Munique Parte IV - Saindo fora do Centro ...

Pontos muito interessantes fora de Munique

Castelo de Verão

Allianz Stadium

Continuação ...

Tendo visitado o Museu de Ciência e Tecnologia, o maior do mundo, fundado em 1903, é hora de investir um dia, pelo menos , no bairro dos museus, são 3 museus muito próximos, o Alte Pinakothek, a Neuve Pinakothek e a Pinakothek der Modern.

O primeiro, mais antigo, datado de 1836, e’ dedicado a pintura histórica europeia, com obras de Rembrandt, Brueghel, Botticelli, Ticiano, Rubens, El greco e em especial Albrecht Dürer com seu auto retrato com casaco de pele ( 1500 ) e os Quatro Apóstolos ( 1526 ).

A Nueve Pinakothek foi inaugurada por Ludwig I em 1853 e apresenta mais de 4500 telas e 300 esculturas do século XIX e a Pinakothek der Modern, mais recente, de 2002, é o maior de todos com 20 mil m2 de área útil, voltados para a Arte Moderna.

Seguindo um mesmo trajeto, é possível visitar tambem a Vila Olímpica de 1972 com todas as estruturas necessárias para o evento, incluindo a Torre Olímpica, Ginásio, Estádio, Restaurantes, Lago e Parque.

Foi nesta área que Munique viveu um dia de terror em 5 de Setembro, quando terroristas atacaram a delegação esportiva de Israel, deixando um mundo chocado e um saldo de 9 israelenses, 5 palestinos e um policial mortos.

Na sequencia e’ possível visitar o Schloss Nymphenburg, Castelo de Verão dos reis alemães de 1664, que foi crescendo com o tempo, através de novas galerias e pavilhões, novos jardins e sistemas de canais. Além das galerias para visitação, os salões de baile, os jardins, não perca a exposição dos retratos das mulheres tanto da nobreza, quanto de dançarinas e populares e o museu de carruagens e charretes, incluindo a de Ludwig II.

Nos arredores de Munique também aparece majestoso o Estádio Allianz do Bayer de Munique, de longe lembra um pneu, so que branco e a noite ganha coloridos exclusivos por causa da iluminação.

Ainda bem próximo de Munique, de acesso rápido, está talvez a visita que você vai precisar de maior preparo, não é uma visita fácil mas não pode deixar de ser feita. Trata-se de Dachau, a 15 Kms de Munique, onde em 1933 foi montado o primeiro campo de concentração nazista, o KZ Gedenkstatte. Ao final da guerra foi todo destruído pelas forças aliadas, mas em prol da memoria do horror da guerra, o pavilhão de entrada, um antigo castelo, um dos alojamentos e a câmara de gás no fundo do terreno foram reconstruídos.

Com um sistema audiovisual sofisticado, o martírio dos condenados a este campo de concentração pode ser revivido pelos visitantes de uma maneira muito realista. No alojamento, ficam claras, as dificuldades, falta de espaço e sofrimento por que passaram os prisioneiros.

No fundo, cada etapa do caminho para a câmara de gases é demonstrado.

No portão de entrada há uma inscrição em alemão que diz “Arbeit Macht Frei” (O Trabalho Liberta).

A frase com duplo sentido era usada como propaganda nazista, dando a entender que os campos de concentração eram na verdade de reeducação; por outro lado, a frase era de deboche diante das pessoas que ali ficavam confinadas – afinal, a única maneira de se sair dos campos era através da fumaça da chaminé do crematório, como alardeavam os chefes.

A mesma frase foi levada por Rudolf Hess ao campo de Auschwitz, na Polônia.

 Enfim, definitivamente, não é um passeio de férias, é no fundo um mergulho nos horrores da guerra, mas como os próprios áudio visuais mostram na visita, é totalmente necessário para que as novas gerações não se esqueçam de até onde o ser humano é capaz de chegar quando mal direcionado. Como a casa de Anne Frank em Amsterdam, é um local que precisa ser visitado, mesmo a custo de muito sofrimento.

Mudando totalmente de assunto, mais uma grande atração de Munique, são os lagos das proximidades.

Dois deles em especial merecem destaque.

Um vamos falar logo mais quando descrevermos o caminho para Salzburg na Austria e um dos castelos de Ludwig II.

O outro, é chamado Starnberger See, fica bem próximo da cidade e é o maior da região com 21 Kms de comprimento e 55 Kms de perímetro o que permite circunda-lo de carro ou até de bicicleta. Quem sabe a pé com uma mochila e alguns dias.

Outra opção é conhece-lo de barco, nas inumeras balsas que operam no lago.

O nome é de uma antiga vila de pescadores que se transformou num sofisticado Balneário com a elite da cidade vindo recentemente para região construir suas casas de verão.  Alguns castelos estão escondidos na sua margem , como o de Possenhofen de 1536 que serviu de refugio para a Imperatriz Elisabeth, mais conhecida como Sissi, o Castelo de Ammerland de 1683 que o Imperador Ludwig I doou para o Musico e Compositor Franz von Pocci, o Castelo Tutzing , em forma de ferradura que abriga a Academia Protestante e o Castelo Berg que também serviu de residência de Verão para os Wittelsbach e Ludwig II, alias onde morreu de forma misteriosa.

No local se encontra uma cruz em sua homenagem.

Para você ficar curioso, no próximo post vamos falar do tão mencionado Rei Ludwig II, dos seus famosíssimos castelos e desta sua morte misteriosa. Aguarde.

Continua ...

Lago Starnberger

Portão de Entrada de Dachau



Entrada de Dachau