Neste momento você já deve ter decidido
quantos dias ficar na região do entorno de Stuttgart e já deve estar chegando na fronteira
da Alemanha com a França,
por
caminhos tortuosos,
mas
maravilhosos.

Voce sai da Alemanha e só precisa atravessar
uma ponte para adentrar a cidade francesa.
A Alsacia, geograficamente, tem comprimento quatro
vezes maior que a sua largura, ou seja, é longa e delgada ( como o Chile ) e esta localizada
entre
o Rio Reno e os Montes
Vosges que
protegem a região dos ventos, tornando-a bastante seca.

Esta divisão ajuda
a entender no detalhe como se comportam as regiões vinícolas da Alsacia.
Historicamente, e conforme comentei
rapidamente no primeiro post desta serie ( caso esteja lendo na sequencia
), é uma
região francesa mas de dupla nacionalidade, como aqueles indivíduos que tiram
dois passaportes e não sabem o que fazer exatamente com cada um, tudo junto e misturado,
como
diriam os jovens.
Se fosse um Blog de história teria que
descrever cada momento da história que a Alsacia pertenceu ou a Alemanha ou a França, mas
como é um blog de Viagens e Vinhos, vou me limitar a dizer que era propriedade
dos Habsburgos da Austria até
que foi cedida pela primeira vez à França depois da Guerra dos 30 anos em 1648
vindo de uma origem alemã
desde os anos 500.
Não perca a conta.
Voltou a ser francesa no final da 1ª
guerra mundial, pelo Tratado de Versalhes, o que causou muitos transtornos e
atritos entre franceses e alemães, assim como exacerbou um sentimento
nacionalista na região.
Assim, a geografia e a história explicam
de forma clara porque a Alsacia é
única no mundo, uma região impar, com atrativos exclusivos que você precisa
ir até lá para conhecer.
Ela é uma mistura muito bem preparada da
cultura alemã ( na origem ) com a francesa, com um toque marcante nacionalista
independente, que resultou em cidades muito bem protegidas por muros, diversas
torres e castelos,
moldadas por uma arquitetura e cultura próprias.
Pois é, este é o símbolo da Alsacia e é
de lá que vem a historia infantil de que eram elas que traziam os bebes e é lá que você vai
conseguir ver seus enormes ninhos no teto das igrejas, torres e até nos
telhados das casas, apoiados por suportes especiais construídos pelos
moradores.
Acredite, se quiser, ou se for para lá.
Tudo isso, significa que você vai
precisar de pelo menos 4 dias para deixar a região com a sensação que viu quase
tudo mas com uma enorme vontade de voltar.

Sem nenhum exagero, como deverá ficar bem
claro nos próximos posts.
Fique conosco !
Continua ...
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