loire, protagonizado pela uva Chenin Blanc e auxiliado pela Chardonnay e Cabernet Franc, uma opção mais econômica aos famosos champagnes.
Mas não é só de vinhos brancos que a região sobrevive, tem ótimas opções de vinhos tintos, com base nas uvas Cabernet Franc , as vezes cortadas pela Cabernet Sauvignon, na região de Touraine , destacando-se as DOCs de Bourgueil e Chinon, ao redor de Tours.
Enfim, uma região com grandes rótulos a serem descobertos para todos os gostos do Branco ao Tinto, do Tranquilo ao Espumante.
Como a região fica numa zona limite de temperatura para o amadurecimento das uvas vitivinícolas, uma atenção especial tem que ser dada para as safras, que nos anos mais quentes e ensolarados produzem vinhos mas ácidos e elegantes e nos anos mais frios , as uvas não atingem um padrão de acidez capaz de produzir vinhos longevos e de qualidade Premium.
As safras de 1996, 2002 e 2006 são consideradas excepcionais e as safras de 1994, 1995, 1997, 2000, 2001, 2003 e 2004 muito boas.
Se você quiser se aprofundar neste tema veja o site : http://falandodevinhos.wordpress.com/2008/07/21/regiao-vinicola-do-vale-do-loire/.
Assim, de uma forma bastante rápida, você pode ter uma ideia das várias atrações e da magnifica oportunidade de visitar a região do Vale dos Reis na sua próxima viagem.
Aproveite e no próximo post chegamos a Paris ...
Castelo de Chambord
Castelo de Amboise