terça-feira, 21 de abril de 2020

Norte da Itália – Parte VIII – San Gimignano


Tendo visitado Florença, voce pode usá-la como base para visitar as cidades ao redor como, Pisa, San Gimignano. Siena, Montalcino, ...
Contudo, tem muito a ser visto em cada uma delas então será mais produtivo mudar de cidade para visitar estas atrações.
Por exemplo, ficar em Siena, caso queira focar na região de Chianti e San Gimignano ou mesmo em Montalcino ou Montepulciano para conhecer os Brunelos e os Vinos Nobles.
No nosso caso , optamos por ficar alguns dias em Montalcino e  passamos para conhecer San Gimignano, nosso post de hoje, no caminho.
San Gimignano fica a apenas 60 kms, não mais de uma hora, de Florença, e talvez seja uma das cidades feudais mais completas e preservadas da Europa, a ser visitada.
Mesmo espremida entre muralhas, como toda cidade feudal, pela sua importância e popularidade, foi densamente povoada, especialmente no início do século XIV.
E tudo isso está muito bem preservado, fazendo com que voce se transporte para o passado caminhando por suas ruas e vielas.
A vila também era ponto de parada de peregrinos que faziam a Via Francigena, que levava ao tumulo do apóstolo Pedro, se tornando junto com Santiado de Compostela e a Terra Santa um destino religioso muito procurado.
Por sua riqueza arquitetônica e preservação apurada, foi eleita em 1990 Patrimônio Mundial da Unesco.
Junto com sua vizinha Siena, é um ponto turístico obrigatório na região da Toscana.


De quebra, para os enófilos, abriga a DOCG Vernaccia de San Gimignano, que produz o vinho branco de mesmo nome e foi mencionado por Dante Alighieri em A Divina Comédia.
Destine pelo menos um período para conhecê-la, visitar sua Torre, seu Museu e simplesmente caminhar por suas estreias passagens, degustar queijos e também os vinhos da região.

Nos próximos posts, continuamos caminhando pela Toscana.

Aguardem !



quarta-feira, 15 de abril de 2020

Norte da Itália – Parte VII – Florença ou Firenze



Depois de Roma, Florença seguramente é a segunda cidade a ser visitada na Itália.
Naturalmente esta é apenas a minha opinião mas espero que depois deste post voce esteja convencido, não a ir para lá logo depois da Quarentena mas que pelo menos coloque no Top 10 da sua lista de desejos turísticos.
Os Medicis, que influenciaram a cidade por 3 séculos são os grandes responsáveis por Florença ser um tributo vivo ao Renascentismo, período que caracterizou a transição do Feudalismo para o Capitalismo.
Pelo menos 6 papas nasceram na cidade e dezenas de artistas influentes como Leonardo da Vinci, Dante, Maquiavel, Michelangelo,  Botticelli, Donatello, deixaram suas marcas, especialmente nos séculos XV e XVI.
Com a unificação da Itália em 1860, a cidade foi a capital do novo reinado entre 1865 e 1871, reforçando ainda mais a sua importancia para a Itália.
Para o turista, a grande vantagem é que praticamente tudo pode ser visitado a pé, com as atrações bem próximas umas das outras, como é comum nas cidades medievais.
Para começar a explorar a cidade voce pode escolher como referência a Praça do Duomo, uma das principais atrações da cidade, mas a sugestão é que voce comece pela Piazza della Signoria por se tratar de um museu a céu aberto e próximo de todas as outras atrações.
É nela que voce vai encontrar a enorme estátua de David de Michelangelo ( uma cópia , sendo que a original esteve lá até 1873 ), a Fontana di Netuno e diversas outras estátuas de grande envergadura abrigadas pela Loggia dei Lanzi. É a cara de Florença !
Nesta mesma praça voce poderá visitar o Castelo Vecchio, bem ao lado a Galleria Uffizi, imperdível !
A sequência natural é voce buscar a Ponte Vecchio, não apenas uma simples ponte pelo Rio Arno mas a única ponte que escapou da destruição da 2ª guerra e mantem suas edificações construidas ao longo do tempo, como uma mini vila, que hoje abriga joalherias e lojas de antiguidade.
Ela da acesso a outra margem do Rio onde ficam a igreja Santa Felícita do sécula XIV e o Palacio Pitti, que se tornou residencia oficial dos Medicis a partir de 1550, que pode ser visitado para se conhecer o infinito tesouro da família.
A proposta agora é voltar na direção da Piazza della Signoria mas por ruas diferentes, cheias de comercio, para conhecer o outro lado do centro velho.
O mais provável é que voce faça isso no dias seguinte ou talvez somente dois dias depois dependendo do tempo que voce vai investir para conhecer as atrações anteriores.
O Duommo fica a umas 10 quadras de distância mas não se assuste são quadras da Idade média, pequenas, e tão cheias de atrações no caminho, incluindo o comércio da cidade que voce nem vai perceber.
Em seguida, voce verá a Capela Medici e o Mercado Central, outra visita obrigatória.
E mais adiante o complexo do Convento de San Marco, Museu arqueológico, Igreja e Galeria dell´Accademia.
De uma forma ultra reduzida estes são os pontos principais da cidade mas leve em consideração, como na maioria das grandes cidades européias, que o melhor passeio, na verdade, costuma ser andar sem rumo, pelas suas ruas e vielas, admirando a arquitetura, a cultura e a história da cidade. Não se surpreenda se neste passeio voce encontrar lembranças de Leonardo da Vinci, Dante ou outros artistas inesperadamente.

  






terça-feira, 31 de março de 2020

Norte da Itália – Parte VI – Cinque Terre


 Seguindo o nosso roteiro, deixamos a região de Barolo para chegar a Cinque Terre, lembrando que vamos passar direto por Genova, não está no roteiro desta vez, mas é uma opção muito interessante caso tenha mais tempo.

Serravale Outlet
Antes de chegar lá, programamos passar pela região de Gavi, primeiro por ser uma sub-região famosa de vinhos brancos, produzidos com a casta Cortese e segundo para conhecer o primeiro e maior outlet desta região, o Serravale Designer Outlet.
Mapa Serravale Outlet
Vale a visita, cerca de 300 lojas e uma praça de alimentação bem completa.
Se interessar um grande supermercado do outro lado da estrada.
Quanto ao vinho, não deixe de degustá-lo, um grande vinho branco que merece entrar para a sua lista de favoritos.
De Gavi para La Spezia, de carro, são cerca de 1 hora e 15 minutos mas de uma maneira muito diferente do que imaginavamos.
Por passar por Genova e seguir a Costa da Liguria, o esperado era ir vendo as encostas e o mar o tempo todo, contudo, eles estão lá, mas em 70% do caminho voce não vê nada pois a estrada, de altíssima tecnologia, é toda construida por tuneis em sequencia, como temos na descida para Santos, mas plano, furando as encostas.
Esquerda Cartão ou Sem Parar   Direita Cartão ou Dinheiro
A média de velocidade é 110 km/hr observando que os caminhões te lembram disso a todo o instante, nem pense em andar abaixo desta velocidade.
Também, existem alguns pedágios no caminho e aproveitamos para abrir um parênteses para explicar as possibilidades de pagamento :
alugar o carro com um Sem Parar instalado ( cujo pagamento do pedágio virá depois no seu cartão ), pagar em dinheiro ou cartão a cada parada.
Esta opção exige que voce nunca esqueça de ter dinheiro e moeda na mão quando começar qualquer trecho da viagem.
Na foto, a indicação das placas que voce vai encontrar nas passagens do pedágio.
Estação Trem La Spezia
Seguindo viagem, nosso destino na verdade é a cidade de La Spezia, que é a porta de entrada para as 5 famosas cidades nas encostas.
De lá você consegue acessar as cidades de 3 maneiras : trem, caminhada ou barco.
Optamos pelo trem, a proposta é adquirir um passaporte 5 Terre por 16 euros saindo da estação central da cidade e poder descer e subir quanto quiser no trecho das 5 cidades e ainda ter acesso aos ônibus que fazem o curto trajeto entre as estações e o centro das cidades ( pouco necessário ) e aos banheiros públicos disponíveis nas cidades ( as vezes fundamentais ).
Do Norte para o Sul, ou do Oeste para o Leste, como preferir, que neste trecho a costa é inclinada no mapa, a primeiro cidade ( mais longe de La Spezia ) é Monterosso al Mare, depois, Vernazza, Corniglia, Manarola e Romaggiore.
Optamos por ir até Monterosso que é a ultima, levando uns 30 minutos de trem e voltar parando nas demais.
Cada cidade tem a sua característica, então o ideal é gastar tempo para visitar cada uma.
Saindo cedo de La Spezia, um dia é suficiente para visitá-las todas, se, claro, não se empolgar demais em alguma delas.
Corniglia, a do meio, fica mais acima que as demais e oferece 350 degraus para atingi-la então não são todos os turistas que a conhecem.
Almoçamos em Manarola, no restaurante Marina Piccola, cujo nome já explica muita coisa e tem uma estrela Michelin, vale a pena conhecê-lo.
Caso esteja de carro ou tenha mais tempo para ir de onibus ou trem, bem próximo de La Spezia, mas do lado oposto a Cinque Terre, fica a cidade de Porto Venere, outra joía na ponta da costa que também merece ser visitada.
Enfim, pelas fotos, voce vai poder comprovar que esta é uma região, junto com a Costa Malfitana no sul, que todo ser humano deveria ter a oportunidade de visitar uma vez na vida, sem exagero.