Hospedado no Centro de Convenções do
Grand Hyatt, na
Marginal Pinheiros em São Paulo, tivemos agora em Junho o Encontro Mistral
2016, que acontece apenas de 2 em 2 anos.
Por estar entre as maiores importadoras
de vinho do Brasil e dona de um portfolio bastante significativo de produtores
mundiais, o evento da Mistral é um marco do calendário de eventos de Enocultura.
O tempo é curto para conhecer e conversar
com todos os expositores, que costumam ser representados por seus expoentes
máximos, como Alvaro
Castro da Quinta da Pellada, Florent Baumard, que
produz com excelência no Vale do Loire, Savennieres secos, elegantes e estruturados e no
outro extremo, doces de Quarts de Chaume e Coteaux du Layon, Alejandro Vigil, Enologo/Proprietario da
Bodega Aleanna e
também enólogo da Catena
Zapata, que tem elevado a casta Cabernet Franc ao topo das castas cultivadas na
Argentina com o seu El e Gran Enemigo,
foram alguns que prestigiaram o evento deste ano.
A disposição dos Stands era aleatória,
talvez para convida-lo a rodar toda a feira atrás de seus produtores favoritos.
Foi um misto de produtores tradicionais
com exemplares tradicionais como Alion e Pintia da Veja Sicilia e Biondi Santi com seus Brunelos, produtores tradicionais com novidades
como a Masi
italiana com seu Colbec
argentino e Paul Hobbs com
excelentes Pinot Noir e
Cabernet Sauvignon e produtores pouco conhecidos no mercado brasileiro com
grandes exemplares, como a Sileni Estates da Nova Zelandia e Perez Pascuas da Espanha.
Foram 15 países representados,
devidamente descritos no material de ótima qualidade distribuído na entrada, um
conjunto de 2 cadernos, um comentando cada produtor e sua região e o outro,
mais a mão, com a lista de todos os vinhos com seus preços, já que era possível
adquiri-los durante o evento.
É muita pretensão tentar indicar os
melhores da feira, dada a diversidade e qualidade tão elevada, somado ao fato
de não ter conseguido visitar a todos, então, me limito a mencionar aqueles que
simplesmente me chamaram fortemente a atenção durante o tour.
Abrindo a feira , no primeiro stand
estava o Soalheiro Reserva da casta Alvarinho.
Os vinhos da vinícola Gaía, da Grecia,
nada a ver com o Icone
piemontês, apresentou varias exemplares secos e um Vinsanto
magnifico de Santorini.
Da Quinta da Pellada, não
consegui eleger apenas um, tanto o seu Pape quanto o Doda se destacaram na
degustação, somada a simpatia de seu proprietário que os apresentava com
riqueza de detalhes.
Paul Hobbs apresentou uma completa linha de Chardonnays, Pinots e Cabernets, eu
fiquei com o Pinot
Katherine Lindsay Estate como
destaque.
Representando a Borgonha, o Domaine Faiveley
trouxe duas linhas, uma de Chablis, com destaque para o 1er Cru de Fourchaume, Billard-Simon
e o Pinot Noir de Echezeaux.
A linha de Baumard também muito completa fechava com o
mítico Quarts de Chaume,
destaque no mundo dos vinhos doces.
Da Africa do Sul, a Kanonkop trouxe o seu estruturado Cabernet Paul Sauer, que
merece ser degustado.
Provando longevidade absoluta, a Perez Pascuas
abriu um Gran
Reserva de 1999 que mostrava ter ainda muitos anos pela frente.
Dos tradicionais e já consagrados , que
não mais necessitam de apresentação estavam o Quinta do Vale Meão, Pintia, Alion e
Biondi Santi.
E não por acaso deixado para o final,
destaco primeiro o vinho da Madeira da Blandy’s de 1976 elaborada com a rara casta Terrantes, não
confundir com a exclusiva casta branca argentina e depois a magnifica apresentação da húngara Oremus, da
Veja Sicilia, que
trouxe novidades como um Tokaji
Seco, que mostrou ter personalidade, um Late Harvest de excelente custo beneficio e os
sagrados Oremus 3 e
5 puttonyos.
Bem é isso, simples assim, agora é
esperar mais 2 anos para ver a próxima.
Saude !!