sexta-feira, 31 de julho de 2015

Montevidéu - A cidade Latino Americana de melhor qualidade de vida , Parte I


Plaza Independencia














Para ser muito sincero, escrever sobre Montevidéu, ou Montevideo como dizem os espanhóis, depois de ter lido os posts do ( re ) conhecido Ricardo Freire                                                                                      ( http://www.viajenaviagem.com/destino/montevideu )   
 fica algo redundante.
Ele, simplesmente, em 5 ou 6 posts e algumas atualizações recentes, cobre tudo o que você precisa saber para viajar para lá.
Procurarei acrescentar a minha visão da cidade para poder dar algum conteúdo adicional, mas não deixe de lê-lo se for conhecer a cidade.
Mas antes de falarmos sobre a capital uruguaia, vou inserir uma dica para os que pegam seus voos no Aeroporto de Guarulhos, vindo de carro, opção dos moradores da capital e das cidades próximas, do interior de São Paulo.
É sobre os estacionamentos particulares, especializados em estadias de media e longa duração.
Porta da Cidadela
Aproveitando o abuso de preço do estacionamento oficial, que cobra uma fortuna para você deixar seu carro por algumas horas, nasceu a oportunidade destes estacionamentos particulares proverem tarifas bem mais acessíveis para estadas de alguns ou até muitos dias, ficando mas barato que o custo de chegar de ônibus ou taxi de muitas cidades próximas.
Para se ter uma dimensão, 10 dias de estada pode custar entre 200 e 400 reais para deixar o seu carro, variando entre locais abertos e sem asfalto a vagas cobertas com ruas asfaltadas.
Mas o grande diferencial é o serviço de transporte Estacionamento – Terminal de Embarque – Estacionamento, feito na maioria das vezes por Vans, mas uns com veículos próprios e outros com vans compartilhadas.
No caso das Vans próprias você deve acrescentar 10 a 15 minutos de antecedência para sua chegada, já o serviço compartilhado você pode considerar no mínimo 20 ou 30 minutos, seja para deixar ou pegar seu carro.
Esta foi a nossa experiência com o EconoPark, não recomendo, entre a entrega na chegada e a retirada no final da viagem, perdemos pelo menos 1 hora aguardando pelas Vans.
Escolha as que tem serviço próprio e frequente.
E chega de papo furado, vamos a Montevideo :

Há duas versões para a origem do nome da cidade, uma batizada por Fernão de Magalhães quando chegou na região, chamando a de Monte Vide Eu e a outra, que descreve o Monte onde se iniciou a cidade como o 6º Monte de leste para oeste quando se navega pelo Rio da Prata, “arredondando” o nome Monte VI de Este a Oeste para Monte VI d E O.
A primeira é mais familiar aos brasileiros, acostumados com nomes de cidades dadas pelos portugueses do ponto de vista do mar.
A segunda é a favorita dos mais catedráticos.
Enfim, deve ser uma destas duas origens e se você quiser filosofar sobre isso, sugiro faze-lo escoltado pelo vinho de mesmo nome Monte Vide Eu da Vinícola Bouza ( que falaremos mais para frente ! ).
Para chegar a Montevideo, a pelo menos três formas interessantes : a trivial de avião ( o destino mais barato do Brasil para o exterior neste momento ), a de barco, vindo depois de conhecer Buenos Aires, pelo Rio da Prata e de carro, indo ou voltando  também da capital argentina.
De carro , também é a maneira mais eficiente de conhecer a Colonia Sacramento, abaixo, aproveitando para fazer um pernoite no longo trajeto.
Estando na cidade, é quase um consenso entre os turistas que a cidade pode ser visitada, sem dor na consciência, em dois dias inteiros, ou se acrescentarmos uma escapada para Punta Del Leste         ( que deve ocorrer principalmente no verão onde a cidade ferve ) e a Colônia de Sacramento, podemos considerar 4 dias.
Mais que isso, só se você quiser ir a fundo na agenda cultural da cidade ou se quiser se especializar em vinhos uruguaios, visitando, além da Bouza, vinícolas adicionais.
Dito isso, vamos para o roteiro detalhado da cidade :
Um bom começo é pelo Centro velho, de carro, táxi ou ônibus, aponte para a Praça, na verdade Plaza Independência, o coração do centro, de um lado o Palácio Salvo, o mais popular e fotogênico da cidade, do outro a Porta da Cidadela, que marca a divisa da cidade antiga e na diagonal, o   Teatro Solis, que permite visitação.
Desça na direção do Porto pelo calçadão da Calle Sarandi, observando os prédios da época e os museus : Museu Torres Garcia, artista uruguaio reconhecido internacionalmente ( não por mim ), o Museo Andes 1972, dedicado ao voo que caiu na Cordilheira dos Andes neste ano e o Museo del Carnaval, que confesso não ter visitado por pura falta de motivação.
Se você o visitou e achou que acrescentou muito ao seu conhecimento carnavalesco de Rio de Janeiro e Salvador, não deixe de me avisar.
Destaque para uma livraria na primeira quadra logo depois da Porta, entre e aproveite a arquitetura interna e os vitrais, veja as fotos.
Nas ruas paralelas, você também vai encontrar outros prédios da mesma época, volte por uma delas.
Mas antes disso, você vai encontrar pelo menos mais duas praças muito elegantes : a Plaza da Matriz, não perca a visita a Igreja e a Plaza Zabala.
Nesta direção, logo você vai encontrar o famoso Mercado del Puerto, lugar imperdível para o almoço, seja no El Palenque, o mais tradicional ou em vários outros restaurantes dentro do estabelecimento.
Você vai conhecer o autentico churrasco uruguaio, a Parrillada.
Se prepare para levar o cheiro junto contigo pelo resto do dia ( ou da viagem se não deixar esta roupa isolada na mala).
Na volta, dois convites para um café : o Café Brasileiro, na 25 de Mayo quase esquina com a Ituzaraingó e a Cafeteria Sinestesia, ambos antiquíssimos e charmosos e depois voltar para a Plaza Independência. De lá, no sentido contrario, pela Avenida 18 de Julio, a rua do comercio e de mais prédios e praças interessantes.
A dica final no Centro Velho é somente para os Domingos, visitar a feira Tristan Narvaja, na região da 18 de Julio.
Tem de tudo, tudo mesmo, antiguidade, artesanato, frutas e muito mais.
Você vai gastar uma manhã para desvendar todas as bancas.


Por hoje ficamos por aqui e no próximo post vamos desvendar as atrações fora do Centro Velho.

Aguarde ...