quinta-feira, 26 de março de 2015

Post Especial - Lançamento Descorchados 2015





































Nesta semana foi feito em São Paulo, no agradável Restaurante Praça São Lourenço, o lançamento do Guia Descorchados 2015, o guia que melhor descreve os vinhos da América Latina.
Em sua 17ª edição e capitaneado pelo reconhecido Mauricio Tapia, terá uma tiragem de 5000 exemplares e traz como diferencial um enfoque nas principais regiões de cada pais produtor ( Chile, Argentina, Uruguai e Brasil ).
Como grande novidade, para nós brasileiros especialmente, traz um capítulo dedicado aos nosso espumantes.
Parabéns as Vinícolas Adolfo Lorna, Casa Valduga, Don Giovanni, Eduardo Zenker, Estrelas do Brasil, Freixenet, Geisse, Gran Legado, Luiz Argenta, Maximo Boschi, Miolo, Pedrucci, Perini, Pizzato, Valmarino e Decima que figuram nesta edição.
O evento, bastante concorrido e muito bem organizado ( descontando a dificuldade de estacionar, em função da concorrencia com as faculdades ao redor), trouxe grande parte das vinícolas premiadas nesta edição e portanto, quem prestigiou conseguiu obter uma amostra muito significativa das safras ( na maioria 2011 )  a serem colocadas no mercado neste ano.
Seguramente não consegui experimentar a maioria das opções , me concentrando nos exemplares novos e desconhecidos para mim, mas obviamente abri espaço para alguns dos ícones.
E falando neles, bem antes de ter aberto o Guia que deixei para pegar somente na hora da saída para não ficar carregando, o vinho que mais me impressionou nesta noite foi o Lota, coincidentemente escolhido como o melhor tinto do Chile pelo guia.
O Lota Safra 2009 tem aquele algo mais que chama a sua atenção quando degustado mas que você não consegue explicar direito, é pura emoção, não deixe de conhecer.
Outros ícones, confirmaram sua fama como o reconhecido Terrunyo Lote 1 Carmenere 2011 produzido do vinhedo de Peumo pela Concha Y Toro, o Altair, la representado pela safra 2008 que não é das suas melhores, o Tara-pakay 2011 da Tarapaca ( com menção honrosa ao Gran Tarapaca Etiqueta Azul 2012 da mesma vinícola ), o Mai da Kaiken, o Erasmo , o M da Vinícola Montes.
Me perdoem os demais ícones mas não consegui alcança-los desta vez.
Mas o que me chamou a atenção, verdadeiramente, que resume uma tendência dos fabricantes latino americanos, foi a apresentação das Vinícolas Terranoble e Norton : a Terranoble trouxe o CA1 e o CA2 , ambos Carmenere da safra 2012, mas cada um produzido em uma região, o CA1 na altitude dos Andes e o CA2, na costa chilena. Uma experiência rica comparar a diferença de terroir.
Da mesma forma, a Norton fez isso com 3 exemplares, todos Malbec, safra 2009, um de La Colonia, Lujan de Cuyo, o outro de Agrelo da mesma região que o primeiro e o terceiro de Lunlunta do Maipú.
Diferente da pontuação do Guia , eu preferi o La Colonia ( 90 pontos pelo guia ), depois o Lunlunta ( Desc 92 ) e por ultimo o Agrelo ( Desc 91 ), mas independentemente do resultado o que valeu foi a comparação.
Observa-se o esforço dos fabricantes, sejam Chilenos ou Argentinos, em definir claramente seus terriors.
Outros destaques, foram : o excelente Maximus Obra Prima 2011 da Família Cassone, o Kaiken Terroir Series, um corte de Malbec, Bonarda e Petit Verdot, nada usual, e o Unique Selection da mesma safra, da Vinícola chilena Siegel.
Do Uruguai, alem do já premiado e conhecido Amat 2009 da Carrau, me chamou a atenção o Eolo, um blend de Tannat ( 85% ) com ruby Cabernet ( 15% ) da Vinhedos de los Vientos de Canelones, que estagia 3 anos em barricas novas de carvalho francês.
Enfim, um guia super útil para você conhecer melhor os vinhos da América Latina e te guiar nas aquisições, mas não posso deixar de comentar, sem ser nacionalista, que pelo que degustei no evento, já haveria espaço ( de sobra ) para termos exemplares dos vinhos brancos brasileiros e até mesmo de alguns tintos como os da Valduga, Maximo Boschi e Miolo, pelo menos.
Quem sabe no do ano que vem.
Saude !!




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