Hora de falarmos sobre o Piemonte, a região mais a Noroeste da Itália, divisa com a França.
A principal cidade é Turim, mas tem muito a ser visitado em toda a extensão desta região, incluindo o famoso Valle d´Aosta, no extremo Noroeste,
divisa com a Itália e Suiça e a região conhecida como Langhe, Monferrato e
Roero, onde vamos nos concentrar neste post, por ser uma das regiões vinícolas
mais importantes do mundo.
Use a cidade de Asti como referência para sua entrada na região.
De Milão são apenas 1hora e meia de
carro.
Reserve pelo menos um periodo para
caminhar pelo seu centro antigo, com comércio intenso e diversos predios
preservados para visitor.
Já tem vinhos bastante representativos, incluindo um processo
próprio de fabricação, desenvolvido na região e que leva o seu nome.
Trata-se de um estilo de espumante, que ocorre com apenas uma
fermentação ( observando que os métodos mais utilizados como o Tradicional,
ex-champenoise, e o Charmat, usam duas
fermentações ), o que obriga interrompe-la antes que a pressão fique fora de
controle, resultando num espumante leve e com bom açucar residual, normalmente
feito com a uva Moscatel.
Não deixe de degustá-lo em um dos bares da cidade.
Mais 20 minutos para o Sudoeste, voce vai
encontrar Alba que é a porta de entrada para as míticas regiões de Barolo e
Barbaresco, sonho de consumo de todos os enófilos.
Para se aprofundar na região, você tem diversas opções de hospedagem,
visto que as distancias são curtas entre estas 3 cidades, mas seguramente, a
tradicional é ficar em Barolo, seja bem próximo do centro da cidade ou em
alguma vinícola que tenha hospedagem.
A gastronomia é farta, com facilidade de encontrar
as trufas brancas da região, exibidas na maioria dos pratos da região.
Para os amantes do vinho, o roteiro para alguns dias, é muito simples, visitar as
cidades de Barolo e Barbaresco e conhecer todas as suas sub-regiões, cada uma
trazendo uma características exclusiva para os seus vinhos.
Em Barolo, seis são as sub-regiões : Barolo, La
Morra, Castiglione Falletto, Serralunga d´Alba, Monforte d´Alba e Novello, um
circulo girando no sentido horário.
Cada uma com a sua própria colina e
castelos, torres, igrejas e/ou mirantes nos seus topos.
Barbaresco não é diferente,
cidade aconchegante, talvez o único lugar que tem uma loja de vinho dentro de
uma igreja.
A cooperativa dos “Produttori del Barbaresco” domina o
cenário, produzindo 500 mil garrafas por ano e tem uma loja e sala de
degustação em frente da igreja principal ( não a que vende vinho hahaha ).
As principais regiões são : Barbaresco,
Neive, Treiso e S. Rocco, destacando as subregiões de Ovello, Montefico,
Montestefano e mais seis, totalizando nove, cada uma com suas características
específicas.
A uva é a Nebbiolo, que assume nesta região um
caracter exclusivo que nunca conseguiu ser reproduzido em nenhuma outra região
do mundo.
Para completar o cenário, bem próximo, fica a região de Roero,
especializada em vinhos brancos, mais especificamente com a uva Arnéis.
A noite, a grande dica é jantar no centro
de Barolo, com diversos restaurantes interessantes, bares, lojas e algumas
vinícolas ( como a tradicional Borgogno ) onde voce pode degustar dezenas de
Barolos diferentes.
Destaco o Wine Bar Barolo Friends, bem próximo ao Castelo, pelo
ótimo cardápio, a opção de vinhos em taças de alta qualidade e principalmente a
flexibilidade de horário, sempre aberto quando os outros restaurantes já
fecharam.
No castelo, voce pode visitar um museu
que conta a história do vinho da região, mas o grande atrativo é mesmo o
próprio castelo.
A novidade, não necessariamente boa, é o
Barolo Chinato, um vinho doce de Nebbiolo ( como não podia deixar de ser ) com
infusão de 37 ervas por 8 a 10 dias.
Deve ter seu público cativo, mas eu não
estou entre eles, mesmo adorando vinhos doces.
Enfim, para os amantes do vinho, é uma
região onde se pode ficar de 1 a 100 dias que voce irá aprender muito e
degustar alguns dos melhores vinhos do mundo.
#ficaadica