sábado, 11 de junho de 2016

Encontro Mistral 2016


Hospedado no Centro de Convenções do Grand Hyatt, na Marginal Pinheiros em São Paulo, tivemos agora em Junho o Encontro Mistral 2016, que acontece apenas de 2 em 2 anos.
Por estar entre as maiores importadoras de vinho do Brasil e dona de um portfolio bastante significativo de produtores mundiais, o evento da Mistral é um marco do calendário de eventos de Enocultura.
O tempo é curto para conhecer e conversar com todos os expositores, que costumam ser representados por seus expoentes máximos, como Alvaro Castro da Quinta da Pellada, Florent Baumard, que produz com excelência no Vale do Loire, Savennieres secos, elegantes e estruturados e no outro extremo, doces de Quarts de Chaume e Coteaux du Layon, Alejandro Vigil, Enologo/Proprietario da Bodega Aleanna e também enólogo da Catena Zapata, que tem elevado a casta Cabernet Franc ao topo das castas cultivadas na Argentina com o seu El e Gran Enemigo, foram alguns que prestigiaram o evento deste ano.
A disposição dos Stands era aleatória, talvez para convida-lo a rodar toda a feira atrás de seus produtores favoritos.
Foi um misto de produtores tradicionais com exemplares tradicionais como Alion e Pintia da Veja Sicilia e Biondi Santi com seus Brunelos, produtores tradicionais com novidades como a Masi italiana com seu Colbec argentino e Paul Hobbs com excelentes Pinot Noir e Cabernet Sauvignon e produtores pouco conhecidos no mercado brasileiro com grandes exemplares, como a Sileni Estates da Nova Zelandia e Perez Pascuas da Espanha.
Foram 15 países representados, devidamente descritos no material de ótima qualidade distribuído na entrada, um conjunto de 2 cadernos, um comentando cada produtor e sua região e o outro, mais a mão, com a lista de todos os vinhos com seus preços, já que era possível adquiri-los durante o evento.
É muita pretensão tentar indicar os melhores da feira, dada a diversidade e qualidade tão elevada, somado ao fato de não ter conseguido visitar a todos, então, me limito a mencionar aqueles que simplesmente me chamaram fortemente a atenção durante o tour.
Abrindo a feira , no primeiro stand estava o Soalheiro Reserva da casta Alvarinho.
Os vinhos da vinícola Gaía, da Grecia, nada a ver com o Icone piemontês, apresentou varias exemplares secos e um Vinsanto magnifico de Santorini.
Da Quinta da Pellada, não consegui eleger apenas um, tanto o seu Pape quanto o Doda se destacaram na degustação, somada a simpatia de seu proprietário que os apresentava com riqueza de detalhes.
Paul Hobbs apresentou uma  completa linha de Chardonnays, Pinots e Cabernets, eu fiquei com o Pinot Katherine Lindsay Estate como destaque.
A Niepoort do Douro apresentou seu Coche e o já tradicional Batuta.
Representando a Borgonha, o Domaine Faiveley trouxe duas linhas, uma de Chablis, com destaque para o 1er Cru de Fourchaume, Billard-Simon e o Pinot Noir de Echezeaux.
A linha de Baumard também muito completa fechava com o mítico Quarts de Chaume, destaque no mundo dos vinhos doces.
Da Africa do Sul, a Kanonkop trouxe o seu estruturado Cabernet Paul Sauer, que merece ser degustado.
Provando longevidade absoluta, a Perez Pascuas abriu um Gran Reserva de 1999 que mostrava ter ainda muitos anos pela frente.
Dos tradicionais e já consagrados , que não mais necessitam de apresentação estavam o Quinta do Vale Meão, Pintia, Alion e Biondi Santi.
E não por acaso deixado para o final, destaco primeiro o vinho da Madeira da Blandy’s de 1976 elaborada com a rara casta Terrantes, não confundir com a exclusiva casta branca argentina e depois  a magnifica apresentação da húngara Oremus, da Veja Sicilia, que trouxe novidades como  um Tokaji Seco, que mostrou ter personalidade, um Late Harvest de excelente custo beneficio e os sagrados Oremus 3 e 5 puttonyos.
É ou não é obrigatório destaca-los ? Só estes dois  stand já valiam a feira.
Bem é isso, simples assim, agora é esperar mais 2 anos para ver a próxima.

Saude !!