Nesta semana foi feito em São Paulo, no agradável Restaurante Praça São Lourenço, o lançamento do Guia Descorchados 2015, o guia que melhor descreve os vinhos da América Latina.
Em sua 17ª edição e capitaneado pelo
reconhecido Mauricio Tapia,
terá uma tiragem de 5000 exemplares e traz como diferencial um enfoque nas
principais regiões de cada pais produtor ( Chile, Argentina, Uruguai e Brasil
).
Como grande novidade, para nós
brasileiros especialmente, traz um capítulo dedicado aos nosso espumantes.
Parabéns as Vinícolas Adolfo Lorna,
Casa Valduga, Don
Giovanni, Eduardo Zenker,
Estrelas do Brasil, Freixenet, Geisse, Gran
Legado, Luiz Argenta, Maximo
Boschi, Miolo, Pedrucci,
Perini, Pizzato, Valmarino e
Decima que figuram nesta edição.
O evento, bastante concorrido e muito bem
organizado ( descontando a dificuldade de estacionar, em função da concorrencia com
as faculdades ao redor), trouxe grande parte das vinícolas premiadas nesta
edição e portanto, quem prestigiou conseguiu obter uma amostra muito
significativa das safras ( na maioria 2011 )
a serem colocadas no mercado neste ano.
Seguramente não consegui experimentar a
maioria das opções , me concentrando nos exemplares novos e desconhecidos para
mim, mas obviamente abri espaço para alguns dos ícones.
E falando neles, bem antes de ter aberto
o Guia que deixei para pegar somente na hora da saída para não ficar
carregando, o vinho que mais me impressionou nesta noite foi o Lota,
coincidentemente escolhido como o melhor tinto do Chile pelo guia.
O Lota Safra 2009 tem aquele algo mais
que chama a sua atenção quando degustado mas que você não consegue explicar
direito, é pura emoção, não deixe de conhecer.
Outros ícones, confirmaram sua fama como
o reconhecido Terrunyo Lote
1 Carmenere 2011
produzido do vinhedo de Peumo pela
Concha Y Toro, o Altair, la
representado pela safra 2008 que não é das suas melhores, o Tara-pakay 2011
da Tarapaca (
com menção honrosa ao Gran Tarapaca
Etiqueta Azul 2012 da mesma vinícola ), o Mai da Kaiken, o Erasmo , o M da Vinícola Montes.
Me perdoem os demais ícones mas não
consegui alcança-los
desta vez.
Mas o que me chamou a atenção,
verdadeiramente, que resume uma tendência dos fabricantes latino americanos,
foi a apresentação das Vinícolas Terranoble e Norton : a Terranoble
trouxe o CA1 e o CA2 , ambos Carmenere da safra 2012, mas cada um produzido em
uma região, o CA1 na altitude dos Andes e o CA2, na costa chilena. Uma
experiência rica comparar a diferença de terroir.
Da mesma forma, a Norton fez isso com 3
exemplares, todos Malbec,
safra 2009, um de La Colonia, Lujan de Cuyo, o
outro de Agrelo da
mesma região que o primeiro e o terceiro de Lunlunta do Maipú.
Diferente da pontuação do Guia , eu
preferi o La Colonia ( 90
pontos pelo guia ), depois o Lunlunta ( Desc 92 ) e por ultimo o Agrelo ( Desc 91
), mas independentemente do resultado o que valeu foi a comparação.
Observa-se o
esforço dos fabricantes, sejam Chilenos ou Argentinos, em definir claramente
seus terriors.
Outros destaques, foram : o excelente Maximus Obra
Prima 2011 da Família Cassone, o Kaiken Terroir
Series, um corte de Malbec, Bonarda e
Petit Verdot,
nada usual, e o Unique Selection da
mesma safra, da Vinícola chilena Siegel.
Do Uruguai, alem do
já premiado e conhecido Amat 2009
da Carrau, me
chamou a atenção o Eolo, um blend de Tannat (
85% ) com ruby
Cabernet ( 15% ) da Vinhedos de los Vientos de Canelones, que estagia 3 anos em
barricas novas de carvalho francês.
Enfim, um guia super útil
para você conhecer melhor os vinhos da América Latina e te guiar nas
aquisições, mas não posso deixar de comentar, sem ser nacionalista, que pelo
que degustei no evento, já haveria espaço ( de sobra ) para termos exemplares
dos vinhos brancos brasileiros e até mesmo de alguns tintos como os da Valduga, Maximo
Boschi e Miolo, pelo menos.
Quem sabe no do ano que vem.
Saude !!
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