sexta-feira, 12 de abril de 2013

Vale do Reno - Alemanha , Gostaria de conhecer ? Ultima parte

Vista do Vale a partir de um dos castelos

Vila e Castelo

Mapa da Mina



















Continuando do primeiro post ...
Se ainda não consegui te convencer na primeira parte deste post, então vamos ser mais específicos...
Passeio maravilhoso para uma família com crianças pequenas ou com adolescentes, casais em tour romântico, grupo de excursão, jovens ou seniors, ou seja, realmente para qualquer idade.
Para ser completamente honesto, talvez para jovens mochileiros , a não ser aqueles que gostam de viver a história, talvez não seja uma primeira opção. Melhor ir para as grandes capitais, curtir as grandes baladas e a diversidade de cultura.
O Acesso é variado, o mais lógico seria vir de Frankfurt, 130 Kms, chegando de avião e alugando um carro.
A locadora Europcar é a minha preferida, preço acessível, serviço rápido, sem burocracia e de qualidade, pode conferir.
No nosso caso, chegamos de forma diferente e mais barata.
A Ryanair, umas das empresas de baixo custo da Europa (  junto com a Easyjet ), utiliza o aeroporto de Hahn.
O que para qualquer outro destino seria um problema, longe de Frankfurt, de Munique , de Amsterdam, de Bruxelas, é um beneficio para o Vale do Reno. Apenas 50 Kms de distancia, num aeroporto pequeno mas com ótima estrutura.
Pode chegar em qualquer pais da Europa e comprar um ticket da Ryanair para Hahn que você vai fazer uma ótima opção.
A dica completa fica para a chegada via Madri, aeroporto de Barajas, único aeroporto grande que trabalha com os voos da Ryanair, só descer e trocar de avião, ou melhor ainda, chegar um dia antes, se hospedar num dos vários hotéis próximos de Barajas, deixar a mala no hotel e ir de metro para o centro de Madri.
Quando não aguentar mais andar por Madri, só voltar, dormir e pegar o voo para a Hahn no dia seguinte.
Também da para chegar via Bruxelas  ou Amsterdam, alugando um carro, claro viajando devagar e conhecendo as cidades pelo caminho, em especial Colônia, com sua Catedral Gótica imperdível.
Chegando na região, você já terá feito uma das escolhas mais difíceis da sua vida, escolher a cidade e o hotel que você vai ficar.
São tantas cidades maravilhosas e hotéis típicos e não necessariamente caros, com vista para o rio e para as parreirais e castelos, que realmente merece gastar algumas horas na internet para escolher.
Você pode inclusive escolher um Castelo.
A tal ponto, que não vou arriscar a sugerir nenhum, estaria sendo injusto, sem exagero.
Não sendo no inverno, o primeiro passeio tem que ser o de bicicleta, alugue uma, saia pela manhã, conhecendo cidade por cidade, castelo por castelo, igreja por igreja, detalhe por detalhe.
Plagiando o cartão de credito, passeio sem preço.
Outra opção muito boa é fazer o circuito de barco, tem algumas empresas que operam passeios ao longo de toda a extensão do rio, fazendo paradas em algumas das cidades.
E finalmente o mais obvio e’ utilizar o seu carro alugado, o segredo é parar em todos os lugares, visitar tudo.
O caminho é intuitivo, não tem o que errar, seguir por uma das margens, qualquer trecho entre Mainz e Koblenz, e voltar quando estiver cansado e extasiado. Um mapa característico está entre as fotos postadas.
Entre todas estas atrações, gostaria de destacar 3 delas, o Castelo de Marksburg, de 1117, na pequena cidade de Braubach, o único castelo da região que nunca foi danificado ao longo do tempo.
O outro Castelo é o de Pfalzgrafenstein, construído em 1326, localizado num dos mais bonitos lugares do Reno, numa ilha, no meio do rio. Seu padrão atual é Barroco, graças a uma grande reforma no seculo XVII.
Finalmente, o Castelo de Bacharach, um complexo de prédios históricos, compostos pela Igreja de São Pedro, ruinas da capela gótica de St. Werner e a torre principal Burg Stahleck, que hoje hospeda um simpático Hostel.

Será que consegui te convencer ? Depois você me fala...

Mais um Castelo

Arquitetura tipica

Arquitetura Tipica II



















Uvas Riesling nas encontas do Morro e o Rio Reno navegal abaixo

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vale do Reno - Alemanha , Gostaria de conhecer ?

 
Detalhe de um dos castelos da região


Arquitetura Alemã Intacta

Vilas e Castelos
















Depois de falar sobre Chicago, escolhi saltar para o velho mundo, em um lugar tremendamente especial.
Várias as razões, mas a principal é que sempre que converso sobre turismo na Europa, a grande maioria das pessoas ainda não teve a oportunidade de visitar o Vale do rio Reno na Alemanha.
Então , o meu objetivo neste post é dar elementos para que você pense seriamente, mas muito seriamente mesmo, em ter Koblenz , St. Goar, e Mainz no seu próximo roteiro de férias.
Se vou conseguir não sei, vocês é que vão me dizer depois,  mas que o lugar merece, isso eu tenho certeza.
Vamos aos fatos.
Primeiro a história, desde a época dos romanos, o vale era uma importante artéria de escoamento de produtos, seja terrestre ou fluvial.
Nada menos que 32 reis e imperadores viajaram desta região para Frankfurt, para participar da sua própria coroação, significando que a cada 10 ou 15 Kms, você vai avistar, no alto das montanhas, , um castelo imponente, tomando conta do vale.
Devido ao grande fluxo comercial, no século XIII, os castelos , além de representar a manutenção do domínio das propriedades, também tinham uma função de proteção para os viajantes.
Com o advento das armas de fogo, os castelos foram perdendo importância como proteção, e foram abandonados por seus donos.
Já no século XVIII, com a passagem de Goethe pela região, se iniciou a época romântica e no século seguinte as ruinas dos castelos começaram a despertar a atenção de turistas do mundo todo, permitindo a restauração da grande maioria deles que hoje são hotéis, museus e restaurantes.
Hoje, especificamente entre as cidades de Rudesheim e Koblenz, esta a maior concentração de castelos e fortalezas do mundo.
Numa outra ótica histórica, se você traçar uma reta de Paris a Berlim, esta região do Rio Reno vai estar bem no meio, ou seja, da mesma forma que a Bélgica e  o sul da Holanda, esta região da Alemanha sempre foi palco das grandes guerras, desde a Idade Media até os tempos modernos. Historia viva a cada quilometro para você conferir.
Mais um fator interessante, é o vinho, não podia ferir o conceito do Blog e deixa-lo de fora.
Desde a idade media, a fama dos vinhos da região,  percorreu a Europa.
Não é por acaso que Shakespeare, fez com que Hamlet falasse ao Malvado rei Claudius que bebera vinho do Reno, em sua grande obra.
São treze as regiões vinícolas de alta qualidade da Alemanha, e 3 delas estão nesta região.
Das quatro principais, Rheingau, Pfalz, Rheinhessen e Mosel-Saar-Ruwer, 2 estão neste região a a terceira ( Mosel ) bem próxima.
Rheinhessen , responsável por 25 % da produção da Alemanha, inclusive do famoso vinho da garrafa azul, Liebfrauenmilch, em Worms, que a levou do sucesso a reputação de vinhos de má qualidade,  hoje esta sendo recuperada.
Rheingau e e Rhein Central são as outras regiões com bem menos volume de produção mas com altíssima qualidade, especialmente com as uvas Riesling para os vinhos brancos e a Spatburgunder ( a famosa Pinot Noir em Alemão ) para os tintos e rosados.
Outra curiosidade importante é que foi lá, em 1775, que o atraso da liberação da colheita por parte do Abade Fulda, dono da propriedade de Johannisberg em Ostrich-Winkel, viabilizou a descoberta dos vinhos de colheita tardia ( Spatlese ) atacados pelo fungo Botrytis , que fazem com que as uvas fiquem enrugadas, concentrem muito mais açúcar, conhecido como Podridão Nobre e responsável pela produção de excelentes vinhos de sobremesa.
Já estou te convencendo ?
Tem mais, toda a arquitetura alemã, intacta, desenhada nas encostas das montanhas, com pequenas cidades, também a cada trecho de 15 quilômetros.
Estradas impecáveis dos dois lados do rio, ferrovia super ativa no lado sul e entre elas, uma longa e relativamente plana ciclovia de padrão europeu para os turistas ( e habitantes ) se deliciarem.

Continua ...

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